Ao romper do dia,
Como se fossem cortinas abertas de uma janela,
O orvalho caiu e a névoa se dissipou,
Abrindo o véu que cobre a aurora,
Permitindo o sol acordar no horizonte,
Contornando sua silhueta com o azul celeste,
Como se fosse um sonho de amor brilhando ao amanhecer,
Uma parte do paraíso sorrindo convidativo a minha frente,
O desenho de um anjo com a tinta do amor divino,
A promessa de um tesouro sagrado,
O fruto saboroso que sacia os apaixonados,
Que vem derramar amor a quem entregou seu carinho,
Com grande inteligência o anjo desenhou suas formas,
Fazendo do amor sua matéria prima,
Estampada em sua conduta,
E na luz do seu olhar,
Feito do puro amor e de traços do paraíso,
Linhas apaixonadas tecem seus contornos no firmamento,
Como se o próprio sol pegasse seu brilho emprestado,
Um ser iluminado envolto a um mistério sagrado,
Cuja beleza imensurável afasta do céu as nuvens,
Dando um encanto inigualável ao sol nascente,
E quando o vento soprou trouxe com ele seu amor,
Seu cheiro me despertou com um encanto glorioso,
Que me encheu de uma alegria pura e segura,
Como se sua simples proximidade me acordasse para a vida,
Ainda sentindo a paz da nossa mágica noite de amor,
Percebi que até mesmo os astros do céu te adoravam,
Confiados a luz do fogo do amor que esculpiu seu corpo,
E mesmo a beleza da terra parece ter feito contigo uma
aliança,
De que nada brilharia mais que sua presença,
Sem palavras para lhe expressar,
Percebendo que o que me acordou não foi a luz do dia,
Mas sim a beleza incandescente da luz do seu olhar,
Despertando meu coração com carinho e ternura,
Sob a luz cálida daquela doce manhã,
O destino caprichoso com os apaixonados,
Falaste dos céus sob o juramento de te comprometer ao
amor,
Lançou nossa solidão nas profundezas,
Como uma pedra em águas agitadas,
Para saciar a fome e a sede de nossas almas,
Com o néctar do amor de nossas bocas,
Entrando em minha vida e tomando posse dela,
A qual em uma súplica da alma lhe entreguei em promessa,
Em uníssono eu pedi por amor,
Você nos ouviu e despiu seu amor
Me cobrindo com seu calor,
Feito um cálice de vida,
Com que se sacia a garganta árida
De uma alma submersa na areia desértica,
No brilho da luz do dia,
O mesmo amor que condenaria,
Em justiça e fidelidade, agora salvaria.
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