Deixe-me amor, negue que já foi dona do meu destino,
Mas por favor, agora que desistiu de nós dois,
Apenas não olhe em meus olhos para negar que houve sentimento,
Seria demais para mim perceber que amei com todo o peito,
Alguém que apenas me quis por poucos momentos,
Que será dos nossos sonhos agora que nos separamos?
Que vantagem há em ver trancar a porta,
A pessoa para quem cedi minha alma?
É como se todo o amor que provei em seus lábios,
Agora fosse falso feito este céu nublado,
Que teima em fazer jorrar a chuva,
Apenas para negar as lágrimas em meu olhar,
Prefiro ficar longe de sua voz aveludada,
Distante para evitar promessas equivocadas,
Que insistiriam para que ficasse ao meu lado,
Apenas para suprir o vazio do meu abraço,
Por Deus se não há mais amor entre nós,
Como poderia você sanar o vazio em meu peito?
Não sei expressar o quanto dói trancar a porta,
Porém feriria muito mais se escolhesse ficar,
Para fingir existir um amor que não existe,
Não negue meu anjo, vejo em seus olhos que não me amas,
Se ficasse sei que viveríamos os dois infelizes,
Mas por Deus como podemos amar em metades?
A minha ainda sente que é toda sua a minha alma,
Enquanto a sua grita que não me deseja em sua vida,
Triste amor que vê sua luz se apagar,
Sem nada poder fazer para mantê-la acesa,
Quantas vezes mais verei meus sonhos despedaçados,
Por alguém que antes me jurou amor eterno?
Quis o destino me ferir com a solidão,
Como se reservasse um castigo ao meu coração,
Doce amor que reconstruiu minha vida,
Aos meus olhos hoje a entrega à ruína,
Aproveitarei a chuva que molha meu rosto,
Beberei das lágrimas do céu para lavar minha alma,
Sei que chegará ao fim este sofrimento que me foi destinado,
Pois no céu o sol ainda brilha, porém, um pouco adiante do meu olhar.
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