Cai a chuva lá fora,
Enquanto ele dorme,
E eu escrevo esta carta,
Para falar dos sonhos que não se descreve,
Somente se sonha com toda alma,
Aqueles mesmos sonhos que vi em seu olhar,
Pouco antes de capturar sua boca num beijo,
E calar sua voz sem um único sussurro,
Sem promessas de amor eterno,
Sem juras que apenas aprisionam,
Ao contrário: quis libertá-lo,
De cada roupa que moldava seu corpo,
Até que não restasse nada,
Nus como estavam nossas almas,
Apenas nossos beijos rompiam o silêncio,
E pequenos sorrisos brincavam em nossos lábios,
Ah, se nossos olhos pudessem falar,
Quantos sonhos teriam para contar,
Porém nada preenchia mais bem o momento,
Que o tórrido calor que eu sentia em seus beijos...
E nossas mãos entrelaçadas uma na outra,
Apaixonados sussurrariam: coisa do destino,
Havia ali um encontro de almas,
Não havia como negar,
Lábios sedentos de amor ousavam se buscar,
E se encontrar em algum lugar daquelas carícias...
Não havia a promessa de um novo encontro,
Não havia as juras que procuravam tanto,
Mas havia algo maior que não dá para descrever,
Que apenas beijos poderiam entender...
E selar aquilo que nem o sussurro ousava dizer.
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