terça-feira, 27 de abril de 2021

Eu Espero, Sim

 


No meu coração havia um nome, o ouço chamar mais ainda,

Desde a primeira vez que o vi, descobri o que tentava falar,

O amor que habitava em mim, chamava-o sem eu saber,

Não passava de um eco em minha alma até o conhecer,

Muitas vezes, me fazia perder o sono sem entender o porquê,

Hoje, quando acordo tenho uma imagem, busco por você,

 

Quando ouvia algo bonito sentia que podia acreditar naquilo,

Hoje, porém, quando o luar me toca, tenho em mim sonhos,

Mais profundos que antes, porque hoje tenho ao meu lado

Quem acredita neles e em quem posso confiar tudo que for,

Sejam sentimentos bons ou ruins, e contar com seu amparo,

Encontrar paz ao me ver preenchida em seu abraço protetor,

 

Meu amor, nunca pode ser definido como um insensato,

Mas encontrou razão para existir no brilho dos seus olhos,

Antes ressoava aos meus ouvidos, a comparar-se a um eco,

Agora resplandece em meus passos com forma e sentidos,

Tanto é que, quando estou a sós com minha solidão o ouço,

Ele zomba da menina que sonhou amar antes de tê-lo conhecido,

 

É como se estivesse a sussurrar em seu tom anterior e costumeiro,

“Entenda, você o ama, não há como viver sem ele ao seu lado”,

Me vejo confidenciar aos amigos tudo que sinto, não consigo calar,

Sinto vontade de ecoar aos quatro ventos o quanto é bom amar,

O quanto me faz feliz ser amada pelo sorriso mais lindo que conheço,

Seus olhos intensos parecem zombar de tudo que sinto, são tão lindos,

 

Me vejo mergulhar neles como se fossem um rio de águas profundas,

Em um mergulho que me lava a alma e me faz amar ainda mais,

Águas límpidas e puras que me penetram e encantam feito música,

Há neles um frescor escuro, onde me encontro e me escondo,

Lá confesso que desconheço tudo que jurei saber algum dia,

Não por deixar de fazer sentido, mas porque nada mais importa,

 

Poderia defini-los como meu porto seguro, mas palavras soam frágeis,

As usei tantas vezes em minha vida para definir coisas mesquinhas,

Que deixa tudo que eu tento explicar um tanto insatisfeito dessa vez,

Mas confesso que quando estou sob sua vista me vejo feliz e satisfeita,

Lá é como se eu fosse diferente, mais importante, valiosa posso dizer,

É como se meu pensamento mais supérfluo ganhasse notoriedade,

 

Fossem eles holofotes, fariam luz em minha vida, mas são mais que isso,

É como se possuíssem o véu da noite escura e neles eu fosse cada estrela,

Já comprei o erro pela verdade, me vi falir em muito do que apostei no passado,

Mas agora que estou diante dele, tudo muda o foco, me sinto guiada,

Mesmo a brisa fresca deixou de me ferir como se eles fossem afogueados,

O rubor afogueou sua face e atos, pondo em você o aconchego dos sonhos,

 

Fez-se a luz através do amor, fez-se o que eu sou devido aos seus cuidados,

Agora tudo posso ver com uma nitidez nunca antes permitida,

Fosse surda, muda ou cega, acredito que suas mãos me salvariam,

Mesmo que marchasse errônea em direção a tempestade mortífera,

Com o relâmpago a ameaçar o que eu nem teria, ele me salvaria,

Quando seus olhos brilham, vejo o infinito se estender na minha vida,

 

Feito um tapete colorido por sonhos em cada passo que eu der,

Para que quando estiverem tristes eu tenha força para nos guiar,

O amor que tem poder sobre tudo, achou por bem unir nossas vidas,

Com certa graça, se fez piedoso e me destinou o melhor de todos,

Bondoso ao me dar a terra por leito e o firmamento por teto,

Fez mais que isso, ao me colocar em seus braços, me fez tocá-lo,

 

Hoje quando a chuva cai dos céus, não a temo, vejo-a semear frutos,

Tão doces quanto seus lábios, tão saborosos quanto os seus beijos,

Se associei alguém ao amor, hoje tenho um nome, um rosto, um homem,

Estive em erro, hoje, ciente me desfiz da ideia para amar de verdade,

Sem que paire dúvida, não temo demonstrar ou lhe dizer,

Porque o que digo o sinto com o sentimento mais genuíno que existe,

 

Temo apenas, não demonstrar o suficiente, como se extinguisse o tempo,

Pois do amor que sinto tão intenso, vejo outros o provarem apenas de si mesmos,

Sem ter um coração em que se completar, devoram seus próprios em pedras,

Sedentos por ter o amor para alimento, o amor que em nós dois jorra feito água da fonte,

Enquanto aos outros está em falta, em nós é abundante para todo o sempre,

Se apegam a uma miragem em busca de algo em que se manter,

 

Devoram a si mesmos até não sobrar mais nada em que se sustentar,

Somente os que amam podem entender tudo que eu vejo em seus olhos,

Uma pessoa como outras tantas, um homem único, uma linda alma,

Eis que em seus braços todos os meus medos foram derrotados,

Como seria diferente se encontrei um homem de verdade, naquele dia?

Eu não tinha mais que ideias, hoje tenho um sonho, esconderei que o amo?

 

Se vivi algum dia de reflexo, hoje já não estou mais diante de um espelho,

Palavras posicionam atos, mas não se sustentam por si mesmas,

Crer eu cri, mas viver só vivi quando lhe encontrei em meu caminho,

Hoje o que eu digo é diferente do que me obrigava a crer antes,

Embora, definisse o antes de amor, hoje o chamo por seu nome,

Vejo o mundo com outros olhos, por um prisma que sozinha não teria,

 

Foram seus olhos que recriaram o meu redor com tudo o que existe,

Depois, com seus braços me ampararam até me fazer tocar os céus,

No conforto do seu abraço, como se você já soubesse o meu futuro,

Feito um designado pelo destino para se colocar em meus passos,

Chamo o seu nome, ele responde: estou indo meu amor, me espera,

Em sorrisos: me fez tocar os céus sem sair do chão, duvidas que o esperaria?

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