Havia uma promessa silenciosa
Por trás de todo o tempo que passara,
Uma voz macia e teimosa,
Que teimava em retornar
Mesmo quando a noite dormia,
Falava de algo a não ser esquecido,
Uma única frase ao pé do ouvido,
Não importava tempo ou distância,
Não era esquecida,
Nem ao menos ressonava em noites vazias,
Simplesmente vinha,
Noites essas que jamais seriam feito as de outrora,
Por volta das duas horas da tarde,
Um vento ressoava ao longe nas árvores,
Podia-se ver suas folhas balançar,
Algumas a cair por entre a terra fofa,
A ressoar a saudade que não pedia licença,
Mas que contrária ao vento guardava uma diferença,
Ela não caía, acontecesse o que fosse, não partia,
Não mantinha distância segura,
Apenas falava deste amor que, mesmo desfeito,
Não fora capaz de apagar-se único dia,
Mesmo lá onde folhas balançam ao vento,
Ou ali dentro onde nada mais dormia,
Não calava de tanto que sentia,
Uma árvore se quebra e queda inerte,
Nada consegue fazer nem ao menos por si mesma,
A moça se levanta, de onde está nada se vê,
Abre a janela e contempla,
Fosse o que fosse talvez não se demorasse,
Não importava, se esperaria ou buscaria,
Algo se avistava e exigia atitude diferente,
Não importava mais, não se compadeceria.
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