Nego participação no que relato,
Porém, você duvidaria,
Do falo sou a atriz principal,
Contudo não forjo uma história,
Vivo uma história que não é minha,
E também por quê seria sua?
Coadjuvante de nossas vidas,
Dos lábios de outro está história sai diferente,
E quem se importa com a verdade,
Do que fiz e do que fui capaz,
Qual é minha porção de culpa
Do que não entendia que ocorria,
Muito menos seus reflexos futuristas.
Sim, eu sei. Deveria ter me planejado,
Me preparado melhor para o que viria,
Lembro de ter saído do carro antes de ele parar,
Recordo de tentar abrir a porta e ela se recusar,
Não doeu nada fazer isso,
Até faria de novo,
Contudo os olhares se voltaram todos,
Tomaram minha direção e isso produziu resultados,
Do quanto sou cobrada
Não compreendo o tanto que devo.
Creio que nem sempre o que esperam
É o que corresponde ao que sou capaz,
Queria ter sabido a conjectura de algumas palavras antes,
Suas traduções e formas de uso,
Queria ter me saído melhor e quem pensaria diferente?
Os outros dois que embarcaram no banco de trás
Assim que virei as costas para a rua,
Falaram coisas, opinaram e construíram objetivos
Àquele que ouviu,
Eu sofri seus reflexos definiria isto destino,
Mas não, não devo isto a Deus – pelo contrário,
Vocês diriam que colhi os frutos,
Eu te diria que senti fome no caminho,
Houve conversa entre eles e não foi boa,
Eu não estava lá para me defender,
Eu fugi antes,
Sim eu fui fraca,
Não houve tentativa fracassada naquele flerte falso,
A noite me soou amedrontada e vazia,
Quando a aurora chegou eu sonhei o dia,
Reconheço este grande problema,
Há resultados por meu rosto,
É muito fácil notar as marcas,
Que culpa tenho se você me vê e vira o olhar,
Corre para o lado em busca de alguém com quem comentar,
Sou seu assunto predileto,
Mas você não está entre meus círculos,
Houve um grito e um levar de mãos aos lábios,
A quem isto interessa?
Cuspi pelos vãos dos dedos,
Misturados à lágrimas de alguém que se cala,
Um romper de fúria incontida,
E um cair em armadilha programada.
Os prédios são testemunhas inertes e caladas,
Não há um alguém para ajudar,
Uma luz se acende e apaga,
Um tilintar aos ouvidos,
Feito de uma arma descarregada,
Não vejo em que isto seria produtivo,
Mas temo reconhecer tilintar de armas,
Queria nunca ter visto ou tocado em uma,
Queria não reconhecer seu estrago,
Saber recarregar um cartucho,
Compreender até onde posso ir com uma.
Existem pessoas nas ruas e dentro de salas,
Elas vivem suas vidas,
Elas veem o que ocorre ao redor delas,
Eu não gosto do tanto que sabem sobre minha história,
Elas me influenciam como querem,
E eu não vejo como me defender,
Até que ponto gostam de mim,
Até onde me entender?
Sempre penso que querem me ver pelas costas,
Por que não me buscam se querem conversar,
Murmúrios, comentários e trocar de assunto,
Eu não vou atrás do que falam aos sussurros,
Mas ele se importa e as busca,
Será que ninguém pode sair para me ajudar?
A luz que tilintava se apaga.
Agora está tudo às escuras.
Sim, a culpa é minha.
Vejam estas mãos calejadas que buscam alternativas,
Eu preciso dar uma
desculpa a elas
Sobre o que eu sou e elas são,
Eu preciso ser uma boa pessoa,
Caso contrário Jesus não irá me conduzir pela mão...
Eu preciso ser diferente,
Apenas porque quero um alguém que não seja tão ausente,
Então, ele seria especial e melhor,
Por isso, apenas eu tenho que me esforçar tanto,
Me exceder,
Ultrapassar expectativas,
Não basta o normal ao alvorecer,
Quer-se o quê?
Um sol que não ofusque ao romper neblinas?
Se me desviei do caminho agora a culpa é minha?
Devo retirar meus óculos escuros ao percorrer estrada
aberta,
O caminhão que vem à minha frente não reproduz
interferência,
Se rodopio e saio as beiradas
Não é por estar atrapalhada.
(Não gosto de ver os beijos que um dia me fizeram sonhar,
Hoje me fazer pensar no quanto estou sozinha.).
Não fui conquistável ou capaz de cativar,
Devo olhá-los mais de longe para gostar?
Talvez, sob a neblina que ofusque,
Quem sabe em meio a um acidente ou desastre...
Não me importo em não gostar ou ser gostada,
Se errei eu me perdoo.
Você é quem deveria se esforçar,
Se valho o esforço então me prove seu gosto,
Até onde você vai por meu beijo?
Agora que chegou ao seu ponto máximo,
Ainda valho a intensão do desejo?
Daí onde você está eu ainda me vejo em ponto alto.
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