Me escuta, meu amor
Pega meu coração e corre,
Se distância de nós,
Se consegue fingir- finge,
Nosso amor é jovem e forte,
Vai sobreviver,
Fora isso, não há garantias,
Se você for até o fim,
Não tente se voltar,
Eu não quero sua pena em mim,
Basta em ausência o seu olhar.
Por fim, eu não como pêssegos,
Não gosto de seus chás,
E sobremesa me faz mal,
Penso que você não sabia disso.
Falta interesse.
De manter-se, estar, de ser.
Me refiro a ser eu e você.
Não a sinto, você entende?
Há quanto tempo você se foi?
Penso que nem esteve,
Eu já não consigo suportar,
Sinto muito,
Mas este muito não a faz ficar,
É sinto muito e insuficiente,
Não me basta o seu jeito de amar,
A forma como você senta-se...
Já esqueceste como eu gostava do cigarro
Vibrando entre seus dedos,
Tocando-a suavemente,
Tão doce por sua boca e pele.
Nocivo.
Não está chorando?
Nem sei porque mas queria que estivesse,
A forma como você chora traz normalidade,
Penso até que me acalma,
Sim, é verdade.
Você me acostumou nisso,
E tão pouco me basta,
Tanto você faz e me fere,
Quando percebo,
Oh, Deus, odeio tudo em você .
Está voz que você faz quando sofre,
Em falsos de fala que não reconheço,
Procuro no banheiro por pistas,
Me demoro, luz acesa, água jorrando,
No quarto tento o máximo disfarçar,
Você mudou e não consegue esconder,
É só o brilho no seu olhar
Que a mantém,
Do tanto que foi não sobrou nada,
Pergunto-me o que você fez ou eu fiz?
Ai que droga,
Você é o meu gostar do seu choro
Para pôr a culpa em mim.
Então vai,
Destranca a porta,
Me ama daquele jeito que você faz bem,
Longe de nós agora,
Aos olhos dos outros ou nem,
Que droga.
Nem o cigarro me faz falta,
Você, seus costumes e ausências,
Tudo minucioso,
Logo me vem sua fala.
Que mania de estar em voz mesmo em faltas,
Se expressa bem.
Me liga quando esta distante,
Acha-se suficiente.
Vou catar os cacos que sobram,
Da porta que você fecha,
De mim que a concerto,
De tudo que fomos um dia.
O título é horrível,
Mas sou forçado a pichar a parede,
-fora das nossas vidas.
Saiba o que relata meu coração,
Volto-me para a rua,
Logo encerro as buscas,
Há muito menos do que houve,
E antes já não era o bastante,
Percebo melhor nossos espaços,
Não nem mais os abraços.
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