Choveu forte,
Chuva limpa e fria,
Em torrentes de agua,
Nenhum vento pra assustar,
Nem ao menos raios ou trovões,
Apenas a chuva
Que caia do céu
Feito pedra,
Tamanha gota de água,
Enorme,
Parecia nem correr na terra,
Entrava direto saciar a sede
Que o sol causou na terra árida.
As plantas pareciam dançar sob a chuva,
As folhas balançavam,
O verde se tornou intenso,
Os frutos quase maturaram,
As flores se abriram receber as gotas.
Por vezes, as gotas se assemelhavam
A fios de água,
Desciam sem parar,
Até começaram a deslizar sobre a terra,
Correr sobre a grama,
A chuva dançava no telhado de zinco
Da casa de madeira de Bruce Wayne,
Fazendo uma espécie de música convidativa.
Os patinhos, não tardaram,
E foram brincar na chuva,
Os pintinhos também,
A chuva acalmou
E se tornou leve e fina,
Uma poça se formou
Na goteira da casa de Pitel,
Uma poça de água barrenta,
Com minhocas e bichinhos lá.
Efruziva correu até lá
Com seus patinhos,
Hartman os acompanhou,
Pitel ficou tão feliz
Que subiu até a janela
Ver a felicidade de todos,
Hartman também voou até ela,
E ambos, lado a lado sorriam,
Felizes com a brincadeira das
Crianças e Efruh.
Os patinhos nadaram
Sem importarem-se
De saírem sujos da água,
Os pintinhos junto com a
Vaso Egípcio,
E a Pintinha também,
Todos caçavam minhocas
E as comiam,
Achavam tatuzinho de madeira
Enfiados na terra
E se alimentaram deles,
Nadaram por horas e horas,
Molhando a penugem,
E pintando-se de marrom.
Nisto correu a tarde toda.
Ao final,
Juntaram a muda de manga
E de abacate,
Vendo que os vasos estavam pequenos
Para acompanhar o crescimento delas,
Eles os trocaram,
E trocaram também suas terras.
O dia de chuva
Foi bem aproveitado.
Todos se divertiram,
Aprenderam a se alimentar
De bichinhos da terra,
E os pais impulsionaram
Novas mudas de plantinhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário