Ser mãe,
Parece ser um objetivo,
Ser parte de um sonho,
É pensando nisto
Que se procura um marido,
Um lar...
Criar os filhos.
Passam-se os anos,
Mês a mês,
Sangue a sangue,
Chega um dia e
Nada te convence,
Talvez, seja a hora
De procurar a desculpa,
De você não ter sido capaz:
Capaz de enfrentar discórdia,
Um homem todo dia
Com a mesma cara,
Que a vida não é de graça,
Que para ter um filho
Basta um lar.
Não precisa pensar
Em educar antes de ter,
Como criar,
Agir até ele crescer,
Imaginar se o casamento
Será para sempre.
Se o quanto você ganha é o bastante,
Imaginar o rosto,
O olhar, o sorriso.
Mas você ao invés disso,
Perde seu tempo
E imagina,
Imagina muito,
Se preenche de outras coisas.
E agora,
Se encerra novo ano,
Sangue escorre
Lhe ofertando nova chance
Ou dizendo “por agora basta
Foi o suficiente”.
O cabelo branco denuncia,
As dores no corpo reclamam,
Os caras que você confiou até agora
Não conseguiram.
Mas, um dia,
O último sangue escorre,
Até lá “oportunidade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário