Outra vez,
-o quê?
A moça cansou-se
De novo.
E como você vê,
Você a que sempre foi
Contra casamento,
União de laços,
Amores eternos.
Você ficou!
Insegura
Nas suas falsas bases,
Amedrontada demais
Para escolher próprios amores,
Estagnou.
Ótimo,
Fez sexo com todos,
Independência é crucial,
Mas foi dependente
O bastante
De opiniões
Para nunca se decidir por um.
Nunca assumiu alguém
Publicamente o bastante.
Querida,
Chamar de amor é fácil,
Definir marido é simples,
Mas cadê o compromisso?
O assinar papéis cartorários,
Trocar sobrenomes,
Assumir novas famílias?
Você é dada a conselhos,
Nunca assumiu um único,
Vieram seus filhos,
E as massas não souberam
De seus amores,
Sem documento para estabelecer,
Sem religião para comprometer,
Como você definiria o que fez?
Uma ligação sem vínculos?
Para comprovar que houve
É necessário chamar os filhos?
Você foi autossuficiente,
O bastante,
Para nunca ser de alguém?
Então, soube ser boa mãe?!
A pra sempre senhorita,
Você acha que este título
Lhe manteria o corpo?
Parabéns,
O tempo passou,
Sua cara caiu,
Seu corpo ficou flácido.
A garota dos conselhos,
Aquela que nunca ficaria sozinha,
Não conseguiu alguém para o altar,
Não foi capaz de assinar papéis,
Sem pressões,
Sem comprometer,
Acordou certo dia
E não havia ninguém.
Eu lembro de você decidir minha vida,
Ganhar os beijos dos maridos
Das amigas,
Eu me ferrei menos,
Ou mais, não sei.
Mas, você continuará
Aí pra sempre,
Sozinha?
Pra sempre senhorita?
Não me diga que a culpa é minha,
Não rotule suas filhas,
Sua mãe, primas ou tias.
Pra sempre senhorita
Aquela que teve medo de se casar,
E apenas, escolher um cara.
É tão simples assumir um rapaz,
Nem isso você foi capaz.
(-querida, deve ser triste isso.
Paraja, fechou o livro
Com este único comentário).
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