Ela repassa a folha do jornal,
De repente,
Se depara com a
Notícia de contracapa:
Sobre um jovem
Desfalecido através de faca.
Levou um único ferimento
Profundo e lancinante,
Sem motivação aparente.
A faca foi encontrada dentro dele,
Cravada em seu peito,
Sobre a camisa azul rasgada.
Sangue escorreu pela rua
E a deixou escorregadia,
Adiante,
Um motoqueiro derrapou
E sofreu acidente em virtude.
Ele foi encaminhado ao hospital
E o morto para a delegacia de homicídios.
Ela estremeceu,
Tremeu tanto que rasgou
A página,
Mantendo ela entre os dedos
De maneira tão apertada
Que suas mãos foram
E quando deu-se conta
Era tarde da noite
Ou então, amanhecia do dia seguinte.
Ela perdeu as horas
E talvez,
Os sentidos.
Reconheceu o rapaz.
Se tratava do moço
Que poucas noites anteriores
Ao acontecimento
Teria sentado com ela
Num bar,
Bebido cervejas
E trocado confidências.
Ela considerou quase um encontro,
Por pouco não o beijou
E ainda não sabia porquê motivo
Ela mesma não o levou até
Em casa,
Vez que ela estava de carro.
O bar ficava no andar debaixo
De seu apartamento,
Ela tinha o costume de frequentar
O local.
Ainda em estado de pânico,
De certa forma, medo.
Ela foi bruscamente retirada
Deste estado emocional
Quando a campainha tocou
E um estranho
Estava convidando-a para beber.
Confessandamente,
Que um convite não beirava
Ao absurdo,
Mas ali na porta
Estava um estranho,
De casaco comprido,
Botas e calças jeans,
Sua apareceu lhe causava arrepios,
E um estranho medo
A impediu de falar
E mais ainda,
De aceitar o convite.
Ela sentiu-se como
Se não fosse mais uma pessoa
Bonita e legal para uma noite de bebidas,
Era como se tivesse se tornado
Um arquivo,
Com identificação e motivação:
“aquela noite nunca poderia ter acontecido “.
Mas houve,
E agora
Ela era procurada por isso.
O beijo não foi dado,
Nem ao menos prazer oferecido,
Foram cervejas e conversas,
E agora a faca...
Ela sentiu como se ele
Crivasse a porta com sua faca,
Como se tentasse abri-la,
Forçando a fechadura,
Rasgando-a,
Entortando até que cedesse
E ele pudesse passar,
E então, finalizar o que começou.
Ela sentiu um medo de terrível
De ficar próxima a porta,
E de ficar distante da porta,
Se ficasse perto
Poderia ser encravada nela,
Se se distancia-se e ela
Fosse aperta,
Ela não estaria próxima
Para impedir a entrada,
Ou ao menos tentar.
A campainha tocava e tocava,
Parecia falar,
Gritar urgência,
O dia parecia se aproximar,
A luz falhou,
As lâmpadas da calçada se apagaram,
E a rua ficou as escuras,
A lua parecia distante,
E ele batia os pés insistente,
Tocava e tocava a campainha outra vez.
Suas mãos eram grandes e fortes,
Estranguladoras de se olhar,
Ele inspirava morte.
Seu cheiro produzia medo.
Ela achou que poderia sentir
O fio da faca penetrar seu corpo
E desfalece-la de imediato,
Em dor, agonia e desespero.
Fechou a janela,
Certificou-se de casa entrada,
Janelas, saídas e etc.
Jogou-se na cama,
Se enrolou no cobertor e ficou.
Chorou, soluçou.
Juntou uma faca na cozinha
E a guardou.
Teve medo de olhar.
De falar.
Apenas seu coração palpitou
Tão forte e intenso
Que parecia jorrar vida para fora,
Para cima dele,
Até afoga-lo
Ou despertar sua irá.
Ela não soube,
Apenas ouviu o próprio coração bater
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