Olha que legal seu pocinho,
Disse a menina
Chegando atrás do garoto
Que estava sentado na beira do rio,
Fazendo buracos
Para puxar água e por peixes dentro.
Ela o abraçou por trás,
Deu um beijo no seu rosto,
Ele sorriu sem dois dentes
No lado direito,
Ela ergueu-se,
Foi até a linha de pesca
Puxou dois peixes
Naqueles tipos de anzol
Que são quatro iscas,
Por estarem um colado
Ao lado do outro.
Colocou no chão do poço,
Os peixes pulavam
E o garoto se jogou para trás,
Rindo com a mão na barriga,
Ela correu pegou água
Com suas duas mãos
E colocou no buraco,
Os peixes nadaram,
Ela se jogou sobre ele,
Com o corpo ao lado e
Um pouco em cima dele,
E riram,
Riram muito.
Nisto são acometidos
Por um barulho,
Que veio do porto,
Água caiu sobre seus corpos,
Eles se levantaram de pronto,
Depois riram de novo,
Eram mais dois amigos
Que chegavam através do rio,
De caico a remos.
Eles traziam arroz, faça, sal e panela,
Desceram de lá,
A moça puxando a corda
Para amarrar na árvore,
E o rapaz com as coisas,
- e aí, fazendo açude?
Que legal.
Nós desarmando a rede de pesca
Que havíamos armado ontem,
E estava cheia de peixinhos,
Então, ele sentou-se na tábua
Do caico,
E conforme foi tirando os peixes,
Foi também limpando ali mesmo,
Os restos eles jogavam na água,
Felizes ao ver os peixes pular,
E se alimentar deles.
- Bom dia.
Uau, que legal que pegou tantos!
A barriga dele roncou de fome,
Era cedo da manhã,
O sol quase sobre a cabeça deles
Denunciava as nove horas.
- bom dia, garoto.
Foi a melhor ideia que tivemos.
Então, o garoto foi até ele
E o abraçou feliz.
A outra menina foi até a amiga
E sentou-se na corda amarrada.
- que legal.
Temos um balanço,
Senta aqui!
Ela falou sorrindo
Enquanto puxava sua amiga
Para o seu lado.
Ambas deram as mãos
E ficaram embalando-se na corda,
Enfiando os pés na terra
E retirando-os.
O chinelo da amiga que a puxou
Arrebentou.
- ai. Olha só,
Foi-se outro chinelo.
Ela disse,
Levantando o pé para o alto,
E chacoalhando o chinelo.
- claro que não.
Eu concerto.
A amiga falou,
Puxou a perna dela
E o arrumou.
Os garotos separaram
Os peixes grandes dos pequenos,
Guardaram os limpos,
E deixaram os sujos no balde
De lata cheio de água.
Depois juntaram pedras
E fizeram uma borda do pocinho
Com pedras, areia e terra.
Depois deixaram os peixes ali.
Depois juntaram lenha e gravetos,
E fizeram fogo.
Cozinharam o arroz,
Assaram os peixes.
Conforme a água do pocinho
Se esvai,
Eles enchiam com as mãos.
Já era meio dia,
Quanto todos foram até a borda do caico
Juntaram as mãos
E mergulharam.
O tempo passou.
Anos depois disso.
Adolescentes eles retornaram ali.
Desta vez,
Haviam amoras e tâmaras.
Então, uma garota virou para o garoto.
A menina companheira dele
Desde a infância,
E colocou uma tâmara na sua boca,
Ele riu veio até ela
E o beijou.
Desta vez, veio a noite
E eles não foram para casa
Dormiram juntos, os quatro.
Um casal ali na areia
O outro no tronco da amoreira,
Do outro lado.
Veio as estrelas,
Chegou a lua e as estrelas foram.
Veio o sol e os acordou juntos.
(Fim da história, você fecha a página
E o livro de capa branca
E apagado possui um nome,
Está na próxima folha,
Ao fechar todas elas – Namorados Desde a Infância).
Nenhum comentário:
Postar um comentário