Os olhos a afundarem-se
Na face pálida e doentia
Denunciavam ódio,
Não dor ou sofrimento,
Está face não conhecia o sofrer,
Ela era acostumada a ter tudo,
Sem limites.
Mas, um negro e um velho,
Ambos, a impõe um limite:
Distanciam-no daquela
Que naquele momento
Era a que este rosto desejava,
Porquê este rosto nunca desejou
Por muito tempo,
E por ela foi obrigado a esperar.
Ele ardia em ódio
Para encontrar o negro em reserva,
E destruí-lo,
Sem deixar pistas,
Sem mostrar o rosto,
Apenas aniquilar a ambos...
Amaldiçoava o velho
A quem ela recorreu para proteção,
Via-se desgraçado por um alguém
A quem o próprio tempo
Esforçou-se para decretar fim próximo.
O outro um jovem
De pele escura,
A quem o próprio desconhecimento
Tratava-se de afugenta-lo,
Joga-lo a privacidade
Dos recônditos mais privativos,
Nem mesmo o ódio
Por ele merecia vir a público...
Nem seu fim seria notório,
Ao escuro as escuras,
Assim, seria.
Então, ela não teria para onde fugir,
Com que se manter
Ou onde esconder-se,
E seria toda sua,
Como imaginou-a,
Como a quis,
Sem limites...
Os olhos fundos
Tornaram-se ameaçadores e vorazes,
Sua busca teria fim,
Ele não a esperaria por muito tempo.
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