A turma se reuniu
No rio da cidade,
Ela levou a rede
Armou de uma árvore na outra,
E deitou-se.
Ficou entretida a noite
Toda vendo as estrelas,
A turma trouxe sanduíche
Para o lanche,
E bebida,
Uma noite regada a bebidas.
Ela recusou,
Pegou uma lata
De refrigerante
E durou a noite toda.
De costas pra todos,
Arredia vendo a noite,
Contou estrelas,
Imaginou tanta coisa
Na escuridão daquele céu,
Que a claridade
Dos faróis
E dos lampiões
A bateria
Não auxiliou em nada.
Percebeu
Horas após estar lá
Que estava reclusa
E não interagia,
Sentou-se na rede
Fez algumas piadas,
Não tardou,
Deitou-se de volta.
Um garoto veio até ali,
Sentou-se com ela,
Veio o frio
E o sereno,
Ele tirou o casaco
E jogou sobre os dois,
Dormiram juntos e
Abraçados.
Foi reconfortante ter alguém,
Seu cheiro era intenso e quente,
Ele era caloroso,
Seu corpo pareceu desejar
Que a noite se prolongasse.
No amanhecer,
Levantaram,
Jogaram água na fogueira
Que queimou a noite toda,
E foram todos embora,
Ninguém parecia
Conhecer ninguém.
Contudo,
O garoto a levou embora.
Sozinhos.
Ele pediu que os amigos
Fossem de carona,
Conseguiu quem os levasse.
Ela gostou mais da intimidade.
Se preparou para o primeiro beijo.
Testou no braço escondido,
Fez caretas no espelho do carro,
Passou baton,
Retirou.
Testou com os dedos...
Ele não pareceu notar.
A deixou na porta de casa,
Jogando pó pro céu,
Da sujeira do chão,
Não pediu o beijo,
Ela também não.
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