Ocorreu que este povo
Que vivia no oásis,
Tinha pouca higiene.
Passou a cada vez
Tomar menos banho.
Nisto suas peles
Pareceu de uma espécie de secura,
Coisa muito estranha,
A areia passou a grudar
Em seus corpos
E dar a eles efeito de tijolos.
Cada soco que eles davam
Era uma vida a menos,
Seus corpos pesavam,
E tinham dificuldade
Para moverem-se.
Uma mãe abraçou seu filho,
E virou pedra,
Não pode mais soltar-se,
Veio um corvo
Perfurou seu crânio
E arrancou seus cabelos,
Mas ela não se moveu.
Depois ele comeu seus olhos.
Um dia,
Um rapazinho
Ficou muito irritado
Durante a briga,
Levou a mão até seu ânus,
Arrancou o couro
Que estava duro e cortante,
E o meteu no pescoço
Do outrem.
Ele sangrou até a morte.
Os corvos foram ficando
Cada vez
Mais famintos,
Eles rasgavam as vestes
Em suas unhas,
Arrancavam as tendas,
Suas unhas eram feito lâminas
Grossas e afiadas.
Uniam-se em bandos,
Jogavam areia até cega-los,
E arranhavam suas peles
Do início ao fim.
Bicavam até encontrar a carne.
Quarenta anos de preguiça,
Dor e medo,
Isto foi o castigo que sofreu este povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário