Oh, ninguém se importa
Em ter um carro
Socado no rabo,
Até que o carro a socar
Seja o seu.
Oh, maldita avenida,
Sempre corrida e lotada,
Encontrei Aline,
Ela decidiu dirigir devagar,
Eu disse garota,
Aumenta a marcha,
Pisa no talo,
Ou viu passar.
Ela me ignorou cara,
Pensa Aline,
Olhou pelo retrovisor,
Tirou a franja dos olhos,
E faltou só parar,
Eu fui com tudo,
Meti na traseira dela.
Depois senti pena,
Destruí,
Entre lá dentro em quinta,
Ela estava próximo a faixa
De pedestres,
Bem quando a Tânia foi passar,
Ela roçou na garota,
Fez uma manchinha
Naquela perna branca
E magrela.
A garota correu,
De tão devagar
Que estávamos,
Mas, também,
Eu levei Aline alguns
Metros arrastada,
Dentro, cara,
Dentro,
Metido,
Socado no carro dela.
O que a Tânia tinha que passar?
Não pode ver faixa
Já pensa que precisa atravessar?
Agora são dois carros
Para concertar,
Eu disse
Aline, o certo é você pagar
Toda a conta,
Garota você manja
Nos paranauê de ir devagar.
E você Miguelito,
O que tem a dizer?
-Cara, eu só tava olhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário