Por fim,
Foi quando a escuridão
Tomou a chácara
Por completa,
Berra Zezinho,
Adoidado da cabeça.
Distinguiu-se,
Vindo a ele
Uma luzinha,
Poste não era pois estava baixa,
Com a lua nem se parecia
Pois estava próxima,
Estrela não era
Pois tinha brilho intenso,
Estava sozinha,
Sim, distante, mas baixa.
Casa não era,
Pois se movia,
Não sendo estrela
Menos seria um planeta,
Vinha se aproximando dele,
E ele em nada se assustada,
Ora danado Zezinho.
Era uma única,
Muito embora parecesse
Com uma lamparina,
Reluzente,
Resplandecente,
Iluminava o redor todo.
Mediante tantas alternativas nulas,
Se apostaria numa lanterna,
Mas ora,
Lanterna não se move sozinha...
De longe me pus a tremer,
E nada assustava o GatoZé.
Bruce se movia com maestria,
Decidiu se aproximar
Sorrateiro e felino,
Danado menino,
Movia-se para um lado,
Depois para outro,
Olhava por cima da mãozinha...
Peguei o menino no colo
E corri até o Zé,
Com olhos confiantes
E o cabelo todo em pé.
Pois então,
Se tratava do danado
Do pai do Zezinho.
Indo até ele com uma lanterna.
Nisto,
Minha confiança por ele
Me dominou,
Embora noite,
E nada além dele
Eu pudesse ver
Não senti medo.
A Gatarah estava tendo filhos,
Meu coração entrou num disparo,
Eu soube,
Desde longe,
Que precisaria coragem
Todo parto exige,
Seja mais simples que o for,
Ninguém negaria que exige bastante.
Com meu esposo do lado
Nada mais temi,
Os gatinhos nasceram
Muito bem.
Bruçane e Bruçano.
Um menino e uma menina.
Ele todo pretinho,
O teor todo da noite
E seus envolvimentos no mistério
Do desconhecido
Surgiram nele,
Todo negrinho.
Já a gatinha ganhou teores
De mocinha,
Embora soturna:
Previsível.
Trouxe a claridade
Das estrelas e da lua,
Branca e preta
Com o desenho de uma pirâmide
No rostinho.
Pois é, linda gatinha.
Toda menina
Embora evidente,
Sabe guardar seus segredos...
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