Eu me apaixonei
Pelo homem mais lindo
Que já sonhei,
Porquê mulheres
Sonham com amores,
Ao menos as normais.
Como eu vivi pouco
Sobre amar alguém,
Eu confesso que fiquei
Muito mais no idealizar.
Aí, encontrei um garoto,
Jovem ainda,
Pensei este é o rapaz certo,
E foi.
E ele é.
O rapaz ideal.
O perfeito.
Mas, um dia cruzei
Por este outro,
Olhei para ele
E o admirei:
Então... O tal homem,
Justo aquele dos sonhos.
Meu marido não importou-se,
Não se irritou
Por eu criar expectativas
Em outro homem.
Apenas adiantou,
Cuidado, minha vida
Porquê garotas sofrem.
Eu disse,
Está certo amor.
Meninas sofrem
E este é mesmo
O homem certo para isso.
Ele me olhou
E respondeu:
Minha vida
Se for para você provar
Do sofrimento,
Saiba, eu não quero.
Então, eu percebi
Que não era isto.
Eu gostei deste outro homem.
Achei ele lindo,
Mais maduro,
Diferente em algumas coisas,
Poxa, ele é realmente lindo.
Bem, meu esposo também.
Mas, eu gosto do sorriso
Deste outro,
Da barba farta,
E eu não conhecia este sentimento.
O de obter um beijo
De um homem com barba.
Seus olhos escuros,
São faiscantes,
Eu disse,
Poxa amor,
Queria que ele sonhasse
Comigo,
Mas sonhar é para jovens,
Então, que me gostasse.
Eu não entendo amor,
Eu amei meu garoto,
Ele me gostou,
Estamos juntos.
E este outro?
Não sei se me amou.
Ele é alto,
Acho que gordinho,
É forte e intenso.
Seus cabelos são curtos
Escuros e contratantes,
Eu disse,
Queria que a esposa dele
Aceitasse o romance...
Seria simples,
Seus interessante,
Uma troca de experiências,
E vivências.
Porquê amar é bom,
E sexo pode ser intenso,
Intenso fora de casa,
Como o temos dentro.
Confesso que penso,
Por quê outro rapaz?
Quem olhar para este sabe:
Ele é lindo,
Perfeito e intenso.
Seu sorriso me cativa,
O jeito humilde dele,
Mexe comigo.
As vezes, eu digo a ele:
Querido, aqui vai tudo para pior
Mas seu sorriso esmorece
Meu ódio,
Acalma minha mente,
Limpa meus sentimentos.
Ele parece um homem bom,
Eu o resumiria desta forma,
Parece maduro
E estar sempre apto a ajudar,
Dar um conselho
E as vezes, a sumir,
Não deixar vestígios,
Então, eu penso:
Queria que estivesse comigo...
Sonhei por anos com ele,
Me faltou coragem,
Eu não sou a dominadora,
Grande mulher conquistadora,
Nem sou sedutora,
Sou simplona.
Aí, nesta noite,
Noite passada estive com ele.
Não poderia sem melhor.
Nos beijamos,
Foi intenso e forte.
Ele realmente é perfeito.
Amei cada momento.
A questão é que,
Ao acordar nesta manhã
Percebi que tudo foi um sonho.
Eu fui dopada através da água
Da minha própria caixa,
Alguém pôs droga nos canos.
Eu simplesmente dormi,
Mas não tão simples,
Estive agora lembrando...
Um homem velho
Com rugas intensas de expressão,
Rosto sombrio e olhos vívidos,
Ele aproveitou a janela aberta,
Entrou.
Eu dormia,
Boca aperta e seca,
Nua,
Sem jantar.
Ele colocou uma toalha
Em minha boca,
E então fez sexo comigo,
Sem me pedir,
Sem eu aceitar ou querer.
Ele fez sexo com meu corpo
Por longas horas,
E gozou ao redor da minha intimidade,
Voltou a fazer sexo
Até grudar seu corpo ao meu,
Até que aquele orgasmo
Secou e o manteve,
Magro, velho e rugoso
Sobre meu corpo.
Doeu.
Eu senti dentro do coração a dor.
Doeu.
Meus ossos dos quadros
Pareciam de abrir
E se partir.
Doeu,
Doeu meus olhos de ver aquilo.
Eu via.
Não sei como,
Eu via.
Apenas eu não me movia,
E ele investiu seu sexo
Dentro do meu corpo
Por mais horas,
E doeu minhas costelas,
E elas pareciam se abrir,
E se partir.
E doeu minhas coluna,
E minha garganta ficou seca,
Eu tentei falar,
Eu juro
Por Allah,
Eu tentei falar.
Mas não saía palavra alguma,
Nem som,
Nem vestígio de nada.
Eu parecia estar... Morta,
Será que estava morta?
Eu sentia dor,
Eu não sentia a dor?
Eu tentei olhar para aquilo,
Aquele velho dentro
Do meu corpo,
Então, eu sentia dor.
Constatei.
Desviei para o teto,
Era branco,
Eu estava vendo um teto branco
Mas, então eu não estava em casa,
Aonde eu estava,
Olhei e vi aquele velho,
Ainda dentro do meu corpo,
Vi meu roupeiro
Por trás dele,
Eu estava em casa,
Eu reconhecia a escuridão da noite.
De repente,
Surgiram três mulheres na janela:
- ah você demorou...
E o virão transando comigo.
Olharam-se assustadas
De uma para a outra.
- meu Deus,
Como ele quis transar com ela?
Uma indagou para a outra.
- o quê?
Sexo?
A outra indagou
E se jogou na janela
Para ver,
Incapaz de acreditar.
- como, depois de tudo que eu falei,
Como ele quis ela?
A terceira indagou.
- deixa pra lá,
Cansei de ouvir.
Uma falou.
Elas vestiam cinza 🩶,
Isso eu pude ver.
Mas, eu não via muito.
Parecia um macacão cinza,
E uma camiseta baby look azul.
Era azul aquilo?
Hã, eu não entendia
O que era.
Não pude entender.
Com uma passada ela entrou,
Ergueu a perna e estava
Na janela,
Soltou e estava dentro
Do meu quarto.
- querida, eu quis sair...
Ele disse.
É ele estava ainda no meu corpo.
- eu não pude.
Ele respondeu
Com aquele rosto enrugado
E caindo.
Aquela pele flácida de rugas
Sobre as costelas magras.
- ah, cala a boca.
A moça disse.
Então, derramou um líquido
Espesso e quente,
E era como uma cera,
E era também como açúcar queimado,
Derramou sobre aquela toalha
Branca que o velho
Mantinha sobre minha boca.
Eu não sabia o que era,
Mas me queimou,
Queimou profundo.
Então, ela arrancou aquele velho
Com suas mãos,
O jogou contra a parede
E o mandou embora.
Ele cruzou a janela e foi.
Ao sair de dentro do meu corpo
Seu pênis estava ereto,
E sentiu de prazer,
Feriu minha vagina
Na saída,
Saiu ereto demais.
Feriu.
Senti dor.
E ele foi embora.
E as outras três foram embora.
Eu soube,
Ali naquele quarto,
Sozinha no escuro,
Sem a toalha sobre o rosto,
Eu soube:
Eu não deveria ter sonhado
Com Hamood.
Ao acordar,
Eu abri os olhos
E tentei falar
E não podia.
Tentei respirar,
A respiração falhou.
Meu pulmão estava pesado,
Grudado no colchão,
Tentei lembrar de algo,
Algum auxílio:
Me veio a imagem
Daquele homem,
O tal homem perfeito.
Então, eu tive forças
De recordar,
A noite tormentosa,
A dor,
O sofrimento.
Juntei forças e levantei da cama.
Sentindo-me estranha,
Olhei meu reflexo no espelho,
Eu estava toda queimada,
Sem pele,
Apenas havia ossos
E músculos expostos.
Não dóia,
Minha vagina é que doía.
Então, eu não poderia
Ter sonhado com Hamood?
Como?
Eu me indaguei,
Como evitar gostar de alguém?
De ímpeto,
Algo me guiou a olhar
Pela janela,
Ainda aberta,
Eu olhei.
Veio um vento,
Apenas vento,
Ele bateu contra meu rosto.
E veio dor,
Eu não sei,
Mas cai naquele colchão.
Morta.
Eu morri.
Não me pareceu que era dor.
Não pareceu ser medo.
Eu morri.
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