domingo, 18 de maio de 2025

Mãe, Você Precisa me Ouvir

“Oi, eu acordei
No meio da noite
E um estranho
Invadiu minha casa,
Também meu quarto,
Eu estava nua,
Ele removeu meu cobertor...”
A filha inicia
A contar para a mãe,
Que de súbito
Vira para ela
E lhe desfere
Um tapa contra o rosto
De estalar,
Olhos raivosos.
“Não tive culpa,
Não sei como ele entrou.”
Ela diz,
Cabisbaixa,
Olhos vertendo lágrimas,
Peito soluçando.
“ Não sei por quê
Ele fez isso,
Eu não dei motivo!”
A filha insiste
Em explicar-se.
A mãe senta -se
No sofá ao seu lado,
Pega na mão dela,
A retira do rosto
E a faz olhar pra ela.
“ vamos trocar a fechadura “.
A mãe responde.
Solta a mão dela no sofá,
E a acaricia sobre a pele.
“eu nunca dei este tipo
De exemplo,
Deve ser culpa
Das roupas que você usa”.
A mãe falou,
Olhando-a com espanto.
A filha maneou a cabeça.
“entao, é o seu palavreado,
Suas companhias,
Em algo deve estar a culpa “.
Ela diz,
Vira o rosto para o lado,
Depois retorna a olhar
Pra filha:
“ você tem certeza
Que não o conhece,
Nunca o viu mesmo?”
A mãe pergunta.
A filha meneia a cabeça,
Não,
A filha não conhece,
Não sabe quem ele é,
Não teve culpa no que ele fez.

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