quarta-feira, 25 de junho de 2025

Criminoso em Potencial

Oneides acostumou-se
Ao horário de trabalho,
Era novo na cidade,
Se adaptou fácil ao bairro,
Após um quilômetro
Ele alcançava o ônibus,
Depois disso seguia até
A região do centro
Onde trabalhava
Numa loja movimentada.
O salário era bom,
Ele teve dificuldade
Em encontrar outro trabalho,
O salário era baixo,
Não lhe permitia
Residir num dos prédios
Do centro,
Exceto se dividisse o aluguel.
Morar com mais de uma pessoa
Não era lhe era interessante,
Os jovens possuem gostos diferentes,
E os costumes atrapalham
A convivência.
Optou por morar distante,
No entanto, sozinho.
Teve ajuda dos pais
Para comprar os móveis,
Os que precisou pagar,
Fez em suaves parcelas,
Na loja mesmo onde trabalhava,
Isto facilitou aumento
Em seu salário,
Pois ganhava o fixo,
Mais comissão por venda feita.
Todo dia, de segunda
A sábado fazia o mesmo trecho
Nos mesmos horários,
Contudo, ao voltar noite,
(8:30h);
Notou a presença
De um homem diferente,
E isto se alguma forma
Não passou despercebido.
Ele sentiu medo,
A rua era pouco iluminada,
Com exceção de uma prima
Distante,
Não conhecia ninguém
Ali no lugar.
Exceto aquele homem estranho,
O que houve de incomum
Ocorreu na manhã do mesmo dia:
Uma viatura policial
Contendo dois milicos
Passou por ele,
E lhe representou que um deles
Jogou o braço pra fora
Da janela
Instante em que tocou
Na sua nádega.
Ele deu um pulo
Para o lado,
Estava em frente a muitas casas,
Não notou se alguém viu,
Apenas olhou assustado
Para a viatura
E pode ver a velocidade aumentar,
E ela virar a esquina.
O caminho até o transporte
Público era composto
Por uma quadra de casas,
E uma estrada um pouco deserta,
De um lado haviam moradores
E até três empresas,
No outro lado apenas árvores.
Lá lhe pareceu perigoso,
Mas, nada o assustou mais
Que os policiais terem lhe
Feito isto.
Atentar seu pudor,
Ofender sua dignidade masculina,
Nem lhe importou se fossem
Homens ou mulheres,
Isto é mais que errado,
É violência!
Transcorrido o dia de trabalho,
Agora surgia um Palio vermelho,
Dirigido por um homem
De sorriso estranho
Em direção a ele.
Isto o assustou muito.
Três dias depois,
No mesmo horário noturno,
O homem chegou até ele
No carro vermelho,
Parou de frente a ele,
E abriu a porta com força
Contra suas pernas
Para lhe deter a caminhada.
Ele gritou de dor,
Sentiu sangrar a perna
Mas não notou que o motorista
Estaria armado
Com uma faca,
Ou algum objeto cortante,
Porque ele foi mais rápido
E assustador,
Puxou a touca que usava
Para sobre o rosto,
Fechou todo o zíper do casaco
Grosso e saiu para fora
Dizendo:
- entre, vamos dar uma volta!
Ele se sentiu muito assustado,
Sem pensar duas vezes
Correu desesperado
Por está parte do trajeto,
Neste instante,
Pessoas das casas próximas
Saíram para fora de suas residências
E impediram a ocorrência do crime.
No entanto,
Ele decidiu chamar a polícia,
Ligou para o número de emergência,
Contou o ocorrido.
Foi informado que se o indivíduo
Havia fugido
Eles não teriam nada a fazer
A respeito,
Que era aconselhável
Ele se cuidar e pronto.
Sem maiores evidências
Ou meio de agir
Ele se deslocou até sua casa,
Sentindo medo
E dor.
A perna sangrava sobre a calça
Jeans amarela.
Neste instante,
Ao virar a esquina movimentada
De seu bairro
A viatura da manhã retrógrada
Chegou até ele.
O motorista colocou
O braço para fora da janela
De volta,
No entanto, na última vez,
Não foi no lado do motorista
Que houve a ação.
Contudo, isto,
Neste instante
Não alterava os fatos.
A polícia o queria violentar
Sexualmente,
De maneira tão sórdida
Que foram capazes de usar
Um criminoso conhecido
Local atrás dele,
Ele não teria como fugir,
Além de que,
O tal homem que o esfaqueou
Poderia, ser mais que
Um designado para a tarefa,
Poderia ser o próprio policial.
Oneides não era burro,
Estendeu a mão para o policial
E o cumprimentou:
- e aí?
Sou Oneides.
Ele disse
Forçando um sorriso.
- Sou Leocir. Este é o Moisés.
Entra aí
Que te levamos para casa,
Você mora aqui perto,
Não é?
Lhes disseram.
- Sim.
Respondeu,
Com o rosto choroso e inseguro.
Depois disso,
Olhou para a estrada
Que percorreu
O quanto sofreu para correr
E agora se entregaria
Tão facilmente a um policial,
Mas, como poderia ser mais forte?
Abriu a porta
E entrou,
Sentou-se no banco de trás,
Encontrou no chão
Preservativos masculinos
Caídos no assoalho do carro,
Também, duas garrafas de bebida
Alcoólica.
A viatura fez sentido diferente
Para ir até a casa de Oneides,
No caminho havia um matagal
Próximo duas quadras
De onde morava,
Eles pararam a viatura
Naquele local,
Depois piscaram as luzes
Três vezes,
E subiram aquele moro
Onde aparentemente
Não havia estrada,
Entraram ali
E saíram direto num mato
De árvores fechadas e enormes.
Lá, Oneides tirou a roupa,
Chupo pênis,
E se apoiou na viatura,
Lá ele foi estuprado
Por dois homens fardados
Com arma no coldre,
E colete balístico no peito.
Ele relatou sobre o outro
Carro que o seguiu
E o feriu.
Depois do ato,
Os policiais que ouviam
A história e sorriso
Um para o outro,
O levaram para casa.
Logo de manhã,
Quando Oneides saía
Para ir trabalhar,
Seu celular tocou
Ele atendeu e os policiais
Da noite anterior
Informaram que o homem
Do Palio vermelho sofreu
Um acidente e desfaleceu
No local.
Depois disso,
Ele recebeu uma fotografia
Do homem
E o carro esmagado
Contra um caminhão.
Nas fotos seguintes
Que recebeu
Soube que o caminhoneiro
Estava hospitalizado
E corria risco de falecer.
Ele enviou um rostinho
Em resposta de sorriso,
Não quis dizer nada,
Sentiu ainda mais medo,
Agora seu estuprador
Tinha outro rosto,
Trabalhava como policial
Para se proteger,
Conhecia e influenciava
Cada criminoso,
Lhe forçou um favor,
Fez engolir sua dor a porra,
E gostou de sua bunda!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sim

Celio estava dirigindo Compassivo o seu Vectra branco, Escolheu aquele carro Para levá-lo Ao seu próprio casamento, No in...