sábado, 21 de junho de 2025

Estuprada e Quase Morta

Arlene conseguiu trabalho,
Agora era recepcionista
Num supermercado
Próximo a sua residência.
Por conveniência,
Decidiu ir para o trabalho
Todos os dias caminhando,
Isto lhe renderia boa saúde
E economia financeira.
Nas primeiras vezes,
Muitos motoristas
Passavam por ela
Vestida em seu uniforme
Andando na rua
A caminho do trabalho
E buzinavam.
Alguns lhe ofereciam carona,
Outros eram mulheres.
Muitos gritavam a ela elogios.
Ela baixava a cabeça
Para a calçada,
Seguia segura,
Não respondia aos elogios.
Sempre que podia
Se ofuscava de ser vista,
Escondendo o rosto
Atrás do cabelo comprido
E solto
Ou os olhos atrás de óculos escuros.
Ser elogiada em público,
As vezes, é ofensivo.
Quando se trata de ocorrer
Em meio a rua
Parece desrespeitoso,
Inconveniente e assustador.
Certo dia,
Acordou e notou que chovia.
Agora, chegaria tarde
Ao trabalho,
Vestiu-se rápida,
Tomou o café,
Fez tudo que pôde
Para se aligeirar.
No entanto, o ponto
De ônibus ficava distante,
A chuva caia em torrentes,
Iria se molhar,
Perder o horário,
Em consequência
Seria demitida,
Ainda estava em época
De experiência profissional,
Precisava ser responsável,
Respeitar horários
E tudo o mais.
Chamou um táxi.
Deu a ele o endereço,
E sentou-se no banco traseiro
Do automóvel escuro,
Calma e impassível.
Não se atrasaria,
Contudo a viagem lhe custaria
Caro.
Os dias indo trabalhar
Resultaram em negativo
No que se referia
Ao que economizaria,
Pois tudo iria para pagar
O taxista.
Entretida em desculpar
A si própria
Ela não percebeu quando
O taxista desviou da rua
Em que ela iria para o trabalho
E a levou para uma praia.
Logo, que ele parou o carro,
Ela ergueu o rosto
Já sentindo impaciência,
Pois, tardou a viagem.
Notou as ondas batendo
Na areia,
Algumas pessoas surfando
Próximo a praia,
Mexeu o rosto para próximo
A janela com um susto.
- senhor, o senhor errou
O caminho.
Preciso voltar ou
Perdi meu trabalho!
Ela gritou.
E começou a bater
No vidro fechado
Da janela com o punho
Fechado.
O taxista saiu,
Abriu a porta
Que ela tentou reter,
E abaixou-se até seus joelhos.
- ou você chupa meu pênis,
Ou você perdeu seu trabalho!
Ele respondeu
Em seco,
Sem cumprimento
Ou cortesia.
- como?
Você não irá me levar
Ao trabalho?
Eu tenho o dinheiro,
Eu pago!
Ela interveio trêmula
E insegura.
- não trata-se de dinheiro,
Eu gostei de você.
Ele respondeu
Olhando em seus olhos
De maneira faiscante
E selvagem.
Sorrindo, deixando a mostra
Seus grandes dentes brancos
Com hálito cheirando a café.
- tem pessoas aqui,
Elas irão vê-lo fazer isto...
Ele apertou os joelhos dela
Com ambas as mãos
Tão forte que eles estalaram.
Ela calou-se no meio da frase.
Mandou a cabeça
Em consentimento.
Não tinha escolha.
Ele retirou o pênis ereto
Da calça jeans azul
E o cheiro fétido invadiu o ar.
Então, ele apontou com o dedo
Enquanto a outra mão
Subiu para sua cocha
E apertou ainda mais.
Ela o chupou,
Na frente de todos.
Os garotos que surfavam
Pararam sobre suas pranchas,
Viraram-se e puderam
Vê-la.
Alguns assoviaram,
Outros bateram palmas.
Ele fez um sinal
Com a mão para pararem,
Levantando o braço
E apontando com os dedos
Para o chão.
E sorriu seguro do que fazia.
Todavia,
Se apiedou dela
E a levou para o trabalho,
Ela chegou quinze minutos atrasada,
Correu para o banheiro
Lavar o rosto
E chorou.
Não foi demitida,
Voltou normalmente para o trabalho,
Sempre indo por conta própria,
Lhe pareceu mais seguro
Confiar somente em si mesma.
Dois dias depois
Ele a encontrou,
Chegou próximo a ela
Na calçada e freou o carro
Deixando marcas sobre a pista.
- sobe me chupar.
Eu te levo de novo.
Ele falou alto
Sem pudor.
Ela olhou revoltada
Para ele,
Haviam pessoas
Próximo a calçada
Em suas casas
E empresas de trabalho.
Então, ela sentiu-se segura
Para defender-se.
Bateu contra o vidro
Da janela do carro,
Desta vez, com força
Para quebrar,
Para dar prejuízo.
Gritou e cuspiu no vidro.
- maldito, desgraçado.
Estuprador!
Algumas pessoas vieram
Até a calçada
E o viram,
Ele colocou marcha no carro
E fugiu rápido.
As pessoas perguntavam
A ela o que houve,
Ela se recusou a falar.
Contudo,
Mais adiante em frente
A uma empresa de montagem
De máquinas,
Parecia haver só homens
E todos ocupados.
O taxista a reencontrou,
Desta vez, freou de volta
O carro sem falar nada,
Deixou em alerta
E saiu para fora,
Abriu a porta
E a jogou para dentro
Com força.
Depois foi para a direção
E seguiu,
Ela tentou esbofeteá-lo,
Ele lhe deu um soco
No nariz que fez sangrar.
Ela sentiu muita dor,
Ele parou próximo
Ao local,
Lhe desferiu inúmeros
Tapas contra a sua cara
Até marcar de vermelho
E fazer verter sangue:
- eu o chupo,
Por favor,
Me deixe viva,
Eu o chupo!
Ela gritou.
Ele, então, abriu o zíper
E expor o pênis para ela
Dentro do carro.
Depois de ela
Tê-lo chupado,
Ele saiu para fora,
A retirou do carro,
Lhe escoiceou,
Deu socos,
Tapas até ver ela desmaiar.
Depois a deixou inconsciente
Largada sobre a calçada,
Próximo aquele local de montagem,
O barulho feito pelas máquinas
Dentro da empresa
Era tão alto
Que impediu qualquer um
De ouvi-la,
Ela também foi impedida
De gritar,
Ele a sufocou.
E simplesmente extravasou
Sua vontade selvagem
Sobre ela.
Horas mais tarde
Ela acordou
E se socorreu no próprio
Supermercado onde trabalhava,
Chorando muito,
Sangrando
E sentindo muito medo.
Seu corpo ficou cheio
De hematomas,
O braço lhe pareceu quebrado,
Sua bolsa foi roubada,
Seus documentos estavam
Todos perdidos,
Ela ainda não sabia
O nome do taxista,
E ao ser questionada
Sobre seus traços físicos,
O pânico lhe calou a memória,
Nem mesmo o carro
Soube definir sequer a cor,
Quanto menos modelo e ano,
Ela não soube dizer
Quem era o homem
Que lhe fez tanto mal
Em tão pouco tempo.

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