A manhã de 24 de junho
Do ano de 2025
Emergiu conturbada
Na cidade de Chapecó.
A pacata cidade
Sentiu certa espécie
De pânico,
Ao ter casa porta
Das residências
Do centro da cidade
Uma calcinha feminina
Pendurada no trinco.
Isto não ocorreu
Apenas com Otavira,
Mirela ou Melania.
Ocorreu também
Com João,
Carlos e Romeu,
Homens viúvos
E que viviam solitários
Há muito tempo.
Está surpresa inesperada
Separou Natália de Eduardo,
Pois a garota ao ver o objeto
E não reconhece-lo
O esbofeteou e fugiu com o carro.
Quanto a Leandra,
Simplesmente apagou
O número do telefone
De Jandira e a bloqueou.
Jurou nunca mais
Dormir na casa da amiga.
Já Jacira,
Pediu o divórcio,
Acordou chateada
Por ter dormido pouco,
Saiu para fora
Para buscar o jornal
E se deparou com tamanha
Estapafúrdia pendurada
Em sua porta,
Nem mexeu no objeto,
Ficou enojada,
Chutou o jornal para a rua,
E correu até o escritório
Do Doutor Mazorie,
Que foi pego desprevenido
Pela empregada:
Com a calcinha em mãos,
Cheirando e o sinal de um
Bofete no rosto.
Ainda assim,
Ele serviu para redigir
Os papéis que davam adeus
Ao casamento de 35 anos.
O esposo de Jacira,
Gilberto alegou desentendimento,
Porém, ao retornar para a casa,
A calcinha não estava
Mais pendurada no trinco,
Apenas o jornal estava amassado,
Parecia ter sido recolhido
E depois pisoteado e solto
No chão.
O telefone da cidade
Não parou de tocar,
As pessoas ligavam
Uma para as outras,
Falando a respeito
Do ocorrido,
Passou seis horas
Para que alguns passassem
A notar que tal fato
Não ocorreu em único local.
No final da rua,
Próximo a praça pública
Julcineia discutia sério
Com Josinei por tê-lo
Pegou desprevenido
Na garagem do carro
Vendo revistas pornôs
Masculinas
Com homens em todo tipo
De posição nudista,
E usando calcinhas
Para limpar o orgasmo
De sua masturbação:
-desculpa, Julcineia,
Não sou capaz de desejar mulher,
Eu gosto de homem
Para olhar e admirar.
Ele simplesmente respondeu,
Quando ela correu de encontro
A ele,
Juntou uma calcinha
Que não reconheceu
E tomou de suas mãos
Enquanto batia com aquela
E outras contra o rosto dele.
- pervertido,
Maldito!
Você está me traindo!
Ela gritou em pânico.
Ele riu.
Gozou outra vez
Contra a porta do carro
E saiu a passeio,
Ultimamente ele demorava
Mais para voltar
Do que em outras vezes.
O carro parecia ser
Seu objeto de masculinidade,
Seu apoio psicológico
Para sentir-se mais masculino.
Neste instante,
A porta da casa de Nadira
Foi arrombada por ela própria
Quando seu namorado
A jogou contra a porta fechada,
Indignado por ter encontrado
Uma calcinha em sua porta
Ao chegar em casa
Naquela manhã
E ter pedido a ela
Se era algum fetiche
Com relação a ele
E ela negou reconhecer o objeto.
Depois disso,
Ele saiu para fora
Esbofeteou várias vezes seu rosto,
Depois subiu na moto e partiu,
Deixando-a caída na calçada
Escorada na parede do prédio.
Com Josinei rindo da situação,
Que presenciava
Por ser vizinho de porta,
E estar vendo tudo
A partir do vidro de sua garagem.
Ela tinha dezoito anos,
Ele tinha seus cinquenta.
Depois disso,
Ele retirou o carro para fora,
Deixou a porra recém gozada
Na porta a mostra,
Fez pose próximo ao carro
E entrou porta adentro
Depois de claramente
Ser rejeitado.
Ao ver ela entrar amedrontada
Para dentro de casa,
Ele não perdeu tempo,
Invadiu a casa,
E o quarto,
Usou uma calcinha para asfixia-la
E a estuprou de todas as formas,
Antes de sair,
Uma hora e meia depois,
Ele roubou todas as suas calcinhas,
E espalhou-as nas ruas próximas.
Ela acordou zonza,
E amedrontada,
Estava sangrando e dolorida,
Mas sua mente estava enevoada,
Tudo vinha a cabeça
Feito um reflexo,
Seu namorado
Segurando uma calcinha,
Falando de fetiches,
Batendo muito forte nela...
Mas, ela não recordava
De ter transado,
Porém, suas partes íntimas
Denunciavam contato íntimo.
Ele se mudou de toda coragem,
Pegou o telefone e ligou para ele:
- Oi, Jacir. A gente transou?
Ela indagou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário