O centro da cidade
Se restringe,
Crianças são feitas
Aos montes,
Jogadas as margens,
Junto a suas mães desempregadas.
Os pais fogem,
Não queriam compromisso,
Muito menos
Aceitar filho,
Abandonam a garota grávida,
Esquecem de voltar atrás.
Pensão não sustenta barriga,
Profissão já não garante salário,
Os pais rezam pela idade correta
De individualizar o filho,
Entrega-lo a sociedade,
Definem a isto independência.
Quatro paredes
Constroem uma casa,
O teto voa com o vento,
A estrada pública
Escoa sujeira para dentro,
Que importa?
Melhora-se a porta!
Como desejar separar
O menino desolado,
Do adulto agredido?
Filho sem cuidados
Produz sociedade
De adultos preguiçosos.
Os políticos
Se sustentam de troca
De favores,
O cargo público
Vive de influências,
Colhe-se nisto a incompetência,
Toda chuva carrega telhado,
Quem tem duas calças
Precisa doar uma peça,
Toda crise produz desempregados,
Apenas a faculdade
Não constrói trabalhadores,
Assim como, juízes não
São capazes de produzir alicerces
Que dê vida digna
Ao filho que o pai não quer ver
Ou saber que existe.
A mãe deveria pensar nisto,
Ser independente para sustentar
Como o foi para fazê-lo,
Filho não é boneco
Para ser objeto:
De maus tratos,
De prazer,
De desprezo,
De amparo.
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