sábado, 2 de agosto de 2025

A Rachadura Lá de Casa

Com pouco dinheiro
E muito a fazer,
Eu dei meu primeiro passo
Para dentro da casa,
No mesmo instante
Um barulho de algo
Se partindo
Cruzou por meus ouvidos.
Fiquei mais atento,
Para entender o que ocorria,
Percebi que embaixo
Do meu pé
Originou-se uma rachadura,
E está andou para frente
Em velocidade desmedida
Ganhando quase todo
O chão que viria.
Eu levantei o rosto
Para o alto,
Sem temer,
Dei o segundo passo,
Nada mais ouve,
Então, decidi cruzar a sala.
Me deslocando para
O meio dela,
A rachadura continuou
Comigo,
Se refez a partir do chão
E correu pela parede,
Subindo até o foro da casa.
De súbito parei,
Medi a pressão
Do meu próximo passo,
Dei uma olhada para trás,
Tentando analisar
Se retornava a partir do zero
E buscava outra casa,
Ou se optava por economizar
Meu dinheiro.
Apertei minha carteira,
E lembrei que dispunha
De pouco, muito pouco.
Eu precisava,
Mais que nunca,
Contar com a sorte,
Então, segui.
Cheguei a cozinha,
E lá do teto
Caiu outra rachadura,
Foi como se ela estivesse
Medindo esforços comigo
Numa tentativa inútil
De me aterrorizar
Ao buscar estar sempre
A minha frente.
Bem, eu realmente,
Não iria até a janela
Que ficava ao final
Da cozinha,
Não neste instante,
Assim, deixei a rachadura
Como estava,
Parei de pensar nela
E me dirigi para o quarto.
Lá me deitei,
Me refiz do cansaço
Do dia.
Ao acordar
As rachaduras
Não ganharam tanto espaço
No meu pensamento.

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