Na parte da zona rural
Do município de Joaçaba,
Um agricultor levantou
Logo cedo para ir tirar leite.
Ao abrir a porta
Se deparou com uma raposa,
O bicho estava comendo
Um braço do que aparentava
Ser de uma pessoa.
O agricultor ficou assustado,
Fechou a porta
E saiu para fora,
Depois disso, seguiu o rastro
Do animal com uma foice
Em mãos.
Logo adiante,
Próximo ao rio
Encontrou o que parecia
Ser uma pessoa,
Ela estava imóvel
Deitada no chão,
Muito magro e parecia
Ser um homem.
O agricultor assustou-se,
Chegou perto sorrateiro
E notou que havia sinais
De fogo no local,
Mais perto do homem
Notou duas mulheres,
Todos os três apresentavam sinais
De terem sido consumidos
Por um animal,
Faltava alguns membros
Como braços, mãos,
Lados do rosto, partes da barriga.
Eles estavam soltos na terra
Sobre folhas secas queimadas,
Atrás de suas cabeças
Havia uma pedra que tinha
Algo escrito com sangue,
Lá estava escrito:
“E Deus limpará de seus olhos toda lágrima;
e não haverá mais morte,
Nem pranto, nem clamor,
Nem dor;
Porquê já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4
As três vítimas estavam deitadas
Com as mãos unidas
Como se rezassem,
Os pés estavam juntos,
Tudo se encaixava
Em um misto de culto e velório,
Como se fosse uma oferenda,
Um culto a algo subliminar.
Os rostos foram mutilados
Por objeto cortante
Onde desenharam uma cruz
Do início ao fim de cada rosto,
Seus lábios estavam colados.
O agricultor assustou-se,
Não mexeu em nada do que havia ali,
E correu até sua casa
Para chamar a polícia.
Animais se aproximavam
Dos corpos
Para comer sua carne,
Era difícil dizer
Há quanto tempo estavam mortos,
Os olhos de cada um
Foram arrancados
E no lugar foi desenhado
Uma cruz com seu sangue.
Havia pouca roupa,
Pouca pele sobre os corpos
Que foram queimados.
Ambos estavam próximos
Ao leito da água,
Recostados por entre o arvoredo.
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