Ela colocou sua afeição no toque de suas mãos,
E ao abraçá-lo o trouxe para o seu coração,
Para entregar o amor que estava reservado,
Na parte mais profunda do seu peito,
Que ao ser entregue teria seu espaço preenchido
Por ele próprio com todo seu amor,
Tinha certeza que o amor que sentia era intenso e profundo
O suficiente para que nele coubesse seu ser por inteiro,
Com seus erros, seus defeitos e todos os seus sonhos,
Que em nome do amor seriam todos realizados,
Sentindo seu corpo ao dele se colar,
Ela selou os dedos em suas costas,
Fechou os olhos em oração,
E pediu do fundo do coração,
Que Deus o mantivesse ao seu lado,
Para que o laço do amor que os unia nunca fosse dissipado,
Não sentia intenção de prendê-lo,
Apenas queria que entendesse a intensidade do sentimento
Que o prendia a sua alma com grampos de aço,
Na segurança do amor que pulsava descompassado,
E que agora se esforçava para demonstrar em gestos,
Na esperança de ser entendido e correspondido,
Pois longe do encanto dos seus olhos castanhos,
Os ponteiros do relógio aparentam o peso do ferro,
Pois se arrastam alongando os segundos,
Horas sem o contemplar parecem anos,
Sofrimento terrível que se espalha por seu rosto,
Escondendo seu sorriso, mas mantendo o amor protegido,
Guardado em seu peito, a salvo de todo perigo,
A espera da oportunidade de ser correspondido,
Sedenta por sua presença,
Ela é como a águia que mergulha sobre a presa,
Surda aos pedidos da própria mente,
Que a pedem para dispersar,
Mudar seu semblante e tentar sorrir,
É aí que se apavora ante a importância de tê-lo junto a si,
O amor rompe as fronteiras e as defesas do próprio coração,
Uma vez que se declarou estar perdidamente amando,
Por que deveria ela sofrer em vão?
Por isso aqui esta ela buscando a chance única de conquistar seu amor.