terça-feira, 31 de outubro de 2017

O Privilégio de Amar

Nada pode ser mais bonito que o amor,
Porém quando platônico, nem tão desolador,
Era o que eu pensava quando caminhava
Sozinho, a contar os passos pelo chão,
Sob o céu descolorido de um dia de primavera,
Será que existe piedade no fogo da paixão,
Algo que pudesse alcançar o fundo da minha dor,

Que se compadecesse pala angústia da minha alma,
Que conseguisse juntar meus sonhos despedaçados,
Até as flores primaveris sorriam para esconder as lágrimas,
Conscientes da dor que afoga meu coração,

Em lágrimas solitárias que calam a fala na garganta,
No soluço do martírio que fere até mesmo a estação,
Meu medo me faz falhar, me falta o ar para respirar,
Meu amor encontra-se agora em algum lugar da minha ilusão,
Guardado nas lembranças em que guio minha vida,

Porém minhas esperanças eu acomodo em Deus,
No espaço infinito que une a linha do horizonte aos céus,
Não imaginei que no frio daquela multidão,
Fosse me deparar com seu olhar sedutor,
Que me magnetizou com toda força da emoção,
Liberando faíscas de amor ou mero desejo,

Pois no espaço do amor eterno em que toquei sua mão,
Perdi você sem nem ao menos perceber se a havia conquistado,
Hoje não sei dizer o que houve com aquele amor esplendoroso,
Que feito uma rainha me fez súdito deste sentimento,

Durante cento e oitenta dias nunca me senti tão feliz,
Feito um rei cuja maior riqueza era dispor de um amor sem fim,
Terminado estes dias, sem apresentar desculpas você partiu,
Durante sete dias permaneci silencioso a sua espera,
Nem por um instante meu coração sorriu,
Perdido na dor da solidão que dilacera,

No entanto, sinto mais mal ao me ausentar nesta solidão,
Do que ao expressar com palavras a dor que fere minha afeição,
Por isso resolvi escrever esta carta,
Proclamando que toda pessoa deve amar sem medida,

Mesmo que mil lágrimas sejam derramadas,
Que nada rasgue a confiança sobre o privilégio de amar,
E caso o amor que alcance não supra suas necessidades,
Não se conforme, jamais se detenhas,

Liberte o coração para um novo amanhecer,
Sem se arrepender, pois além de todas as coisas,
Não se permita fracassar,

Apenas creia no privilégio de amar.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Beijo Apaixonado

Seus passos ecoavam aos meus ouvidos,
Seu esplendor iluminava meu sorriso,
Como se andasse na batida do meu coração,
Sua fala suave exprimia vida a minha emoção,

Conforme se aproximava com a força do meu amor,
Senti minha garganta emudecer minha voz,
Ante a insegurança de não saber demonstrar meu afeto,
Como se o mais glorioso sentimento,

De repente me soasse como uma maldição,
Sob o juramento de declarar minha paixão,
Nenhuma outra pessoa tocou tão profundo meu coração,
Silencioso apenas lhe ofereci a mão,

Deixando que o amor falasse frente a falta de palavras,
Embriagado pelo sorriso que iluminava seu olhar,
Vi ela docemente aceitar meu gesto,
Então puxei-a para mim com todo meu carinho,

Enlacei sua cintura e afaguei seu rosto,
Na ternura da carícia perdi o fôlego,
Senti como se pudesse ver através dela,
Em razão da pureza de seus olhos de céu de estrelas,

Ah como meu coração sonhou com este nome,
E agora pôde enfim senti-lo em minha pele,
Uma vida de amor fluía em cada carícia,
Apaixonado pela textura macia e brilhante do luar,

O mundo pareceu ficar menor,
Ordenei ao meu coração que subisse para o toque dos meus carinhos,
E minhas mãos avançaram suavemente por seu corpo,
E os afagos aconteceram quentes feito o calor do sol,

Quando a senti se entregar ao fulgor das minhas carícias,
Inclinei seu corpo docemente para a direita,
Penetrando seus lábios com o calor de um beijo apaixonado,
Vertendo amor no calor de cada afago,

Encontrando o paraíso na febre de seus mimos,
No néctar que saciava e avidava meu amor,
Subi aos céus e percorri as estrelas,
Encantado por suas adoráveis blandícias apaixonadas,

Até sentir toda terra se tornar distante,
Coberta por um véu de vida e água,
Em seus beijos afáveis encontrei o céu livre da gravidade,
Na profundidade de nossas carícias toquei sua alma,

O único som eram de nossos beijos de paixão,
Que ecoavam no pulsar ardente do coração,
Eu a beijei com toda minha avidez,
Desejando reivindicar seus lábios para sempre,

Minhas mãos deliciavam-se em cada afago,
Como se assumissem o controle de seu corpo,
Na imensidão do azul celeste,
Com as nuvens macias a acariciar nossos pés,

Entregues a afagos quentes feito estrelas,
Senti que encontrei o lugar a que pertencia,
Então quando abrimos nossos olhos,
As sombras da tarde já cobriam nossos corpos,

Mas isso não atenuou meu grande amor,
Dando voz ao calor que pulsava de meu peito,
Me senti seguro e me afastei centímetros de sua boca,

Pelo curto espaço de tempo eterno em que disse que a amava.

domingo, 29 de outubro de 2017

Amor

Ao romper do dia,
Como se fossem cortinas abertas de uma janela,
O orvalho caiu e a névoa se dissipou,
Abrindo o véu que cobre a aurora,

Permitindo o sol acordar no horizonte,
Contornando sua silhueta com o azul celeste,
Como se fosse um sonho de amor brilhando ao amanhecer,
Uma parte do paraíso sorrindo convidativo a minha frente,

O desenho de um anjo com a tinta do amor divino,
A promessa de um tesouro sagrado,
O fruto saboroso que sacia os apaixonados,
Que vem derramar amor a quem entregou seu carinho,

Com grande inteligência o anjo desenhou suas formas,
Fazendo do amor sua matéria prima,
Estampada em sua conduta,
E na luz do seu olhar,

Feito do puro amor e de traços do paraíso,
Linhas apaixonadas tecem seus contornos no firmamento,
Como se o próprio sol pegasse seu brilho emprestado,
Um ser iluminado envolto a um mistério sagrado,

Cuja beleza imensurável afasta do céu as nuvens,
Dando um encanto inigualável ao sol nascente,
E quando o vento soprou trouxe com ele seu amor,
Seu cheiro me despertou com um encanto glorioso,

Que me encheu de uma alegria pura e segura,
Como se sua simples proximidade me acordasse para a vida,
Ainda sentindo a paz da nossa mágica noite de amor,
Percebi que até mesmo os astros do céu te adoravam,
Confiados a luz do fogo do amor que esculpiu seu corpo,
E mesmo a beleza da terra parece ter feito contigo uma aliança,
De que nada brilharia mais que sua presença,

Sem palavras para lhe expressar,
Percebendo que o que me acordou não foi a luz do dia,
Mas sim a beleza incandescente da luz do seu olhar,
Despertando meu coração com carinho e ternura,
Sob a luz cálida daquela doce manhã,

O destino caprichoso com os apaixonados,
Falaste dos céus sob o juramento de te comprometer ao amor,
Lançou nossa solidão nas profundezas,
Como uma pedra em águas agitadas,

Para saciar a fome e a sede de nossas almas,
Com o néctar do amor de nossas bocas,
Entrando em minha vida e tomando posse dela,
A qual em uma súplica da alma lhe entreguei em promessa,

Em uníssono eu pedi por amor,
Você nos ouviu e despiu seu amor
Me cobrindo com seu calor,
Feito um cálice de vida,
Com que se sacia a garganta árida

De uma alma submersa na areia desértica,
No brilho da luz do dia,
O mesmo amor que condenaria,

Em justiça e fidelidade, agora salvaria.

sábado, 28 de outubro de 2017

Amor Imensurável

O amor aconteceu em doze luas,
Esplendoroso feito mil galáxias,
Tão sublime quanto a luz das estrelas,
Como se estivesse escrito na prata do luar,

Conquistando os olhos dos apaixonados,
Para a luz deste sonho encantado,
Ao perceberem que nosso amor se consumou,
Com o fascínio que nunca se sonhou,

Feito um presságio de que o amor encanta a alma,
E se perfaz no destino que acorda para a vida,
Feito um sonho guardado na lembrança,
De que basta um propósito ser sagrado para que possa se consumar,

Feito uma luz que ascende na alma a esperança,
De que sempre existe um sonho para sonhar,
Que feito um poema que conquista a alma,
Faz da beleza do amor alicerce para alcançar a vitória,
Aquela encontrada apenas no carinho da pessoa amada,
Que transforma a dor de nossas lágrimas,

Em alegria que nos reforça para a vida,
Depois que nossos sonhos foram reconstruídos
E juntos, reduzimos a solidão ao seu devido lugar,
Preenchendo nossos vazios com o néctar do amor,
Guardando um ao outro na luz que acende o olhar,
Refletido no véu do luar que cobriu nossos corpos através da janela,

A portas fechadas para que nada nos pudesse interromper,
As quais apenas seriam abertas,
Pelo sol do novo amanhecer,
Aquele com o qual reescrevemos nossa história,

Em que fizemos de nossos corações um santuário,
Que guardou nosso amor portas adentro,
De forma que nunca pode ser corrompido,
Pois estava protegido no lugar mais profundo do peito,

Também designamos nosso amor para sentinela,
Usamos um pouco dele para reerguer muros ao nosso redor,
Feito um escudo invisível que nos abrigasse em ternura,
Ora, nosso amor por ser tão grande e profundo,

Pôde ser dividido e ainda nos retornar multiplicado,
E o mundo de repente nos pareceu carente do humano,
Como se precisasse ser reconstruído,
Então olhamo-nos um nos olhos do outro,

E percebemos a fagulha deste desejo brilhar em nossas faces,
Todo o povo vendo o esplendor do nosso amor,
Se juntou a este sonho como se fosse um só homem,
Porque o amanhecer que juntou nossas vidas e nossas almas,
Se compadeceu de ver o povo chorando,

De ver as lágrimas preencherem suas vidas,
Por isso, nosso amor irradiou com toda força,
E brilhou em todos os astros do céu,
Escrevendo um sonho de amor na luz das estrelas,
Sagrado feito o carinho de Deus,

Diante disso, os sonhadores levantaram os olhos para o horizonte,
E no secreto de seus universos houve uma reunião solene,
Clamando em alta voz por um pouco mais de amor,
Assim levantaram-se e foram em busca de seus sonhos,

E seus sonhos acordaram e os encontraram,
Realizando-se de forma gloriosa,
Tão lindo e imensurável é nosso amor,
Que com o encanto que nos transformou,
Contagiou o mundo ao seu redor.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Apaixonados

Tão encantador é o amor,
Que conquista os apaixonados,
Cobrindo com o véu da paixão seus olhos,
Guardando o sagrado de uma benção em seus lábios,
Silenciando seus ouvidos a convidados indesejados,

Que escondem suas intenções em uma fala macia,
Tentando camuflar-se por entre as sombras de sua alma,
Inventando sonhos sem intensão de realizar,
Com o egoísmo escondido em suas palavras,

Acreditam poder demonstrar uma realidade inventada,
Feito uma máscara que distorce a existência,
Uma fantasia em que alicerçam suas vidas,
Sentindo o coração e a alma tremer,
Ela recusou-se a esta realidade maquiada,
Mesmo com uma lágrima de dor percorrendo sua face,
Recusou-se ao falso por acreditar na vitória,

Com os punhos cerrados e os olhos castanhos cintilando,
Ela se afastou e cruzou os braços,
Em um gesto protetivo de quem acredita em algo maior,
Pois tendo Deus criado o amor e entregado aos seres humanos,

Não seria ela que iria se afugentar de seu fulgor,
Pois apenas os condenados confiados ao desamor,
Entregam-se ao falso proveniente do inferno,
Acompanhado de urros por percorrerem pelo errôneo,

Então seguindo um soluço do tempo,
Que chorou a dor dos seus passos,
Seu coração pulsou acelerado,
Quando seus olhares se encontraram,
Como ironia do destino ele caminhava ao seu encontro,
Com olhos escuros, límpidos e iluminados como a luz da lua,

Ele andava devagar e elegante,
Com um sorriso que trazia o brilho das estrelas para sua face,
Com o cabelo curto acariciado pelo vento,
Ele estremecia, talvez por causa do frio,

Como se o amor percorresse por sua pele,
Ela lhe sorriu e abriu os braços,
Desabrochando para o que viesse com eles,
Sentiu como se fosse verdadeiro,
Pois seus corações batiam no mesmo compasso,

Sentiu-se incapacitada de se esconder,
Do amor que tanto sonhou viver,
E que agora se personificava a sua frente,
Abraçando-lhe com força, sentindo sua face,

Como se fossem duas metades que simplesmente se completassem,
Entregou-se aquele sentimento até que em engano se dissipasse,
Oportunizando-se, inevitavelmente, a sentir gemidos de saudade,
Que feito uma névoa subiriam ao azul celeste,
Enevoando os sonhos dos apaixonados,
Que com beijos seriam renascidos,

Diante da intensidade de seu olhar,
Até onde ela chegou com sua imaginação,
Percebeu que o amor compensaria,
Então lhe entregou a chave de seu coração,
Naquele abraço caloroso,

Que os refugiava do frio do inverno.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Descobrindo o Amor

Minha mão docemente afagou seu rosto,
Com o mesmo carinho com que deslizou
Uma mecha de seu cabelo para trás da orelha,
Senti o calor do amor lagrimejar em meus olhos,
Não resisti e beijei suavemente sua boca,
Sentindo-se segura, ela acordou sorrindo,
Envolvendo ternamente minha nuca,
Irradiante por retribuir o beijo,

E a escuridão antes camuflada por toda parte,
Estava tão completa em sua perdição que fez luz,
Magnetizando através do amor os amantes,
Juntando-os através da intensidade de um sentimento que seduz,

Tão irresistível quanto as estrelas de uma noite escura,
Que esconde no inseguro a beleza dos sonhos,
Cobrindo nossos corações com o véu da ternura,
Servindo de coragem aos apaixonados solitários,

Para que no brilho do dia ou no mistério noturno,
Vaguem em busca do amor,
Porque tão forte quanto brilha a vida,
Apenas o amor transforma,
Sem amor nem humano eu seria,
Pois a nada serviria minha alma,

Se eu não aproveitasse os soluços do tempo,
Para reconstruir uma nova história,
E em nome do amor desfragmentar os segundos,
Para reerguer este sentimento que caiu em ruínas,

Apenas para lhe entregar o paraíso,
Neste beijo dengoso que me faz renascer a cada manhã,
Este amor seguro inventado por anjos,
Inspirado em sua beleza que faz luz ao dia,

Mas que foi silenciado pelo manto da solidão,
Que agora cai em terra sendo consumido pelo fogo do coração,
E aqui te encontro em minha cama, nua e amada,
Completamente minha, vestida por minhas fantasias,

Emudecida por este amor grande demais para se exteriorizar,
Cujas palavras são insuficientes para te alcançar,
Senti meu corpo estremecer com veemência,
Me dando completa liberdade para amar,

Então a envolvi em meus braços com mais força,
Exultante pela segurança com que me respondia,
Como se nosso beijo fosse uma chama intensa,
Um elixir que nos acorda para a vida,

Lhe juro que mil beijos ainda não possuem suficiência
Para derramar o amor que guardo em minha alma,
Me sinto tocar o céu no meigo de sua pele,
Estou realizando um grande sonho e não posso descer,

Não há motivos para tentar controlar o amor que insiste em renascer,
A cada instante que me encontro em você,
O amor sublime que renasce a cada beijo,
Tão intenso e resplendoroso como se estivesse sendo recriado,

Se mil vezes eu lhe beijasse,
Mil vezes seria como na primeira vez,
É como se seus olhos me enviassem uma mensagem,
Que sempre contivesse a mesma resposta,
Me indagando se entre nós seria suficiente o para sempre,

E eu simplesmente lhe afagasse com ternura,
Que intimida qualquer margem para dúvida,
Sobre o quanto nosso amor nos reforça
E nos faz concluir em vitórias,

É como se o sentimento transbordasse em meu coração,
E viesse parar em minhas mãos,
E ao te entregar com meus afagos, 
Muito maior voltasse ao seu lugar,
Percorrendo por todo meu corpo,
Aquele amor tão intenso que estava trancando portas a dentro,
O mesmo que apenas o fulgor das minhas carícias,
Conseguem penetrar suas portas fechadas,

Despertando algo tão intenso e impossível de fugir,
Como se eu dependesse de seus mimos para salvar minha vida,
Por Deus, que a loucura deste amor sou incapaz de resistir,
Então, afugentando o medo de profetizar contra mim,
Olhei em seus olhos e disse que a amava com toda a alma,
Seu sorriso intimidou qualquer dúvida que eu pudesse sentir,

Quando disse que a mim pertencia sua vida,
Me fez sentir-me em pecado pela sombra de dúvida
Que pairou levemente por meu olhar,
Acuado pela intensidade dos seus afagos,

Pelo calor em que juntos descobríamos o amor.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Vivendo de Lembranças

Então restou o silêncio,
Em minha cabeça o eco de sua voz,
Frio e vazio ecoando pelo quarto,
Lágrimas teimosas molham meu rosto,

Contornando e penetrando meus lábios,
Me embriagando com seu gosto amargo,
Logo, veio a sensação de queda,
Que nem mesmo a lembrança de sua boca conseguiu afastar,

Como se o céu tivesse perdido o luar,
E só restasse um vazio inseguro em seu lugar,
Apenas uma escuridão espessa,
Enevoando sua lembrança em meu olhar,

Marcando nossas carícias,
Com fragmentos guardados em minha alma,
Já nem distingo a verdade do que é imaginação,
Pois no que dependesse do meu coração,

Jamais teria optado por rasgar minha alma,
Com a dor da partida que dilacera minha vida,
Como se minha dor me derretesse,
Perdi minhas forças e deixei meu corpo escorrer pela parede,

Ajoelhada soltei um grito mudo,
Tentando exclamar essa dor silenciosa,
Envolvi os braços em meu próprio corpo,
E senti minha alma se aquecer ao te lembrar,

Com a visão embaçada por lágrimas apaixonadas,
Me senti farta da sua dolorosa ausência,
Que preenchia meu redor com o que não estava,
Será que um coração sobrevive apenas de lembranças?

Uma escolha errada e um beijo de despedida,
Foi suficiente para lhe tirar da minha vida,
Mas se aceitasse minhas súplicas,
Mesmo que tardias,

Apenas te lembraria de suas últimas palavras,
Aquelas que ainda pairam vivas sobre este lugar,
As quais falavam de um amor tão antigo,
Sem o qual nem mesmo você resistiria,
Aquelas que me convenceram de que era um anjo caído,

Cujo destino lhe guardou em minha vida,
Feito um presságio de que eu lhe salvaria,
Amor, se viste a tristeza que consome meu olhar
Nestas lágrimas dolorosas,

Sei que gemerias minha dor palpável e brutal,
Que com um simples dar de ombros,
Me separou de você, minha alma gêmea,
Amor, sei que o som da minha voz não lhe chega tardio,

Veja, eu me sinto cair sem parar,
Perdida nesta escuridão solitária e tão densa,
Aquela mesma da qual prometeste me salvar,
Me sinto descer em direção ao nada,

Amor volte apenas para reavivar minhas lembranças,
Que agora sentem-se tão falhas e esvanecidas,
Sei que não houve outro amor em sua vida,
E como vês ainda estou vivendo de lembranças,

Mas entenda minha necessidade de senti-lo mais uma vez,
Seu silêncio está afogando meu amor,
Tenho medo que tenhas conseguido me esquecer,
Mas quando sinto a intensidade de nossos beijos apaixonados,

Me convenço de que nem tudo esta acabado,
Amor, não acho justo ver meu corpo,
Antes tão completo em seus afagos,
Agora vazio e frio,

Preenchendo-se de um choro doloroso e solitário,
Amor, todas as demais coisas caem em escombros,
Apenas nosso amor não conhece o declínio,
Quanto aos nossos sonhos caídos,
Nada nos custa reerguê-los,
Amor se não há outra em meu lugar,
Então posso me convencer de que sentes minha falta?

Saudade

Aquele seu único beijo, Arrastou-se sobre minha espinha, Efeito de fogo abrasador, Agora,  Vertente em saudade, Se assemelha a g...