Coisa triste.
Fato a não se esquecer:
- O que ele chamava amor hoje fere,
Quase opto por não o viver.
Sim, pudesse apagaria o beijo,
No gosto do batom marcaria o ato,
Chegaria perto, bem perto,
Apenas para ouvi-lo,
Ao final me recusaria a ser conquista,
O amor que é amor não se busca,
Ele nasce no olhar, na carícia;
Vê-se o amor desde a fala.
O que ele chamou querido amor,
Não passou de usurpação de sentimento,
Um sentimento que ele não conhece
Muito menos esforça-se.
Uma manhã, ergueu-se e abre a janela,
Com um suspiro e um arfar de ombros,
Vira-se e diz: estou indo embora,
Mala pronta, decisão tomada,
Vira-se e bate a porta.
Recordo de tê-lo ouvido erguer a voz,
Lá de fora,
O que disse eu não quis me atentar,
Queria atenção e mais nada.
Discussão coletiva,
Segredos íntimos expostos a estranhos,
O que mais se espera?
Levo as duas mãos no rosto,
Com um ufa, fecho os olhos: durmo!
Ao coração sua soberania;
A razão, peço apenas que o ouça.
Desta vez, o adeus.
Ao indivíduo que pediu sua liberdade,
As chaves!
Vá e não volte-se.
Em poucas palavras,
Nego a cada parte minha tê-lo amado.
E aquele que contestar,
Apresento os fatos!
O coração que insiste no erro,
Termina por ser destruído,
Por Deus me assumo e nego a isto.
Sem aviso ele foi,
Por que iria querer se voltar?
Quando o coração resplandece,
Toda a alma se alegra.
Quando um tolo governa,
O que ama teme.
O homem que ama a si mesmo,
Sabe amar o outro da mesma forma,
Mas, aquele que prefere a vida fácil,
Leva a fim injusto a sua fortuna.
O coração que expulsa a covardia,
Dá sabedoria a cada um de seus pulsares,
Mas, o suborno leva tudo a ruína.
Três dias após o ocorrido,
E ela acorda com um beijo nos lábios,
Apenas um ressoar,
Abre os olhos o vê em pé no quarto...
Anula os dias insones,
Esquece até mesmo as lágrimas:
É como digo:
O suborno leva tudo as ruínas...
Maldigo o beijo!