Esta história data de antes de o mundo ser mundo,
Muito antes de estar nos planos de Deus,
Sim, havia algo maior que isso:
O amor, e com ele os sonhos e alguns beijos,
Bem, aconteceu que dois abraços após,
Em época remota, já disse isso,
Houve algo inacessível ao medo,
Não conhecendo o que era Ele sonhou e o fez,
Desejando sentir isso mais que tudo,
Ela e Ele, entregaram-se com todo o seu Ser,
Ele era um desses homens que domina até o espanto,
Ela uma dessas moças que afugenta até o desespero,
Tinha tudo para dar certo,
E isso se deu, de fato.
Por mais extrema que fosse a crise,
Enfrentariam juntos, juraram um ao outro,
Com aquele brilho no olhar que reflete na face,
O amor, acontecia de todas as formas neles,
Por fora e por dentro,
Era algo sublime de se ver,
E por isso, precisava ser visto,
Foi assim que coisa a coisa se fez,
Objetos ao dispor mas não a esmo,
O amor, em tudo isso sempre foi mais importante,
Por mais inevitável que fosse,
Houve nisso uma catástrofe,
Mas, permaneceram como foram feitos,
Em amor e por amor em cada instante,
Afogados os olhares sob lágrimas tristes,
Porém, dessa tristeza ninguém soube,
Venha depressa,
Poderia ter dito mas preferiu riscar,
Percorreu algumas páginas a esmo,
Como se nada disso tomasse importância,
Mas, sim, tudo teve lugar e relevância,
Aquele que confia apenas em si é insensato,
Mas quem encontra amparo sempre na mesma pessoa,
Este é mais que inteligente,
Este pode afirmar que ama,
Quem procura em si a sabedoria sabe reconhecer o seguro,
Quem se dá por inteiro não passa necessidade,
Pareciam frases soltas e palavras a esmo,
Mas era tudo que sentiam um nos braços do outro,
Em cada olhar uma sentença,
Em cada ato uma escolha: um ao outro,
Dizem até os dias de hoje,
Que aquele que fecha os olhos para não vê-los,
Sofre, sofre em demasia. Sofre.
Malditos os tolos de coração que sabendo a verdade
Ainda são capazes de negá-la,
Quando o coração ganha poder,
Ele próprio sabe fazer sua escolha,
E a faz,
O tolo, nisso tudo, se esconde,
Mas, dizem eles:
Haverá o dia em que tudo sucumbe,
Ou sucumbirá, corrigem-se...
Nisso tudo o amor floresce,
Enquanto, antes e tanto depois: floresce!
Ao mesmo tempo surgem fatos que reconhecessem-se,
Por sua vez, eles chegam e batem a porta,
Já não importa quem atenda.. Neles: a verdade!
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