quarta-feira, 1 de outubro de 2025

No Modo Silencioso

Chovia bastante
Para dificultar a visão
E com isto a direção,
Então, na oportunidade,
Após cruzar uma ponte
Sobre um rio cheio
De águas escuras feito terra,
Fortes feito o ferro
E cheias de árvores e folhas
Secas,
Andy parou em frente aquela
Barraquinha para comprar
Bergamotas de três rapazes
Que vendiam.
Saiu do carro,
Entrou embaixo daquela lona
Solta sobre um galho de árvore
E amarrada próxima ao chão
Em ramos fortes.
- quanto custa?
Gostaria de cinco bolsas!
Ele falou simpático,
Retirando a carteira do bolso
E preparado para efetuar o pagamento.
Os meninos sorriram
Olhando um para o outro,
E depois para os sacos
Que estavam pendurados
Em pregos presos
Ao mesmo galho da árvore
E outros ramos.
Outro sentiu sobre
Uma caixa de madeira
Cheia de bergamota,
Enquanto descascava uma
E comia.
Jota pegou um bastão
Detrás da lona,
Voltou para próximo a Andy:
-custa 10 reais o pacote.
O outro falou
E fingiu que retirava
Um deles do prego,
Então, o outro chegou
De lado e o atingiu na cabeça.
Os meninos correram
Para a carteira
E retiraram todo o dinheiro.
- uau.
Que cara otário!
Um disse.
- está cheio da grana.
O outro respondeu.
- vamos empurrar o carro
Para dentro do rio
Vai parecer que ele
Perdeu a direção e caiu
Da ponte.
O terceiro disse.
- combinado!
Ele tinha dentro da carteira
60 mil reais,
Contudo, após ser retirado
O dinheiro a carteira foi
Colocada dentro do carro
E o carro foi empurrado
Para dentro do rio cheio,
Com ele ao volante desmaiado
E sangrando.
- este nem Deus salva!
O menino menor disse.
- nem o inferno o terá,
Ficará neste rio para sempre!
Disse o outro.
- logo os peixes ou alguma
Cobra o comeram.
O terceiro respondeu.
Os três ficaram olhando
O carro sendo levado
Pela correnteza enquanto
Submergia aos poucos
Cada vez mais para o fundo.
No entanto,
O carro colidiu contra um tronco
No fundo da água,
O vidro da porta se partiu
E o corpo de Andy flutuou.
Isto ocorreu as 17 da tarde
De quarta-feira,
As 14 horas do dia seguinte
Luana foi até seu porto,
Pois seu pato voltou voando
Assustado de lá.
Com o rio cheio,
Ela sabia que muita coisa
Vinha com a correnteza da água
Porém, seu patinho já era acostumado
A isto...
De longe avistou uma coisa
Vermelha e grande
Parada próxima a margem,
Parecia até um homem,
Não dava para adivinhar,
Devagar e com um facão em mãos
Luana chegou mais perto.
Ao se aproximar encontrou Andy
Desmaiado na terra do porto,
Muito perto da água,
Representou ter vindo
Com a correnteza.
Ele tinha um corte
Na lateral da cabeça,
Ela ajoelhou-se ao seu lado,
Sua casa se localização
A seus quilômetros
Depois da ponte
Próxima ao rio,
Ela desconhecia a pessoa,
Tambem não encontrou documento
Com ele.
Mas, o moveu de lado,
Impulsionou seu peito,
Ele cuspiu água e tossiu.
Estava vivo.
Mas, não falava nada,
Parecia muito ferido.
Com piedade dele
Ela o levou até sua casa,
E o cuidou.
Serviu sopa para ele comer,
Levou até seus lábios,
Lhe deu banho
E emprestou suas roupas
Para ele.
Os primeiros vestígios
De reação de Andy
Foi sentir medo,
Sua primeira iniciativa
Foi fugir de Luana quando
Ela buscava lenha,
No entanto, logo se perdeu
No mato e percebeu
Que não tinha
Para onde ir.
Foi encontrado por ela,
Horas após isto,
Deitado com a cabeça apoiada
Num tronco seco de árvore
Caída sobre o gramado.
Ela novamente
O levou para casa,
Acendeu o fogo,
Preparou feijão com partes
De porco junto
E lhe serviu.
De início,
Ele ficou enojado
Ao ter uma mulher
O dando banho pelado,
A forma como ela o olhava,
Tocava seu corpo,
Lhe esfregava a esponja
Cheia de sabonete.
Ela se aproximavam
Muito dele.
- desta forma você irá
Se apaixonar.
Ela lhe disse.
Lhe servido feijão.
Ele conseguiu chacoalhar
A cabeça em negativa.
Depois disso,
Descobriu ao caminhar
Para o mais distante que pôde
Que estava longe
De qualquer recurso.
Estava preso
Com está mulher,
Não sabia quem ela era.
Não tinha mais seus documentos,
Ou seu carro
Para poder sair dali.
Retornou até aquela casa,
E tentou queimar,
Porém, ela o reteve.
Pisando em sua mão
Que tinha um pau de lenha
Pegando fogo
Quando ele foi colocar
Na cama.
-pare com isso.
O que você quer?
Ela lhe disse.
Tomou o pau de lenha
E levou de volta para o fogão.
Contudo, do início ao fim
De sua melhora,
Amedrontado ele nunca
Falou uma única palavra
Com ela.
Mas, em meados da noite,
Passou a cuida-la dormindo,
E se flagrou a achando linda.
Admirou a maneira como ela
Cortava a grama,
Podava as árvores,
Molhava as flores,
Fazia a comida.
Indo caminhar para fugir
Dela cada vez mais longe,
Encerrou por encontrar a saída,
Porém, quando caminhava
Para distante,
Sentiu saudades,
E se percebeu tolo
Por nunca ter conversado
Com ela,
Ou tê-la reconhecida
Como de boa índole.
Porém, caminhou
Para mais distante
E logo avistou os três garotos,
Por meio de fleches de memória
Lembrou de comprar as frutas.
Sorriu de felicidade
Por finalmente reconhecer algo,
E se aproximou mais rápido,
Então, viu o bastão
Com o qual o garoto o bateu,
O ódio o possuiu por inteiro,
E se aproximando mais
Encontrou um cartão de crédito
Com seu nome no chão,
Também, o de outras pessoas
E imaginou que nenhum
Pertencesse aquelas crianças.
Olhou para trás,
Teve medo de ter sido envenenado
Em casa colherada de comida
E em casa gota de água
Que bebeu.
Pegou o bastão
E entrou em luta corporal
Contra os garotos
Os acertando sem ter medo
Ou piedade por serem crianças
E aparentemente pobres.
Não sentiu medo
Por terem que trabalhar tão cedo,
Por suas mães
Estarem se prostituindo
Para que eles sobrevivessem,
Ao contrário,
Teve ódio por desde crianças
Serem instruídos
A matarem por dinheiro.
Ao arremessar o bastão
Contra suas cabeças,
Encontrou um facão,
Cortou a lona
E retirou a visão
Daqueles que passavam
No asfalto próximo
A ponte.
Nisto,
Bateu neles até que morressem,
Os meninos gritavam.
- não, mamãe, mamãe!
-tio, pare tio,
Pare tio!
-perdao tio.
Eles gritavam.
-ai, ai, ai, ai.
Foram curtos gritos,
Ele continuou em silêncio.
Depois, jogou o bastão
Próximos a ele
E seguiu pelo asfalto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Assassinato no Domínio Público

A família Barbieri foi exposta, Por poucas motivações, Desvio de verba pública: O patriarca aproveitou-se De suas funções de...