Sentara ao sol da área de lazer de um hotel,
Cuja localidade preferira ocultar,
Sob a beleza tangível do céu,
Rascunhara em um papel algo que quisera guardar,
Instante em que um olhar lhe chamara a atenção,
Exitante o fitara em desafio, e percebera a sombra de um
sorriso roçar sua feição,
Formando um traço encantador,
Que refletira nos olhos dele um lampejo sedutor,
Acometido de certa frieza enigmática em seus olhos
sombrios e penetrantes,
Seu jeito impassível a deixara com a alma inebriante,
E no rosto um riso incontido a tocara levemente os lábios
e iluminara seus olhos,
Ao queimar sob seu olhar, um tanto nervosa sentira seu
sangue acelerar,
Pouco antes de seu peito parar, ao percebê-lo se
aproximar,
Trêmula ela arrumara com os dedos o cabelo,
E levara um dedo junto a boca, Indecisa sobre como agir,
Então, simplesmente, o provocara a sorrir,
E com um tom macio na fala mortalmente calma,
Ele a cumprimentara e pedira para lhe fazer companhia,
Sobressaltada, ela respondera, rouca e súbita, em afirmativa,
Sem conseguir pensar devido a sua presença dominadora,
Ou por efeito de seus sentimentos que tornavam insensatos
os seus pensamentos,
E ao contemplar um sorriso brincar em seus lábios,
Repentino,
ele a toca no rosto,
Deixando-a arrepiada à suprimir um grito pelo contato
inesperado,
Seu jeito enervante, a tocara de uma forma radiante,
De maneira inovadora, como nunca antes se permitira
sentir,
E no fascínio do seu olhar, vira a tarde passar,
Tão mélica quanto seu suco de açaí,
Mesmo contra a sua vontade,
contemplara o sol se pôr,
contemplara o sol se pôr,
Enquanto diante de si contemplava a eternidade,
Ao
reconhecer a face de seu amor.