O relógio marcava dez horas
Enquanto a chuva caia lá fora,
Os olhos castanhos dela,
Procuravam o azul do seu olhar,
Lembrando daquele pequeno momento,
Em que ela jurava, para si mesma, não se apaixonar,
Mas cometera o erro de olhar em seus olhos,
E desejar provar sua boca,
Era fácil disfarçar o que sentia
Sempre que desviava o olhar,
Mas quando o fitava,
Sentia que ele podia ver sua alma,
Ela sabia que deveria parar,
Mas como resistir a saudade que sentia?
Em resposta, ela tentou rasurar algumas palavras,
Nunca sonhara que algum dia
Algo tão puro lhe tomasse a alma de tal forma,
Que a deixaria sem fala,
Seria possível apaixonar-se para sempre?
Sentir todos os dias sempre mais pela mesma pessoa?
- Ah, querida leitora,
...assim chegou aos ouvidos desta autora!