sábado, 17 de setembro de 2022

Amor em Submissão

Os amores nascem,

Não de um acidente,

De uma necessidade,

Um amor é um retorno,


Provêm de um ato seu,

Feito algo de merecimento,

Sim, ele não vêm do acaso.

Ele existe porque é preciso,


Mas não fica apenas por isso,

Esses que amam-se,

Terminam por se adorar,

A questão do amor se ocupa de liberdade,


As vezes, detesta ficar;

O bem-estar de quem se ama,

É preciso retirar de algo intenso e forte,

Que faça tudo valer a pena,


A discordância negada por palavras,

Mas que está presente na face,

Questões de estilo materiais,

Que fogem do fictício para a superfície,


Questão de cuidar como se fala,

Selecionar os pensamentos em que acredita,

Quase à dignidade de uma religião,

Um ato atento ao que sente a paixão,


No coração, tal como se forma,

Ele insiste mas não vive disso,

Um pouco de Deus,

Muito de si mesmo,


Os sentimentos e interesses se combinam,

Corações se alegram e se agregam,

O abraço do amor verdadeiro é rocha dura,

Creio que não aja força mais intensa,


Porém, nem sentimento pior que forçá-lo,

Abraço que é abraço vem de dentro,

Segundo a dinâmica que se estuda para ficar junto,

Esses aspectos são importantes para a manutenção,


E a constância da convivência dos anos,

Os amores desgovernados são opressores,

Corações assassinos não veem outros,

Faz do amor algo fugitivo,


Ele corre e se esconde,

E assim permanece até a morte.

Que ninguém o proteja!

Este que não sabe amar e permanece,


Se a ignorância o cega,

É apenas por não querer ver,

Quem procede com integridade fica seguro,

Este sente e é retribuído,


Mas o amor perverso este cairá,

Agir com falsidade não é bom,

Pois até no beijo injeta-se veneno,

As palavras que saem da boca mantém-se,


Resta a coragem de provar o gosto dos lábios que falam,

Não é a todos que é dada a opção do risco,

Nem são todos capazes de suportar,

Das palavras os atos,


Na boca o gosto – remédio sem antídoto,

Do risco ao consumado – nada pérfido!

O injusto é consumido pela ganância,

Sempre quer mais de tudo que prova,


Nisto não percebe a solidão que o aguarda,

Do repreender ao ato de bajular,

Sempre há uma cobrança...

Onde há submissão,

Há sempre um algo abaixo da missão...


Encosto a caneta no caderno,

A deixo em pé – recostada e desatenta-,

Confesso que penso no seu rosto,

Mordo o lábio como se sentisse neles mais que minha boca.

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Alicerce da Saudade

 

Muitos corações partidos recordam a graça,

De acompanhar aquele por quem

Se é apaixonada,

Decorar cada passo,


Cada olhar que se dá,

Roçar a mão sem querer,

Buscar o encontro porque se gosta,

Como as revoluções, por vezes,


Geram revolta,

Amar é um ponto sem meios de apagar,

Existe o direito de revolta sobre ele,

Mas, não paira o direito de esquecer,


É para sempre aquele que busca o bem-querer,

Sincero é o olhar do que entende,

Errado.

Pois a revolta não pertence ao povo,


Pertence ao rei,

E no amor a voz de comando pertence ao coração,

Ali não importa outra coisa senão a paixão,

A razão decai para outro momento,


O de escolher sempre pelo reencontro,

Toda revolução é tida por normal,

Até mesmo o vendaval que mexe por dentro,

Que testa as colunas erguidas numa vida,


Reforça pontos fortes e derruba os fracos,

Apenas por buscar o melhor por quem se ama,

Contém, ela em (sim), legitimidade,

Legítimo é o amor que oficializa,


Fala porque gosta,

Conta porque lembra,

Se alegra porque o vive!

Contudo, fatos revolucionários por vezes desonram,


Confesso não ter me sentido bem

Naquele instante em que você perdeu o caderno

E eu desviei por não saber como juntá-lo,

Mesmo tendo ficado com o cheiro do seu perfume,


Tendo buscado tocá-lo através do pé,

Recordo bem ter marcado seu calçado,

Isso foi quase sem querer,

Logo após perdi meus livros,


Não restou alternativa senão me agachar,

Você não pensou duas vezes para me ajudar,

Com isso, perdeu uma folha sua,

Ela era importante e eu, também,


Mais tarde recuperei me custou um tapa,

Você já não estava ao meu lado,

Porque eu corri na sua frente,

Mas, recordei antes de lembrar cada olhar,


Decorar bem certo a sua face,

Com a folha em mãos esperei ao pé da calçada,

O rapaz que me bateu percebeu,

De um salto encontrou-me,


Extraiu das minhas mãos e a amassou,

Dela nada ou pouco restou,

Palavras não são como atos,

Ela apagam-se e com ela seu conteúdo,


Fiquei triste e estarrecida,

Me escondi atrás do alicerce entre a sala e a calçada,

Assim que você pôs o primeiro pé na escada,

Eu fiquei ao seu alcance,


Não resisti e me joguei de encontro ao seu rosto,

Toquei-o com o final dos meus lábios,

Quase um beijo meu,

Quase um sorriso seu,


Você tocou o alicerce e alcançou meu corpo,

Roçou com os dedos a minha blusa

Logo na altura do final da coluna,

Seria estranho mas recebi uma espécie de ajuda,


Talvez, pois ali ficou a marca dos seus dedos,

Amarrotada a camisa,

E dor pelos dedos que me empurraram ao seu encontro,

Quase um beijo,

Quase um sorriso,


- Te devolvi, falei;

Sorri com lágrimas no olhar,

-É ele, você disse;

Com o olhar molhado por algo,


É, me vi dizer:

- Hoje, a lembrar eu diria que foi outra pessoa,

Mas é ele sim, e permanece até hoje,

E você: é ainda aquela?

Recordo que você disse: era.


Fora a aparência e sem comparações,

Vocês dois juntos, mas não eram parecidos...

Lembro de ter pensado alto comigo,

Porém, mesmo hoje sobre isso,


Ainda não tenho o que dizer,

Mas, o cheiro, que estranho...

O perfume me refiro... entende?

Não digo que foi ciúmes,


Mas, estivesse ao meu alcance,

Jamais a teria permitido a aproximação,

O cheiro, a roupa, o físico do porte

Nem o raspão agora pareceu ao acaso.


Hoje convivo com a saudade,

Me recosto à parede,

Suspiro ante a lembrança:

É, ela existe porque é preciso que exista.


Sussurro alto para mim mesma,

Logo após, abaixo a cabeça;

-Sozinha e você?

Uma voz que não está parece que responde...

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Para Recomeço de Assunto


Bem, para retornar ao caso,

É preciso dizer que falar sobre isso,

Ajuda a doer,

E não sei se produz outro efeito,


Mas acredito no que digo:

Talvez, ao final faça a diferença.

Se estou descrente?

Em quê, em nós ou no que houve?


Devemos desviar um pouco,

Veja a névoa como esta bela,

No entanto, é vaga e imprecisa,

Poderia se igualar a poeira,


Mas não, embora ofusca,

Da mesma forma,

Contudo é molhada e serena...

Sim, entendo bem o que pensa,


Porém, não quero que o diga,

Sinto sua voz tangível e palpável até mesmo,

Ambas, sobre a névoa e a poeira,

Ambas reais...


Nós, não, creio que nunca fomos,

Não o sinto comigo,

E da mesma forma não o quero.

Acredito que esta névoa torne palpável o que falo,


Veja os contornos que desenha na poeira,

Daqui onde estou quase adivinho...

Vincula-se a ambas da prática a lógica,

Não há nisso maravilha ou surpresa:


O óbvio!

Logo mais adiante,

Ali poderia estar nós dois...

Mas, nada justifica.


Por si só, em visão noturna,

Não passaria de um envelope vazio,

Cada passo até alcançar-nos,

Não há aqui um conteúdo fixo,


A forma do que estaria escrito,

Dependeria do conteúdo,

Você acha que vivemos o bastante?

Que a separação por si mesma se justifica?


Ora, falemos disso com consciência,

O eu te amo que me disseste no começo,

Não o faça de início ou final da palavra,

O sentimento levado em boa-fé,


O que teria de apresentar para ambos?

O meu espanto dependeria de cada palavra...

Sim, analiso de uma a uma,

Não o perdoaria agora mais que antes,


Nisso, em quê eu estaria errada?

Um choque de palavras juntas

Se nivelam a poeira sem névoa,

Não pode ser imputada ao passado,


O que vivemos já está definido.

O rio defende a água,

A brisa defende o ar,

A poeira para se juntar defende os dois juntos,


Você nos prefere em separados?

Sua palavra, neste instante se apresenta absoluta!

O que é dor pode mudar a postura,

Tudo depende de interpretar;


Em todo caso há de censurar as mágoas,

Um de nós dois se engana.

A névoa e a poeira nem sempre se encontram,

Há neste ato ao menos duas junções,


O indivisível, aonde fica?

No quesito fala você é salteador,

Imputemos, para tanto, somente sua dificuldade,

De ouvir, falar, se atentar,


Colisão de desígnios temerosa,

Há uma tempestade e se aproxima,

Há nela irresponsabilidade,

Tudo se mescla, eu me distraio.


terça-feira, 13 de setembro de 2022

Também, Não Importa

Antônio Carlos, como todos os amores antigos,

Que já não importam tanto,

Saíram de cena a algum tempo,

E hoje é posto a julgamento,


Se haverá condena? Não tanto.

Ora, dizemos que foi bom o bastante,

Mas que não merece ser lembrado,

Ele passou daquela etapa de chamado pelo nome,


Apenas fala-se e pensa um pouco,

O que digo sobre ele,

Não pode de jeito algum ser imputado a outro,

A quantidade de saudade depende


De como as lágrimas correm pelo rosto,

E a forma como os lábios tremem,

Assim como o pássaro defende os céus

Da mesma forma que buscam o peixe na água,


Eu também o defendo,

As vezes, não o bastante nem tampouco...

Um choque de princípios efeito “cale a boca”

O relativo ressoa como a brisa sobre a água,


Não atrapalha nem ajuda o peixe que busca,

O vendaval se junta ao ar,

Nem aí as coisas se confundem,

O querer fala mais alto,


O cheiro invade as narinas e toma a boca,

O ato final está-se por pronto.

Resiste o absoluto.

Bem restou as chaves que escolhemos juntos,


A cor das persianas,

E algumas das poltronas...

No mais, tudo foi para fora,

De uma forma ou outra.


O coração sangra este conflito...

Eu apenas escondo os soluços,

É como se dissesse sofra mas em tom baixo,

O que é sofrimento hoje mais tarde é um beijo,


A salvação dos aflitos,

O sonho dos justos,

Não há o que censurar os que partem, foram-se.

Com certeza um coração partido se engana,


Enquanto dois não mentem,

O direito não está entre nós,

Como o colosso de Rodes,

Ele escolhe um ou outro...


Mas, há quem engane-se e este

Engana-se plenamente...

Um cego é tão culpado quanto o que foge,

Imputo, portanto, a saudade que fere,


A colisão da porta quando houve a saída,

Defino-a temerosa.

Qualquer que seja a tempestade prevista,

Aquele pássaro há de, antes,


Juntar o outro que debate-se...

Ali sobre estas águas calmas,

Sinto medo que afogue-se.

A irresponsabilidade me impede,


Fico onde estou e o deixo...

Da mesma forma que o outro fez,

Ajo do mesmo modo.

Os olhos de quem zomba do amor fere,


Zomba e nega obediência ao que sente,

Seu efeito devastador e apaixonante,

É tenazmente arrancado pelos pássaros do vale.

domingo, 11 de setembro de 2022

Setembro de 1998


1998, era setembro,

Tudo que houve até aquele dia,

Quebrou-se ao meio,

Inclusive a porta ao ser fechada,


Assim, que ele saiu para a rua,

Desistindo de nossas vidas,

Disse ele: da nossa casa!

Depois disso, mais nada.


Metade do progresso,

Nervos de gesso,

Me detive aonde estava,

Quase-direito,


Em nada perfeito!

Ora, a lógica ignora o quase,

Mas, a certeza é algo de difícil alcance,

Porém, quem é que se atreve a dizer?


Melhor é a segurança...

Ao final de um romance,

O quase se permeia ao alcance,

Exatamente como o sol ofusca a vela,


Da mesma forma como se aproxima da lua,

Tudo aquilo foi feito num termo absoluto,

Creio que ele deva ter dito o que queria,

Feito mais do que achei que faria...


De que vale a casa agora?

Bem, é minha!

Quanto as nossas vidas,

Só tenho a dizer que continua.


E aqui há sim a certeza.

O amor que foi absoluto gritou,

O homem que foi seu alcance não o ouviu,

Longe da frase que não tinha voz,


Embora, embebida em vontade de ser pronunciada...

Protesto!

Lembro de ele ter pensado

Assim que a porta foi se abrindo...


As lágrimas vieram em mil e uma,

A visão não via mais nada,

Apenas ele indo...

E vendo-me ficar.


E agora, coisa terrível, chove lá fora,

E a luz se apaga,

Neste instante o sol não ajuda...

Fora de hora.


As tremulações tem braços terríveis,

E quando se apegam não soltam,

Mas, fiquei presa em mim mesma...

Simplesmente não tive o que dizer,


A dor bate com firmeza e se aparenta,

Mas, o amor que embora amor, não se sustenta.

Aqui, incompleta, degenerada e malfadada...

Reduzida ao status de “amei um dia”,


Como em 1999, antes de setembro – um dia,

No coração a lucidez,

Pensando bem, um eclipse faria bem...

Fecho os olhos, não procuro luz alguma.


Nada há de acrescer-se as palavras dele,

Do contrário, não sei se poderia dar ouvidos,

Duas coisas eu pediria a título de último pedido,

Apenas que como fez do início,


Não aprenda com nossa distância a mentir...

Eu não seria forte, então, para o ouvir.


 

sábado, 10 de setembro de 2022

Moça Saudosa

 

Mas o primeiro beijo que houve,

Não bastou,

Os motivos, eu posso enumerar,

Mas, quer a verdade?


Paixão, amor, sei lá,

Chame-o como quiser,

Deixo a seu critério a definição,

Mas, após o primeiro,


Eu quis outro e mais outro,

Só que, um tanto, com mais paixão,

Olhei nos olhos dele e sonhei,

Foi o que houve.


Data alguns anos que não o vejo, porém.

Deve, necessariamente, tratar-se da quantidade,

Foi pouco, entendo bem,

Não se pode improvisar uma vida em segundos,


Entendi este fato com ele,

Se colocarmos do ponto de vista: o amei!

Sim, aquele que vivemos foi o bastante,

Mas, falar-se de uma vida inteira...


Deixo-os guardados, comigo,

Quanto a ele me amar,

Creio que com o que digo fica bem entendido,

Foi sem reservas,


Sim, dentro de mim, foi muito mais que revolução,

Devastou pontos de vista criados,

Foi por terra tudo que não era afeição,

Quais as qualidades de viver em perigo?


Ganhei com isso, um bom sonho vivido,

Se me arrependo? Nem tanto,

Se o procuro ainda?

Bem, não ando às cegas, admito.


Ele tinha os olhos de um revolucionário,

Os meus estavam mais para um visionário,

Ele acreditava e eu mais ainda.

Participamos juntos de uma revolução interna,


Só que a minha mexeu com as estruturas,

As deles, foram mais à deriva;

Se o amor se originou dentro de mim, apenas?

Pode ser, até me convém que seja...


Que eu tenha colocado as mãos nele...

Sim, ambiciono que minha marca tenha ficado,

Viver de momentos sem deixar vestígios,

É superficial demais para mim,


Que eu tenha me comprometido com algo,

Também dentro dele,

E que isto tenha ficado ilustrado nele,

Dentro de nós dois, também.


Que sorte tenho em saber manejar

Da espada, ao machado, facão, foice...

Saber manejar o coração é o que dá valia.

Quais as qualidades de amar?


Ser aceita, respeitada, desejada: não ser esquecida!

Ele deve ser racional com o que houve,

Creio eu que até hoje.

Negar-me ou rejeitar-me não convém aos fatos.


Isto é ser revolucionária até à distância,

Causar comoção, mexer com sentimentos antigos,

E após o adeus ainda ser amada,

A vida deve compor-se de passado e histórias...


Que vale daquele que não tem o que contar?

Mas, quanto ao beijo?

Ah, o beijo verdadeiro deve ser aceito...

E desejado, profunda e apaixonadamente.


Deve ser composto de futuro e um tanto de...

De... bom, simpatia, posso dizer.

Diz o escritor consagrado:

Casais assemelham-se às figueiras da índia,


Em que cada ramo que curva-se,

Recusa-se a morte e torna-se nova planta,

Porque amor não morre,

Cada ramo é nova dinastia,


Nova chance ao amor que houve,

De que há de viver o homem senão em amor?

Miserável é aquele que não entende.



quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Depois do Seu Beijo


Ao dar créditos aos abraços,

Situações como beijos já são esperadas,

O afago pode ser considerado como desejado,

Ah, quem me dera ter evitado o seu olhar!


Situações como esta saudade poderiam ter sido evitadas,

E com ela, acrescenta-se a espera e o desejo de vê-lo,

Não sei dizer o que é pior nisso tudo,

A dor pela distância,


Ou a esperança que sempre acrescenta,

Acrescenta aquela frase solta,

Aquele carinho quase despercebido,

Acrescenta o sonho que nem se teve na hora,


E torna mais fácil e desejável a espera,

É o que eu acho,

Pois pensar em tudo que houve entre nós,

Faz o tempo passar um pouco melhor,


É preciso por uma atadura,

As chagas que você fez ao ir embora ferem,

Cura seria o seu beijo,

Mas, atar-me, ater-me ao que houve,


Enfim, isso ainda é um remédio.

O beijo proclamado com heresia e grandeza,

O amor que se fez sem ser percebido,

Cada carinho não esquecido, abala,


Poderia ferir se consideram-se as lágrimas,

Mas, fazem mais que isso,

Acrescentam,

Ou eles ou a saudade,


Mas, vejo sempre tudo de forma diferente,

Cada passo, cada beijo que houve,

Tudo conduz ao gosto da primeira vez,

Assim, uma vez fortalecido o beijo,


O desejo se fez de imediato,

E o amor veio por anseio,

Era necessário fortalecer o elo,

Devo chamar amor esta necessidade de você,


Esta vontade quase doentia de tocar sua face,

Sentir seu calor,

Querer tê-lo sempre perto,

Assegurado o beijo,


Fez-se necessário pensar no próximo ato,

No destino,

No desenlace de cada passo,

Neste aspecto,


Os sábios não se separam dos espertos,

Nem os tolos perdem tanto,

Mas, paira aqui, quase que de imediato,

A desconfiança,


E com ela, o desejo por distância,

O beijo houve, pois bem,

Mas, antes de mais nada,

Houve as juras, as promessas,


Essa é a verdade,

O que é o beijo se não houver o depois?

E, depois, o que vem?


Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...