Com a alma a sangrar,
E o sorriso manchado de lágrimas,
O coração clama por calma,
A me ver te procurar no rosto de cada pessoa,
Como se ainda estivesse ao meu lado,
Ouço sua voz nítida a atacar meus ouvidos,
Com palavras afiadas,
Que feito um punhal sangrava a alma,
E ao buscar explicação em seu olhar,
Senti meu coração gelar,
Ao te avistar de mala feita,
Decidida a sair pela porta,
E ir embora da minha vida,
Como se fosse algo simples de se decidir,
Simplesmente arrumar suas coisas e partir,
Como se fosse fácil arrancar de mim,
Todo o amor que me fez sentir,
Como se todo o sentimento que vivemos
Pudesse ser guardado em um retrato,
E ao rasgá-lo pudéssemos quebrar o vínculo,
Destruindo-o em mil pedaços,
Para que seus fragmentos fossem levados pelo vento,
Para qualquer lugar onde não pudessem ser encontrados,
Onde seria consumido pelo tempo,
E, assim, fosse apagado o seu espaço em meu peito,
Sem encontrar abertura para conciliação,
Procurei resguardar o coração
E lhe deixei se retirar,
Apenas para que se um dia lembrasse, e decidisse voltar,
Encontrasse o meu abraço a lhe esperar.
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