Eis que o amor se instalou com toda força,
Naquele abraço terno a luz do luar,
Foi como se ele pudesse ver através dela,
Como se o néctar de seus lábios pudessem adoçar a alma,
E saciá-la, lhe despertando para a vida,
Nunca antes provou de algo tão intenso,
Que com um simples beijo lhe roubasse o fôlego,
Com certeza este êxtase proveio do coração,
Que em seu pulsar sublime guiou o toque das mãos,
Não sentiu medo quando, olhando no fundo dos seus olhos,
Fez o juramento silencioso de amor eterno,
Com um sorriso encantador que iluminou o rosto,
Apenas selou sua promessa com um novo beijo,
A felicidade se refletiu por cada um de seus poros,
Vendo a tão temível solidão ser sepultada,
Pelo amor, que por muitos, era apenas sonhado,
Mas que a eles era tão real, quanto o calor que os
envolvia,
E que derretia sua insegurança ao pó de ruínas,
Tomando o cuidado de trancar suas portas,
E jogar as chaves fora,
Apagando aquele terrível caminho de seu coração,
Pois toda a dor que assombrou sua emoção,
Agora era condenada a lacuna do esquecimento,
Pois nada mais merecia que o vazio indistinto,
De ser sepultada em um passado mórbido,
Perdida por entre os escombros do obscuro,
Sentindo sua amada mão passear por suas curvas,
Com um afago no lado esquerdo do seu rosto,
Ela afastou-se um pouco e parou em seu olhar,
E sorrindo lhe fez um pedido do fundo do peito,
Pediu apenas que sempre estivesse ao seu lado,
Que aceitasse construir um futuro de sonhos,
Sob a sinfonia de seu coração,
Ele respondeu com toda paixão,
Com um doce afago sobre sua mão,
Sim, vamos recomeçar a reconstrução,
Pois agora os sonhos em que ela alicerçou seu destino,
Seriam apoiados e um a um realizados,
Então, desejando dissipar qualquer medo
Que pudesse pairar entre eles,
Ele roçou o céu com os dedos,
Roubando uma infinidade de estrelas da noite,
Deixando um espaço escuro por onde passou,
Unindo-as em sua mão esquerda,
Como se fossem um planeta,
Depois estilhaçou-as em um milhão de fagulhas,
Colorindo o céu com uma nova infinidade de estrelas,
Demonstrando a força do amor que os unia,
Feito uma promessa de que agora,
A solidão nunca mais lhes faria companhia,
Pois o amor que os envolvia,
Os unia não apenas como uma só alma,
Mas também por toda a existência.
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