E, então, você procura o
amor em seus planos,
E quer tirá-lo de lá e
trazê-lo para a vida,
Pensa em destino,
Na sorte de ter alguém
para amar,
Mas, então você sofre os percalços,
E não tem ninguém para
proteger você lá.
Até então você quis ser
protegida,
Após isso o que resta?
A que protege a si mesma!
Dias após você chega em
sua casa,
Faz uma pipoca,
Procura um filme que não
seja romance,
Mas acaba no brega – o clichê,
Lá a linda moça se
apaixona enternecida,
Mas o rapaz é feio,
Ele a ama e faz tudo por
ela,
Eu apenas penso que não
iria querer aquele feio,
Então, percebo que nem
sou bonita como ela.
Sim, não sou a bonita que
o feio tem e gosta,
Sou aquela despercebida ou
nem tanto.
Não sou a que já não
sente mais nada,
Porém, nem a que ama
tanto,
Já nestas alturas não
confio no destino,
Prefiro criar minha
própria trajetória,
É então, que não vejo
tantas alternativas,
Começo a criar estereótipos,
Ou já os possuía,
Acredito mais em
pré-requisitos,
Dispenso falas que não
levam a nada,
Por fim, encerro por não
buscar, também, tanto conteúdo,
Sou intensa, forte e
determinada,
Mas procuro alguém que
seja ao menos ameno,
Enquanto rola o dia as
ideias fogem,
O filme interessante não
é tão bom,
Mas o verão passa e faz
frio lá fora,
Não me interessa tanto os
momentos,
Aqueles em que esforça-se
e no final – nada.
Olha-se para um rosto
desconhecido
E quer com toda alma reconhece-lo,
Já sei que não se conhece
alguém tão rápido,
Não penso que o tempo é
curto,
Apenas não sei se me
disponibilizo.
Leva-se o tempo e ele vem
comigo,
Não há nisso defeito
algum,
Não dispenso o que o
coração pensa,
Mas meus lábios já não
gotejam doçura,
Mas para quê jogar fora
carícias?
Resta, talvez, muito de
arrogância,
Procuro estabelecer um
diálogo,
Mas é monótono,
-Você é uma nascente
fechada,
Suas ideias estão
seladas.
Eu ouço ele reclamar,
E ainda assim não vejo
problemas,
- Querido, por favor, não
me defino por próxima,
Eu não estou próxima,
Eu não sou à próxima – a coitada,
Eu não serei a próxima –
o alvo.
Não estou tão próxima e
pronta para tudo,
Não sou aquela que preenche
os seus propósitos,
Não pense que estou
sujeita aos seus caprichos,
Eu não estou aberta a
suprir suas carências.
Veja seu braço está
avermelhado,
Você esteve próximo
demais nisso,
Me desculpe a ousadia,
Mas você não deveria,
Isto, em você, poderia
ser uma doença sem cura,
Mas, para o bem do que
sinto por nós,
Eu não estava, nesta
hora, tão próxima,
E veja o quanto foi bom,
Por isto mesmo, hoje você
não é o próximo,
Então, apenas me desculpe
a distância,
Porém, permaneço onde
sempre estive,
Perto o bastante e longe o suficiente.
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