Quando o coração treme no
peito,
Não é tanto o amor que se
curva,
Mas, a tal espécie de
medo,
Porque medo existe de
diversas formas,
E há sempre alguma que
quer silenciar-se,
Se afugentar do estrago
que fez,
Ser afastado por novo
sentimento,
Um rosto, uma mão
estendida, um abraço,
Desperta-se de algum
encanto,
E busca-se ao encontrar o
outro,
Param-se alguns medos não
por serem poucos,
Mas porque há sempre algo
mais forte,
Contudo, o coração
mostra-se fraco,
Tremulam-se os passos,
Porém, os que veem
através de janelas
Enxergam com embaraço,
Os que oscilam de olhos
fechados,
Estes estão pior não veem
nada,
No entanto, acreditam e
isto basta,
Quando as portas das ruas
são fechadas,
Você já sabe em qual
altura se encontra,
Nisto, está intrudida a
mágoa,
O medo que foi
abandonado,
Não tem nisto nova força,
Então, o olhar se vai
para o que é mais profundo,
Sim, lembre-se dele,
Antes que se rompa o
olhar em prata,
Do choro que o coração
por dentro pranteia,
O medo se despedaça rente
a fonte,
Seu poderia atrativo se
afoga junto ao posso,
Como o pó que volta a
terra de onde veio,
Tudo tem um sentido,
Um sentido.
Que possa seguir-se e
pronto,
Não importa o mesmo
entusiasmo,
O medo que toca já não é
o mesmo,
Nem seu lado é o mais
fraco,
Agora nada faz sentido
E tudo faz sentido.
A conclusão de tudo isso?
Procuro nisto tudo as
palavras certas,
As vezes, mantenho os
olhos fechados,
Mesmo enquanto caminho,
Não importa se o sol fere
o rosto,
Se alguém se atreve a cuspir
em minha direção,
Sigo com a certeza de que
sinto,
De que sei de forma
segura a direção,
Nem todos os passos em
falso levam ao erro,
Há aqueles que sabem para
onde vão,
O que escrevo é reto e
verdadeiro,
O caminho que deixo para
trás também é,
Não sinto medo de andar
para frente,
Muito menos de cada passo
que deixo,
Se algum dia e quando o
for,
Olhar-se para trás irão
me ver,
Nisto, sinto ainda menos
o medo,
A coleção de passos
caminhados estão fincados,
Intrincados ao chão por
onde piso,
Não busco desculpas para
tudo que foi feito,
Eu sei quais são as
respostas,
Conheço bem o que busco.
Meus olhos fechados não
são tanto como os abertos,
Mas eu tenho um fraco:
-Amar e... cuidado filho,
Nada acrescente a ele...
Ao medo que foi deixado,
Não retorne nele...
Mas, se ele me cobrisse
de beijos...
Ah, se ele me beijasse!
Contenho no peito o
suspiro,
Não consigo esconder o
rubor da face.
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