quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Te Amo

O olhar apaixonado chamava,
Apunhalava até sangrar,
Faz rodar o sangue em jatos quentes,
Me vejo balbuciar seu nome
Em lábios sedentos, queridos e tormentosos,
Reconhece-lo,
O olhar tira a prova do rosto,

Demonstra todo o sentimento,
O amor correspondido,
Conserva-lo,
Breve, sóbrio e frio,
Qualquer coisa que o deixe tenro e vagaroso,
Mante-lo.

Ah Deus sentisse pena da que sou
E o petrificasse ou outro algo duradouro,
Mante-lo,
Sem que nada o ferisse ou modificasse,
É mais que o breve te-lo,
Todo possuir se torna sórdido,
Não faz sentido ou satisfaz,
Quem suspeita disso é suspeito.

Um dos mais perfeitos homens tem um nome
E a poucas é permitido chama-lo,
Esse homem existe,
Por Deus como o amor é desmedido,
Como me faz suspirar,
Rir em sílabas até não me conter nas palavras,
Sentir a ausência de ar,
Rir e chama-lo,
O amor é mesmo desmedido,
Ah, não meu amor não se mede,
Eu não diria pouco no quanto falo,
Mas hei espere,
Há nos meus lábios o início de um sorriso,
Um Rah se formando e você sabe
Sabe muito bem o motivo.
É desmedido.

Numa boca passada algumas garotas acharam-no,
Na lembrança mármorea da qual me refiro,
Reflexo, sim, há quem vive disso,
Perdidas em seus infinitos,
Mas amor como o meu Ah, não se mede,
Tem mais muito mais a dizer,
Mas veja não me contenho em sorrisos,
Há tanto que espero e busca,
Ah, Deus, é este, sim, este e nenhum outro,

Ao fim de bocas passadas promessas vazias,
Mas nestes lábios carnudos,
Me cabem tantos sonhos, carinho e compromisso,
Lábios calorosos e cheios,
Me vejo completa nos seus lábios perdida,
Entendo-as.
Entendo a todas, mas você sabe,
Não aceito,
Nem você,
Te amo.
Amor que não se mede,
Amor que lhe devoto em tanto e tanto e tanto,
Amor de mil vidas e nesta vidas amores,
Amor que em cada vida me fizeste para ser sua.

Veja em sua boca naufraga uma mulher,
De suas palavras sucumbem muitas,
Entenda seus encantos castigam,
Tanto em você de perfeição beira a ausência,
Adentra-se até o fundo,
Não há volta,
De tanto em tanto,
Aos poucos se farta e falta,
Falta-se,
Ausência de você.
Sem possibilidade de retorno,
O muito encerrou-se ao nada,
Do vislumbre ao incorporeo.
Não o tive,
Não posso te-lo.
Apenas um pouco de retorno,
Não muito,
O bastante para te ver e me preencher,
Querido, não poderia me fartar de você,
Vislumbrei o adiante e mergulhei,
Me afogo no que não houve,
Por que desejar isso de você?
Soluçaria,
Mas as profundezas não permitem,
Fui ao fundo e não posso voltar…
Assim são elas meu amor,
Eu desejo não rir até me fartar,
Mas por vezes não me contenho.
Eu o tenho.
Eu o tenho.

O tenho para ar e alimento,
O tenho para a vida,
Ser sua,
Te-lo.
Vem daí chamar-se meu amor
E é assim que a você me refiro,
Estás singulares solidões da água
Eu as desconheço,
Mas posso imagina-las muito bem,
Querido, me poupe o risco de perde-lo,
É tumultuoso o fundo,
De águas limpas as vezes as vejo,
A afogar-se de suas imagens,
A morrer por um querer nunca oferecido,
Em derredor, a perder de vista,
Tudo que sinto.
O amo.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Te Amo

A tardinha cai livre e triste,

Desejo um alguém em quem me prender,

Sua ligação me desperta,

Saio fora de mim e é você,

Na tela,

Na busca.

O encontro.

Gosto.


O gosto da distância é doce,

Enérgico e viçoso,

Gostaria de ter mais tempo,

Ouvir mais que sua voz,

Provar mais do desejo,

Logo há de haver nevoeiro,

Fico de joelhos para que não parta,

Mesmo que as vistas fiquem turvas,

E a memória se confunda,

Peço e rogo que fique,

De joelhos a implorar ou como queira.


A seu critério,

Por seu esmero.

Preciso de você,

Mesmo sem conhecer,

É diferente e novo,

Recebo o nevoeiro feito furacão,

Em caos toda a emoção.


Grande e tolo nevoeiro,

Ele sabe que sua presença assusta,

E a ligação dura mais tempo,

Eu tenho próximo quem amo 

Uma das mais estranhas formas lá fora

É uma árvore,

Aqui dentro é uma aranha,

Que teve e tece e espera.


Está não desiste,

Por tantas vezes jogada na rua,

Resistiu a tudo e permanece,

Volta, ela sempre volta.

Isto incomoda e espanta.

Na noite anterior algumas formas

Perdidas por entre as folhas da árvore

Acharam a aranha.


Ouvi o barulhinho,

O romper de galhos,

Provei do susto.

Ao pé do galho inúmeras flores,

Eu poderia te-las colhido e o presenteado,

Mas ele está distante,

Vejo-o apenas através de uma câmera,

É uma janela que se abre,

E o esconde.


Náufrago por entre formas e medos,

Escondo-me até que me encontre,

Não pense que eu não o busque,

Mas a distância que nós separa também me impede,

Eu chamo o seu nome

Por todas as vezes.


Até que tudo desfaleça e o sono me conduza,

É um fechar de olhos e perder-se,

Venho daí confundir meu nome com o que chamo,

São singulares as solidões da água,

É um tumulto em meio ao silêncio,

O que aí acontece não deixa testemunho,

Mas distante,

Ele sabe meu nome.


Eu posso ouvi-lo sem confundir o que diz,

É está uma utilidade desconhecida,

Uso-a pouco tenho medo do porvir,

Tal é o isolamento de onde estou,

Aturdida,

Em derredor,

A perder de vista,

A noite densa fria e molhada,

Pequenas parcelas de lágrimas,

Suor e desejo.

O imenso tormento de um coração a vagar,

Que antes de partir a procura

Ouve um chamado.

Reconhece-o.

Te amo!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Pênis Fraco!

Alegrou-se pouco,
Espantou-se muito.
Não tinha como ser pior,
Marca encontro e prefere outra.

Sim.
Ele foi o desgraçado que preferiu minha irmã,
Ela a cadela que o quis.
Nojo.

De que céus me agarro a uma garrafa?
Lágrimas, dor e humilhação,
É claro, a perfeita era puta,
Ele se volta e me pede perdão.
Eu digo, querido, dê-me seu dinheiro,
Você não merece sentimentos.

Ele diz pago.
Eu ainda me enojo.
Beijar,
Tocar,
Fingir amor.
Acredita que ele pensa que merece?
Eu lhe digo - nojo.
Cuspo em seu rosto.

Ele aceita e entende.
Manda o cara que eu peço,
O cara entende tudo errado,
Eu o digo,
Querido, você pagou insuficiente.
Veja ele quer o seu dinheiro.
Você nem a este é o bastante.

Eu sei e entendo,
Era para parecer que eu sou pouco,
Mas não.
Me dou valor e me reconheço,
Como é baixo este que me esnoba tanto.
Um bosta!
Atento a toda puta.
Outro desgraçado de vagabunda.

Que presente maravilhoso,
Um sopro de vida a boca sedenta,
Que dê a todas amor
E se sustente com seus restos
Eu não preciso de nenhum deles por perto,
Posso viver sozinha como sempre.

A razão disso,
O que creio e sinto me sustenta
Não o que outros fazem com isso,
Que lindo pedir a ela beijos,
Que pena buscar isso em minha boca.
Será que ele sente vergonha?

Nojo de vagabundo fraco,
Pênis mole, fino, pequeno e pouco,
Viro o rosto e procuro um homem,
Você não acha que escrevo pouco,
Mas homens o bastante não existem muitos.

Durou poucos meses,
A anos ele me tenta,
Eu penso se pênis pequeno e muito dinheiro me basta,
Você sabe que fome é triste,
Eu penso se consigo aceitar,
Um negrinho desgraçado,
Não merece mais que uma vaca…
Não sou o suficiente,
Não sou o bastante,
Perdoar,
Esquecer,
Imagine ele aqui com ela,
Bebendo no mesmo copo,
Sorvendo o mesmo líquido,
Transcorreram os anos,
Você pensa que ele está comigo?

Querido, sexo se faz com pênis,
Dinheiro eu creio que não mete,
Mas quanto a passar fome,
Bem, querido, dê-me a grana e alguns amigos,
Meu sentimento por inteiro você
Não foi capaz,
Quanto a filhos?
Negrinho sua raça não merece linhagem.
Morra!
Que o diabo aceite o lixo que você é,
Corra!
Se apegue as suas desculpas,
Quanto ao último dos seus bostas?
Enfie na tua buceta,
Não meu bem,
Pênis precisa ter tamanho para ser considerado,
Você é o tipo que se come dormindo
E nem sabe se houve,
Tipo, um nada!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Janelas Abertas

Olhos adiante
A perder-se em tanto verde,
Pés cruzados sobre areia marrom e azul,
A brisa do rio ganhava a mente,
Os peixes enchiam o olhar.

Nestas águas percorrem tanta solidão,
Vejo-a e sempre um pingo me molha a face,
Desejada ou não,
Existem ali tantos sonhos, beijos e imaginação.
Há porvir nestas águas.
Destinos desejados a toda prova.

Já não me atrevo a chegar perto da encosta,
Molhar minhas pernas,
Banhar-me nelas,
Mas vejo lá tudo que quis um dia.
O aspecto é de ruína e outra coisa.
Inunda-me sempre as outras coisas,
Contudo não deixo de sentir dor languida.

É perfeitamente cheirosa,
Cheia de vida e graça,
A encosta é grosso e a areia é sólida.
Há flores, pássaros e borboletas.
Me sinto de costas para suas profundezas.
Em mergulho obscuro onde não percorro muito.

Cada peixe a perfurar aquele telhado verde,
Pula e brinca no ar,
É como se não houvesse obstáculos,
Examinando sua superfície vê -se o cardume,
Logo a brisa ganha vida,
Percorre sua curva e parece beijar-me o rosto.

A primeira vista, isto espanta,
A forma como o vento brinca e faz pequenas ondas,
É um medo de afogar-se no raso,
Um tilintar de folhas amarelas e verdes,
É como se ele fizesse pequenas janelas neste rio,
Perfurando suas sólidas paredes.
Só quem mergulhou em suas águas conhece
A solidez de que falo.

Mergulho falho e a dor dilacera,
Marca, fere e faz sangrar,
Porém, perto e seguindo seu curso,
Tudo é tão fácil que sublima.
Estás janelas abrem-se e logo se fecham.
Os peixes gostam disso.
Os pelicanos mais ainda.
Eu contemplo.

Abertas elas mostram-se negras dia ou noite,
Lá embaixo nada se vê do lado de fora.
Há ali terno convite.
Onde roupas são descartadas.
Vê-se nada além de trevas interior,
Um verde que perde-se e mais chama que ganha.
Não vou.

Dir-se-ia que sua vista não é para o olhar,
Há na água algo que turva e arde,
Vistas pesadas e encharcadas,
Quem arrisca-se?
Há nelas o desejo de ímpeto e coragem.
Um mergulho num invisível profundo,
Há tanto abaixo da superfície quanto há sobre.
Lá no alto um azul profundo
Nele pássaros e borboletas se perdem.
Perdem-se também os homens.

Lá no alto azul, amarelo e outras coisas.
Madeiras, pedras, e derivas.
A terra sob minhas costas me contém.
Abrem-se brechas interior.
Tão menos assustadoras que estás janelas.
Um rio que abre-se pouco a pouco.
Um céu de azul sem limites.
Percorro a todos
E a nenhum.

Nenhum rosto arrisca-se de cima para baixo,
Não do alto lá no alto.
Mas o rio, este é de um imenso sem limites,
Ele põe seus olhos para fora,
Submerge e retorna.
As chuvas que caem dão lhes formas,
Brincam até tornarem-se sua parte.
Penso que demoram a retornar
E quando sobem não vão tão longe.

Há algo nestas águas verdes de importância.
Há nelas tantos mistérios,
Que ao horizonte já não deixa nenhuma.
As águas do rio andam sorrateiras,
Mas quem põe o ouvido de lado
Ouve atentamente os ventos que falam.
Suas margens são guardam nada de silêncio,
Já nos céus o azul e poucas coisas.
Os ventos de lá não sorriem tanto
Ou tem pouco a contar.

De noite o luar lúgubre penetra as janelas abertas,
Em verdade que a água torna-se vidraça,
A lua e suas desventuras solitárias
Penetra até o mais profundo.
Há nela algo de meigo
De que não se resiste.
Registra por toda superfície.
Estrelas, alguns cardumes e mais nada.
Convite reforçado ao mergulho.
Há tanto a se ver,
Que pouco resta acima ou tanto.
A lua.
A chave, a fechadura, a porta, a mão que abre.
Lua.

Todo o rio amorna ou finge,
Tudo é magnífico.
Eu fico.
Olho.
Me firmo em águas turvas e límpidas.
Consequência sinistra.
A razão comunica-se com a superstição,
Ambas concordam que a lua que entra
Não retorna sozinha.
Há sempre algo no amanhecer que impulsiona.
Há sempre um algo de novo,
Não comunicado, perceptível ou compreendido …
Uma janela aberta permite mais que um abrir…
Me contemplo nela.
Porém, fico por aqui.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Rego a Salada

-desgraçada, aja por ti própria e o fim será seu!
Me canso de suas manias
Encerro a conversa com um virar de costas,
Um sair quase silencioso,
De quem tem muito a dizer,
Mas quanto mais tem menos é ouvida.

-Ache, se ache!
Grito de costas em alta voz,
Não sei o que tanto procura,
Mas até imagino o que irá encontrar.
Medo, dor, segredos.
Abraço meu próprio corpo que queima.

Há no escorrer do meu sangue
Mais que um caminho a percorrer,
Há resistência, dor e muitos medos.
Teimo em não olhar para trás e sigo.
Não sei, também, aonde irá resultar isso.
Há sempre um beco perdido e sem saída
A espera de perdidos!

Chega o verão e meus olhos estão abertos,
Há no sol que renasce a casa dias mais que brilho,
Percebo isso enquanto sofro a molhar uma salada,
Traze-la a vida ou mante-la nem sei mais.
Tomo o cuidado de não ser vista
Pela mulher que deixa para trás
Aos gritos,
Sinto medo de que se tornem arrependimentos.
O que foi dito foi falado,
Mas quanto ao que foi gritado…
(Precisa ser mantido).
Penso que águas não fazem milagres,
Nem as lágrimas,
A salada ficará como está.
E a mulher lá atrás?

A pouco e pouco,
De sol a sol esqueço dela,.
Vejo nisso um esquecer e não lembrar,
Muito menos vejo procura, busca, ou outra coisa.
-maldita!
Quero dizer isto a ela,
Mas já não me atrevo a levantar a fala.

Ocorreu neste lapso de tempo tanta coisa,
A raiva passa no transcorrer das horas,
Mas o que houve, ocorreu e agora?
Engolir cada palavra, os atos…
Admitir o erro
Ainda julgando estar certa.
Doses de veneno não devem matar rápido,
Penso que matam enquanto nós percorre as incertezas.

Disse ela:
“Um dia há de você admitir em público estar errada”.
Jamais, jamais.
Pensei assim antes e vou me manter.
Ela disse que poucos dias me fariam voltar,
Passaram-se nistos os anos.
Mentira. Mentira.
Vejo que até nisto estava enganada.

Horas inteiras sem querer ser vista,
“Assina, então, com tua letra o erro cometido”.
Malditas as suas palavras,
Percorro cada uma,
Como se fossem as gotas do meu sangue
A passarem por dentro de mim
Sem nem entender o meu eu de fora.

O rosto que trabalhei tanto para ser visto,
Sofri para construir uma ideia sobre a que sou,
Me esforcei para fazer tudo certo,
Construi ele por base em confiança,
De repente,
Surgir do nada e dizer em alta fala:
“Menti. Estava enganada”.
Não. Por mil céus não farei isto agora ou nunca.

Confesso ter me acostumado a andar por está horta,
Molhar a salada,
Colher, me alimentar dela.
Mas viver numa mentira?
É fácil acostumar-se com o sangue de suas veias,
Mas isto em nada te obriga a aturar
Os de seu sangue de fora.

Herança e riqueza veem-se na face,
A morte chama-se estupidez.
Não sou nenhuma burra.
Ora, é certo que as lembranças se apagam,
Mas me apego aos gritos a todo custo.
Me feriu muito o virar de costas,
Ter que agir com falsa indiferença
Para poder tolerar o ódio que me percorria,
Não.
Não aqui vínculo que nós prenda.
Nem acontecimentos
Muito menos saudade ou lembranças.

O olhar ferino apunhalava.
Eu fui ferida.
Não vi nela a importância,
De sentir por mim ou de sentir por ela.
Não sinto nada agora.
Dor. Mágoa.
Meu rosto marcado denuncia minha dor,
Conservo nele a marca de cada lágrima,
Este rosto que envelhece frio e sóbrio lembra.
Chora e recorda.
Reconhece-la…
Traze-la para perto.

A dor entra sem cerimônia.
O choro já não faz gesto algum,
Simplesmente percorre por minha cara,
Com certo ar de se perder em seguida,
Disfarce de ódio de quem muito sofreu,
Quem suspeita disso não fala,
Não consigo ouvir outra versão da mesma história.
Biscoitos e latas de conserva não substituem saladas.


Meus Seios na Sua Cara

Toda a certeza que um beijo pode dar,
Ela tinha.
O batom rasurado na boca,
O abraço confortável.
O cheiro que percorria a roupa,
A sensação de continuar a estar.

Dirá a promessa,
Com olhos fechados,
Bocas entrelaçadas,
Braços e corpos colados.
É certo
Pra sonhar acordada não precisa muita coisa.

Ele disse:
-querida, peitos grandes 
E um pouco de inteligência.
Com o coração aos saltos
E olhar em prantos
Ela podia ver que não era pedir muito 
Se entregar a alguém,
Transformar costumes,
Mudar roupas e usar um decote.

Pareceu pouco até ela chegar a janela,
Expor o colo branco e brilhoso,
E despertar da rua mil olhares.
Não, um decote não é para mulheres solitárias,
Seria?
Ser cobiçada…
Reagir com cautela para não ser emburrecida.

Mas aquele beijo não seria facilmente esquecido,
Certo que não poderia,
Frente a isso,
Melhor o decotinho.
Um salto nos pés ou uma rasteirinha?
Colocar a primeira perna fora da porta,
Depois a segunda…

Exigir, então, um vestido… curto?
Curto será o diálogo com o primeiro
Que elogiar de forma estúpida…
Dolorido será o tapa que está porvir,
Melhor caberia unhas pintadas…
Saio da janela.
Pinto as unhas…

Bem melhor. Melhor.
Será que olhares podem ser perversos?
Amedrontar, ferir, cobiçar
Ou mais que isso?
Tipo… estuprar?
Já li sobre isso.
Ferir a distância…
Um arrepio percorre a espinha,
Meus pelos eriçados mexem o vestido curto.

Puxo ele para o joelho,
Sem sucesso.
Mas o beijo nunca esquecido
Mais longe de ser esquecido ficava.
Trêmula a boca e aquecia o rosto,
E aquele roseado percorria a face,
Ah, saudade.

Está é a diferença.
A distância fere uma boca
Faz esquecer a outra?
Um beijo desses faz de uma moça livre escrava,
O decote exige.
Mas a boca que cobra
Beija tão bem.

Tome a parte suas exigências:
Belo decote e um pouco de inteligência.
Seria muito pedir sua companhia?
Estás duas coisas juntas exigem sua força,
Agora não se trata de lembrar uma boca
Ansiar por um beijo,
Preciso te-lo perto!

Liberdade para se dispor,
Escrava de tudo que sente,
Necessitar um beijo,
Do calor que faz arrepiar a pele…
Sentisse vontade de beijar antes
Ou ao menos tivesse querido estar perto de outro,
Mas antes dele,
Nenhum outro.
Como pode?
Agora exige decote!

Há nuvens em céus como os de hoje,
Seios expostos molham-se com facilidade,
Aí por Deus como controlo o tremular das pernas?
A vontade de me deixar consumir por tudo que sinto!
Decote, seios fartos a saltar da roupa…
Mamilos entumecidos ante a sua boca,
 Ansia desmedida e evidente!
Ah, molhar-me de chuva quem dera.

Volto-me a mim com cautela,
A cor fica bem em minha unha,
Modifico-me por aquele que amo,
A gargalhada faz falhar a fala,
Sem saber porque lembro tanto,
Nem o que me faz quero-lo desta forma.
Penso se seios caem fora da roupa,
Ou se sabem escapar a olhares por si próprios.
Estes meus que se virem,
Se dobrem e desdobre,
Procurem eles seus próprios jeitos,
Aí o beijo. Aí o beijo.
Preciso dele.




sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Vamos queimar, cara?

Caio de boca,
Boquiaberta neste canhão,
Ferro intenso, potente, dilacerante.
Me pega no colo,
Me põe entre suas pernas
Mete seu pau em mim valendo.

Quero estar entre suas bolas.
Caralho, que estrago!
É guerra de horas contra o tempo?
Te quero, você sabe disso.
Não vê como te olho?

Quero este pau de carne pulsante 
E nervos descontrolados aqui dentro,
Me abre,
Cara me faz sua putinha,
Você pensa que quero outra coisa?
Olha, se foi a garota inteligente!
Ficou lá atrás imaginando você na cama.

Ah, ah, ah.
Absorvo este refrigerante gelado
Entre meus lábios,
Frio e arredio a escorrer em meu corpo,
Cara mete seu pau entre minhas pernas,
Vai ser bom e eu o quero líquido!
Vamos derreter este canhão!
Transar até ficar bambo,
Cara, você é de ferro mas eu não!
Vamos foder até a alma.
Me permita a hora de ser sua putinha.

Você é safado,
Não é pra uma vida,
Te quero de hora marcada,
Cara pulsa em minhas veias,
Põe este pau em minhas mãos,
Você é ferro de foder ajoelhada,
Deixa de refrigerantes gatinho,
Vem aqui e pulsa forte até liquidar.

Carne, sangue, pulsação, dilaceração,
Você gosta de buceta fraca?
Tamanho certinho cara não se encaixa,
Pega a minha e fode até doer,
Vamos queimar cara, vamos queimar,
Vamos foder até dilacerar,
Você pretende que eu o aceite deste tamanho?
Veja-me e mete em minha vagina.

Nem pequena, nem grande,
Cara você vem de canhão a ferro e bolas quentes?
Não,aqui não trata-se de tamanho,
Aperta-se, queimar até virar chama,
Você sabe bem do que falo,
Cara você se adequa a minha cama,
Me aceita de joelhos,
Quero rezar com seu membro para sacrifício,
Veja,
Jogo fora a inteligente, a bonita, a santa.
Me faz sua putinha?
Carne intensa contra carne que pulsa,
Bate dentro de mim até derreter em chamas!


Dor, dor, dor

Chegava às vezes a admitir um elogio
Desejo, amor, sedução,
Não se confundem tanto,
Não até contemplar sua feição.
Pain, pain.

Ele simplesmente olha e diz,
Há assombro, medo ou loucura?
Não sei o que há em meu sorrir,
Entre lágrimas e alegria.

Queria ser sua água, vício e cobiça.
Este é o tipo de cara que inspira
Pain, pain, pain
Me vejo dizer para mim mesma,
Mas o autocontrole é coisa que se prática,
Me esforço pra não pirar,

Reconheço nisto algo de perversidade,
Quero toca-lo, senti-lo, ver tudo que pode,
Ir até onde for possível,
A solidão faz das mulheres bonitas idiotas,
Me vejo desnudar a alma e não encontrar nada,
Tiro a roupa, peça a peça e uma por uma,
Reproduzo uma foto,
Publico-me: a sua!

Pain, pain, pain.
Tenho estes aspectos e vícios,
Por vezes o espanto faz-me burra,
Noutras sou apenas a que ama 
Com certa profundidade no olhar, 
E a busca, a busca incessante de que falo,
E a qual ele me inspira.

Pain, pain, pain,
Me lateja a cabeça,
Me vejo pirar,
A sombra da qual ele se compunha,
Me destrói, corrói e não se sustenta,
Este sorriso e sua falta, dois lados,
Obscuros ambos.
Desejo-o em cada um de seus ângulos.
A bonita e a burra,
Com seios pequenos, empinados e embrutecidos,
Não, não sou tão esperta.

Pain, pain, pain.
Me vejo deslizar em sua busca,
Correr, me fartar de sua existência,
Dentro dele a ignorância,
Não sabe que estou a espera?
Enfermidade.
Defermidade.
Fora dele este mistério,
Imensidade,
Intensidade.
Pain, pain, pain.

Seu olhar,
Vi há dois dias, duas horas e um suspirar,
Me basto nisto,
Por hora, por hora.
Grande satisfação,
Vivo de alucinação.
Vendo-me poderia pensar:
-Ora, há nela algo de atrevida!
Me canso de ser a bonita e burra,
Quero apenas um tanto de sua companhia.
Pain, pain, pain.



Ela Foi

Novos rumos, Nova vida, Com a perda do esposo, Adeus a casa querida. Com lágrimas de despedida, Andanças por cada um de seu...