Seria mais um dia normal,
Lá fora, em algum lugar,
Sei que a lua estava a brilhar,
Mas nada me faria imaginar,
Que naquele instante e lugar,
Reconheceria o seu olhar,
Doces e meigos olhos azuis,
Fossem eles feito de luz,
Iluminariam por mil vidas
O caminho que sonhei trilhar,
Porém, de que eram feitos?
Amor? Talvez algo mais,
De sonhos reinventados,
Seria você um anjo caído?
Mesmo que feito de sonhos,
Pela própria mão do Senhor,
Como poderia, eu, traduzir seu abraço?
A segurança que é estar no seu corpo,
De acordar com você me fitando,
E sorrir ao doce sabor dos seus lábios...
Fecho meus dedos nos seus,
Em uma jura silenciosa de ser para sempre sua,
Beijo sua mão com toda doçura da minha alma,
E me sinto completa, unicamente sua,
Que mais eu poderia desejar?
Então, se por um instante, e nada mais,
Eu me perda diante do medo ou algo assim,
Você vem e me oferece sua mão,
E eu a seguro, entre meus dedos, como uma naufraga,
Então o que me prende já não são lágrimas de outrora,
Mas o mergulho que dou em seu olhar,
Tão profundo que encontro sua alma,
E lá escolho ficar,
Então, querido, me responda:
Ai, onde você está...
Eu posso escolher ficar?