quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Um Segundo Olhar

- Me perdoe, senhora.
Sei que não sou digno de sua filha!
Ela recordava a tarde
Em que o rapaz amigo da família,
Foi considerado por ela
Incompatível com a filha
Para namora-la.

Foi uma atitude importante,
Embora,
Ele fosse de família rica,
Não trabalhava,
Não tinha horário para acordar,
Saía todas as noites,
Não sabia poupar gastos.

É certo,
Isto foi a anos passados,
Naquela época
Ela contava que ficaria viúva,
E o esposo partindo
Tão cedo,
Não soube guardar valores
Suficientes para uma vida sem ele.

Ele era contador de um banco,
Profissão masculina,
Cuja qual,
A filha não soube acompanhar,
Não poderia fazer nada a respeito.

A herança ficou a encargo
Do filho anterior ao casamento,
O suficiente para que vivam
De forma plena,
Por dois anos.
Insatisfatório.
Agora as duas,
Sozinhas em cidade nova,
Teriam que sair,
A filha ao teor de seus
20 anos,
Já era moça adulta,
Mas não seria relegada.

A mulher com tais pensamentos,
Rumou-se, aturdida,
Para fora de casa,
Ao pisar no 09 degrau da escada,
Bateu de frente com um homem.
- Olá.
O que é?
Algum problema?
Ela indagou,
Amedrontada.

Sem reconhecer a pessoa.
- boa tarde.
Eu sou o dono do imóvel.
Soube que você assinou o contrato.
Vim pessoalmente ver
Como você se sente.
Ela retornou um degrau,
Ficou pasma
Olhando seriamente para ele,
“Será que ele queria mais dinheiro?”
Foi incapaz de fazer mais que olhar.

Ele colou um sorriso feliz no rosto,
O tempo passou,
O sol ficou mais forte,
E ela ainda emudecida.
O tempo passou mais ainda.
O sol queimava a pele,
Prenúncio de tempestade.
Lá ao longe
Uma nuvem solitária e negra
Se aproximava,
Única e imponente.

A pele ardia,
Ela sentia que sua sandália
De plataforma e tiras
Que seguravam a panturrilha
Iria derreter,
Ou grudar naquele chão de mármore.
Pensou em levantar os pés,
Ou mexer-se,
Mas preferiu ficar ali estagnada.
- posso entrar,
Saber como você está?

Ele indagou
Levando uma mão para frente,
Em gesto de querer caminhar.
- é certo que não.
A casa foi alugada.
É da minha privacidade
Não convidar nenhum estranho
Para entrar neste ambiente.
Embora sua voz
Gaguejou,
Evidenciando seu medo,
Ele obedeceu.

- me perdoe.
Não quis ofender.
Me perdoe.
Eu sou o dono.
Mandei meu sobrinho,
Advogado,
Lhe trazer o contrato.
Houve um contratempo e
Não pude acompanha-lo.
Ele desceu os degraus.

- está certo.
Eu assinei e paguei.
Não pretendo atrasar
Ou acarretar transtornos.
É da minha privacidade
Não receber estranhos.
Eu manterei o padrão de qualidade da casa.
A voz dela
Não pareceu mais segura.

Era assustador demais
Receber a visita de um estranho
Em suas dependências,
Ela não era acostumada
A não ser dona,
Muito menos a ter de evitar
A visita da pessoa
A quem a casa pertencia.
A ideia era assustadora.

A casa foi alugada em perfeitas condições,
E seria assim mantida.
Era como se ele quisesse
Manter uma relação de domínio,
Contudo,
Parecesse um bom sujeito,
Dar as boas-vindas?
Não.

Isto beirava mais a territorialismo.
Não suspirou aliviada
Ao vê-lo distante,
Mas nem ficou tão insegura
Quanto antes.
Precisava deste distanciamento.

A Bananeira Caída

De cima da cama
Bruce pulava sem parar,
Pulava para frente,
Pulava para trás,
Pulava para a direita,
Pulava para a esquerda.

Parecia que estava
Em um show de metal.
Pulava sem parar.

A mamãe dele notou,
Viu que a atenção dele
Estava direcionada
Para as bananeiras.

- se este garoto
Estivesse tocando guitarra,
Querido marido,
Não pulava tanto.
A mãe comentou com o pai.

Pegou uma enxada,
O pai pegou um facão,
Foram até às bananeiras.
Havia uma caída
Com o cacho em desenvolvimento,
A mãe exclamou:
- amado marido,
A última chuva
Derrubou o pé de banana!

O marido sorriu.
- é verdade esposa!
Ele disse repousando
Um beijo no rosto da esposa.
A esposa ajuntou a bananeira
O marido pegou a cavadeira,
E iniciando com a enxada,
Terminou cavando um grande buraco,
Ao retirar toda a terra de dentro,
A esposa com a ajuda do marido
Colocou a bananeira dentro,
E juntos,
Tocando suas mãos uma na outra,
Encheram o buraco de terra.

A bananeira coube bem certinho,
Assim o coruja concordou:
- bem certinho.
A esposa foi até a torneira
Encheu um balde de água,
Molhou a bananeira,
Beijou o rosto do esposo,
Concordando com a coruja Corajah:
- bem certinho.
Ela disse.

Então, um barulho
Os assustou.
A esposa levou a mão ao peito,
O esposo juntou o facão,
E um bicho estranho,
Cor marrom acinzentada,
Subiu a bananeira muito rápido.

- Allah! Uma cobra!
Não é um esquilo!
A esposa gritou assustada.
Bruce que enxergava
Através da janela aberta,
Parou de pular,
Ficou estagnado,
Apenas olhando
O que seria?
O marido, disse:
- não, amada esposa!

É a gatinha.
Rahgatinha havia se sujado
Na terra,
E fazendo o barulho
Ela mostrou que viu
O instante em que a bananeira caiu,
E chamou atenção para
Que ela fosse replantada.

Marido e mulher se abraçaram,
Ele pegou a gata no colo,
E voltaram os três abraçados,
Trazendo as ferramentas de trabalho
Para guardar.
A bananeira nem murchou.

Ficou perfeita.
Rahgatinha continua subindo a bananeira,
E as vezes, algumas outras árvores,
Ela gosta de brincar,
Treinar as garras,
E comer frutinhas.

Bruh sorriu faceiro,
Rolando na cama.

Pombaia

A chácara estava linda,
Vinham pássaros de muitas cores,
Espécies diferentes,
Se sentiam bem e ficavam.

Mas Bruce
Quis mais encanto,
Decidiu plantar flores
Para atrair borboletas,
Escolheu as íris roxas.

Convidou a mamãe,
Chamou o papai,
Pegaram a enxada e foram.
Rodear a área de terra com íris roxas.

Depois de 30 íris plantadas,
Ao fazer o 31 buraco,
Saiu do chão,
De debaixo de uma bergamoteira,
Uma pequena pomba,
Com poucas penas,
Frágil,
Com pouca força,
Ela havia se sentido segura
Para sair do ninho,
Mas suas asas não lhe permitiam o vôo.

As penas estavam pouco desenvolvidas.
Sorte teve que Bruh foi rápido,
E latiu alto em atenção,
- au, au, au, uma pombinha bebê.

Então, o pai parou de fazer o buraco,
E a mãe agachou-se,
Juntou a pombinha,
E trouxeram para perto
Para poder ser alimentada.

A pomba saleira Pombaia,
Cresceu forte,
Fez asas de água,
Voa para os céus,
E traz frutos lá do alto
Para o Bruh,
Lá da copa da Espinheira Santa.

Logo depois de o Bruh
Tê-la encontrado,
Choveu muito forte,
Fez enxurrada intensa,
Escorrendo lama por todo lado.

Sorte teve a Pombaia
Pois não foi soterrada,
Também, não desfaleceu
De frio e fome.

Bruce Wayne e Titilico

Bruce Wayne,
O Shitzu que aparou o pelinho,
Ficou com o pelo curtinho,
Cheirosinho,
Agora o calor não parece
Tão intenso,
Mas ele continua tomando
Muita água,
Para não sofrer desidratação
Durando os três meses de verão.

Contudo é final de primavera,
Mas não importa,
O calor só aumenta.
Feliz por ter muitos amigos,
Quis mais e mais amiguinhos.

Então, foi com mamãe e papai
Ao supermercado,
Entrou na sacolinha de passeio,
E ficou comportadinho
Lá dentro,
Na feira,
Escolheu o mamão mais lindo,
Disse:
- mamãe, au au.
Vamos comprar este
E plantar as sementes?

A mãe sorriu para seu pai,
Ambos compraram o lindo mamão,
Fizeram dele um gostoso suco,
E ao final da tarde,
Quando o calor diminuía,
Foram todos plantar as sementinhas.

Pitelmario,
Correu com muito agito,
Erguendo as asinhas ao alto,
Sorrindo a contento,
Atrás dele Masharey,
De asas para o alto,
A bicadas atrás do garoto.

Todos juntos fizeram os buracos,
Os pais plantavam,
Bruce abria e fechava
Os buracos,
Deixando em casa cova plantada,
A marca de sua patinha,
Para averiguar de perto
O trabalho feito.

Os mamoeiros cresceram fortes,
Frutificaram diversos frutos
Em casa árvore,
E os pássaros vieram comer os mamões,
Chegaram cada vez mais perto,
Até vir um lindo beija-flor,
Bruce fez amizade com todos.

O beija-flor Titilico,
Beijava todas as flores,
Depois comia o fruto,
Fazendo um pequeno buraco
E escondendo-se dentro.

A pomba ativa,
Viu a cena,
E em um ato de descuido
Na brincadeira dos dois amigos,
Ele voou na direção de Titilico,
Titilico, muito mais rápido escondeu-se.

Bruce Wayne não viu Titilico voar,
E ficou preocupado com Tilic,
Se jogou no chão na área,
Jogou as patinhas para cima,
Fazendo seu charme de menino,
Pitel e Masha ficaram boquiabertos
Com a cena.

Titilico saiu de dentro do mamão,
E voou cantarolando e rindo,
Veio até o Bruce,
Beijou seu narizinho.

Bruce riu muito.
Bruce é muito feliz,
Ele tem muitos amigos.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Eu o Encontro

Sim.
Combinado.
Eu o encontro.
Guarde nossas lembranças,
Transfira todas para um arquivo,
Onde possa recorda-las,
Num futuro próximo.

Dentre isso.
Eu estarei contigo.
Eu te encontro,
Esteja onde for.
Eu serei capaz de buscá-lo.
Lhe darei abrigo.
Estarei ao seu lado.

Eu te encontro no meio do caminho,
Se o caminho que você seguir,
Você deseje estar comigo,
Caso tenha mudado conceitos,
Eu serei capaz de recorda-lo,
Eu fiz para nós arquivos,
As fotos estão arruinadas,
Mas as memórias estão vívidas,
Você será capaz de lembrar.

Eu lhe trouxe auxílio
Para realizar seus sonhos,
Espero não precisar reconstruir nada,
Eu odiaria te ver em ruínas,
O mal feito não lhe combina.
Mas serei capaz de te fazer recordar,
E onde quer que você esteja
Eu irei te buscar.

Não dificulte o caminho.
Não procure lugares tão perigosos,
Eu odeio sentir medo,
E não há medo maior
Que te ver em perigo.
Esteja num bom caminho.

Hoje eu já posso chegar
Através dos céus,
Antes não fiz mais
Que plantar uma flor,
Depositar nela um beijo
E pedir ao vento.

Hoje eu posso chegar de carro,
Eu dirijo bem,
Serei capaz de te conduzir,
Eu passei desde o primeiro teste,
Sou consideravelmente boa nisso.
Contudo não saiba dirigir navio,
Eu posso ainda assim
Te buscar com um.

A vida já me permite isso.
Eu te buscarei no meio do caminho.
Eu coloco todas as minhas emoções
Nestas linhas,
Eu não vivi só de amor,
Encontrei o ódio mais perverso,
Sofri por muito tempo,
Mas lembrei de suas palavras
E elas me sustentaram,
Eu o encontro no meio do caminho.

Badala o Som da Sky

Badala o som da sky,
Baby, eu penso em você queimando
E isto dói.
Se eu pudesse faria a banda tocar,
Passar por você na praia,
Te acalentar,
Mas pensar em você
Sempre a esperar,
Isto também dói.

Eu tentei ir a frente,
Tentei fazer melhor,
Talvez, até mostrar,
Mas, sair sozinha na rua,
Foi terrível,
Eu teria desistido,
Mas segui igual,
Porém, fui impedida.

Querido,
Quis andar por você,
Te ensinar os passos,
Mas isto me custou muito,
Cada raio de sol no seu rosto,
Que queimou sua pele,
Me feriu dentro de casa,
Sem sair do lugar,
E quando saí
Foi ainda pior.

Eu saí muito com seu rosto
Para lembrança,
Eu não tinha para onde ir,
Ou mesmo o que fazer,
Aí pensei em você
E aprendi muito.
Você parecia estar em meu caminho.
Eu te busquei,
Tentei falar,
Conseguir contato.

Eu deitei naquela areia fria,
Vi o sol ir
E a noite se aproximar.
Eu nem vi quando todos fugiram,
Eu ainda não sei o por quê,
Mas, de repente,
Um cara,
Acho que nada parecido com você,
Me pegou nos braços
E me tirou de lá,
Ele disse:
- garota, a praia inunda!

Eu disse:
- mentira, você quer me seduzir!
Eu soube que não.
Eu não faço o tipo seduzivel,
Então, sem nenhum aviso
E muito rápido
Tudo foi ao fundo,
Questão de metros e metros,
Muitos metros,
Mesmo a parte de calçada
Onde estávamos
Foi ao fundo,
Tivemos que correr,
O mar veio ao meu encontro.

Eu joguei um beijo
Para você lá do alto,
Gritei e corri.
Cara,
Por questão de minutos
De descuido
Eu quase morri.

Havia muita gente,
Eu não identifiquei o que diziam,
Sorte eu ter uma bunda grande,
E um estranho louco
E disposto a uma atitude heróica,
Salvar uma bunda em perigo.

No mais,
Eu queimei até perder a pele,
Fui queimada por algas marinhas,
O sol estava imperdoável,
Vi tubarões andar em casais,
E eu sozinha.
Esperei você.
Eu nunca deixei de te procurar,
E cara isto não me fere.

A Rãzinha Amiga de Bruh

Caiu a tardinha,
Bruce corria pelo gramado,
Brincava com a roseira vermelha,
Puxando a rosa até o chão,
E morde do ele de leve.

Suado e com mil lambidas
No seu pelinho,
Decidiu tomar banho,
Puxou a toalha do varal de corda,
Levou ela até o banheiro.

Quando puxava a porta
Com a mãozinha para trancar,
Levou um baita susto,
Uma pequena rã
Amarela com listras marrons
Estava lá.

Trepada na parede,
Gorda e comendo pernilongos,
A danada deu um pulo
Em sua direção,
Parando no seu ladinho
Na parede
Logo acima de suas orelhinhas.

Bruce com um rompante
Abriu a porta do banheiro,
E alçou vôo em disparada,
Içando o rabinho para o alto,
De longe não se distinguia:
“ um avião ou um navio
Em direção ao rio”
Tamanha velocidade do menino.

- auauau.
Uma rãaaaaa.
Ele latia.
Então, descobriu-se tudo,
Era apenas Brucinho
Correndo aos pulos,
Da área ao gramado,
Do gramado para o rio.

O safado sabe nadar muito bem.
Mas antes de se colocar na água,
E fugir feito um desesperado,
A mãe dele o alcançou,
Enlaçando o danado
Através da barriguinha,
E o impediu de desespero maior.

Carregou-o até o banheiro,
E o explicou que tudo que
A rãzinha queria
Era o pernilongo
Que estava próximo do menino.

Aí, na verdade
Ele foi protegido por ela,
Que impediu o pernilongo de morder,
E talvez, transmitir uma doença nele.

Porquê pernilongos transmitem
Doenças relacionadas ao pulmão,
E coração.

Casada por Acaso

O término do namoro Levou Ana ao dezenove Pote de dez litros de sorvete, Já conhecia todos os sabores, Brincava com as cores...