Sentada no banco da praça, Vendo a vida passar,
Com o gramado sob seus sapatos,
E os sonhos embalados no vento do dia nublado,
Sentindo o frescor da sombra das árvores,
Aproveitando o amor que desabrochava nas flores,
Enquanto isso, não muito distante,
Com um sorriso curvando seus lábios bem delineados e
iluminando seu semblante,
Um rapaz se aproximava, com tantos sonhos no olhar que
sua alma chegava a estar radiante,
Ainda sentada, como se estivesse sendo desperta por magia,
Um cheiro doce lhe chamou a atenção,
E ao virar o rosto para contemplar, um sujeito forte
disparou seu coração,
Surpresa percebeu tratar-se de um desconhecido,
Um homem másculo, com punhos de aço,
Que a observava com um olhar letal, Tão belo quanto
vital,
Seu corpo quente e o olhar fulminante,
Deixavam-na indefesa, embevecida por sua ternura,
E com um jeito confiante e um andar sedutor,
Ele se colocou a sua frente e se apresentou com ardor,
Ela lhe respondeu com a fala rouca e as pernas trôpegas,
Então ele se sentou ao seu lado, e em um gesto inusitado,
Roçou os dedos por seu rosto, desceu pelo pescoço e
pousou em seu ombro,
E com todo seu carinho a puxou pelo braço de encontro ao seu peito,
Envolvendo-a em seu abraço e selando seus destinos em um
beijo apaixonado.