Um Segundo Além do Infinito

De mala pronta e passagem na mão,

A mágoa em seu olhar feria seu coração,

Através do pranto que escorria de seus olhos,

Molhava seu rosto rumo ao vazio do seu peito,

Desconsolada, pegou o carro e desamparada estacionou no aeroporto,

Assombrada pelas lembranças de um anjo caído,

Decidiu por viajar para algum lugar,

Onde pudesse olvidar, onde conseguisse recomeçar,

Segundos depois de ter atendido o celular do seu noivo,

Em prantos, só recordava se tratar de uma ligação risonha de uma ex-namorada,

Enciumada, nem quis saber o assunto, desligou o aparelho,

Escreveu algumas palavras de despedida,

Deixou ao lado do celular e depois saiu sem rumo,

Imaginá-lo em outros braços, deixava seu peito em pedaços,

Lhe rasgava a alma,

E ali parada a espera do embarque,

Desconsolada pela dor que marcava sua face,

Nem percebeu sua aproximação,

E entre lágrimas só reconheceu seu toque pelo vacilar de sua pulsação,

- Minha menina, tencionava fugir de mim que te amo tanto! 
– disse ele aos prantos, puxando-a para o aconchego de seus braços.

- Anjo amado, aquela ligação me partiu o coração – respondeu-lhe 
consternada pela dor que ameaçava seu amor.

- Ledo engano minha amada, pois te amo em juramento, 
e com aquela moça não desejo nenhum momento, 
pois do passado que tivemos nunca houve sentimento, 
ao contrário de você que amei desde o primeiro instante. 
– respondeu ele a lhe afagar, com o afeto brilhando em seu olhar.

- Um segundo além do infinito
 – prometeu ela com a voz rouca.

- Um passo além do eterno, 
porque o infinito é pequeno para o tanto que te amo 
– prometeu ele, com um para sempre marcado no peito.