Ouçam, céus e terra.
Pois, o Senhor de mim falou:
-Criei sentimentos para amar,
Mas, tudo que sinto se revolta.
Não, aquele de ontem não foi digno de amar,
E o de hoje, por quê será?
O coração reconhece seu dono,
A alma sabe a quem pertence,
Veja, toda a cidade sabe o que sinto,
Porém, não consigo achar aquele que merece,
Sou muito mais que isso,
Este qualquer coisa que ele me oferece.
Chega até eu e me pede juras de amor,
Após, diz ah, querida, me escreve...
Pergunto: para quê tudo isso?
Se sente o superior, o grande homem.
Não passa de um bosta,
Coisa pegajosa, noite inexistente.
Ah, coração pecador,
Porque tenta tanto convencer minha’lma?
Diante de mim está mais para malfeitor,
Diz que ama e deseja que o siga?
Ora, por favor, pense um pouco,
Este para quem se entregou o que lhe deu?
Sim, entenda você não merece este desprezo...
-A desprezada!
Tristemente intitulada.
A desprezada!
Abandonam tudo que eu sinto,
Abandonam tudo que sou.
A cada dia um nome,
A cada amanhecer um alguém que passou,
Não peno pela falta,
Penso que não queria desde antes,
Então, porra, por quê me entreguei?
Esta coisa de sentir é chata!
Esta coisa de ver que por mim não sentem nada,
Ah, isto é muito mais chato!
Olho para eles e não sinto medo do que sinto,
Porquê apenas sinto repulsa,
São desprezíveis os que não me amam,
Sim, o são para eu que não vivo de semanas.
Se quer fazer sexo porque jurar tanta coisa?
Pênis não combina com alma,
Sexo é coisa de prazer, de pele,
Porquê esta coisa de eu-te-amo-meu-amor?
-Ah, a querida grande noite!
Sim, eu a queria e você também,
Mas porra, essas suas juras estragam tudo
Logo no outro dia?
Que coisa chata para se lembrar depois!
Do coração a alma estou cansada!
Entenda, pênis esta fora de juramentos,
Você é falso e falso deve ter sido o seu orgasmo,
E isto nem me faz melhor?!
Você é feio para ser exibido,
Que porra, agora gosto de transar escondido!
Isto é coisa de adolescente ou de mulher fo-di-da!?
Vergões e ferimentos abertos,
Sim, eu não chorei hoje – obrigada,
O garanhão que secou as lágrimas não as fez cair.
Não agora,
A desculpa?
Ele está longe,
A técnica?
Esnobar para se sentir melhor,
Diz ele que gosta de me ver aos seus pés,
Ah, querida, o carro quebrou,
Não posso te atender o que senti já passou!
Tenho filho e mais o que fazer!
Cuide-se sozinha veja a sua idade,
Ora, entenda quem você é.
A terra parece um tanto devastada,
Bem, palavras não concertam,
Não entendem e não dão desculpas,
Mas, apenas para lembrar,
Eu sei esquecer tanto quanto sei odiar.
-Que cara pobre, medíocre!
Meu coração parece chorar fogo,
Agora se permite sofrer,
Que dó,
Diante de vocês,
Alma e coração,
Eu abrigo uma plantação de girassol,
Logo a lua chega e eles se fecham?
Para que tantos sacrifícios?
Queria poder não odiar,
Mas, me convém tanto o humilhar!
Uma reunião entre sentimentos,
E logo a lua muda,
Tudo ocorre durante uma semana,
Tempo o bastante para esquecer,
Estas mãos que sangram feito o sangue...
-Você me é repugnante,
Suas orações, mesmo que as faça,
Não as escutarei,
Não reúna suas desculpas,
É noite e você preferiu não estar,
Não faz falta.
-Ódio sinto por mim mesma, - que pena,
Ódio por tê-lo chamado por uma hora,
Garoto de aluguel,
Pobre idiota de motel!