De dia, as ideias esclarecidas,
Quanto as noites?
Mal dormidas.
Deito-me acredito num sono bom,
Acredito em seu beijo,
Seu abraço e mais um pouco,
Mas neste momento,
Crer não basta,
Preciso mais que isso:
O chamo...
O amor se fortalece assim,
De imaginário, resistência e sonhos,
Mas, entenda preciso de você aqui,
Como eu quis dizer isso...
Desejei em cada segundo,
Você é o único que me faz chorar assim.
-Assim como?
-Com os dois olhos e inteiros.
-Feito janelinhas?
-Sim, igual janelinhas quando se fecham,
-Me diga, por favor, se eu posso espera-lo?
-O que é esperar alguém?
Para esperar o que é preciso fazer?
-Bem, entendo...
-O quê?
-Achei em você um competidor...
-Hum, então, não falamos do mesmo...
Ele chora e eu amo, o outro eu amo.
Sem desfalecer cada instante,
Fortalecendo os sentimentos através do pensar,
Do querer,
Preenchendo-se de saliências
Como se quisesse dizer:
Estou completa.
Deus me livre os hematomas – o sofrer,
Mas como amar alguém distante?
De onde ele está,
Com certeza não me vê.
Esses beijos sonhados duram algum anos,
Enquanto isso eu alimento meu destino,
Traço os passos,
A roupa, a historinha.
Desculpe a quem que ao tomar conhecimento
Diga-me: não viveu...
Para viver precisa do transcorrer do tempo,
E eu me vejo bem através de cada calçada,
Se em cada passo me espelho em você,
Estou errada ou talvez,
Gostar de alguém é irremediável.
Ele torna o amor inalcançável,
Eu busco nos outros o que nele é tão fácil,
Mas, me atiro com tudo e não acho,
Um outro não é como o alguém.
-Digo apenas que- pronto!
-O quê?
-Você quer discutir comigo?
-Que assunto, de quê você está falando?
-Bem, daquele que amo,
Daquele que me espelho ao buscar alguém,
Você pode se aproximar um pouco disso?
Apenas um pouco do tanto que preciso...
Ele olha para fora,
Prefere ou busca a fuga,
Será que já está preso em tudo isso?
Eu penso que amor vicia,
Como desistir quando acho que está dentro de mim,
Enraizado no que sinto,
Acredito, desejo, busco, preciso, imagino...
O imaginar é precário,
Penso que ele é mais que isso,
E o outro nem (a) precipício.
Tudo isso não me dá efeito calmante,
Por favor ao me ver caminhar,
Não pense isso.
O coração pulsa forte e não consegue contato,
Mesmo quando eu abraço com toda força,
Não o acho perto,
Nem se estiver a contato,
Nunca está a contento.
Eu não sou difícil,
Não se trata disso,
Se quer um mínimo,
Para o que chamo de um máximo,
É cômodo,
Pode-se de antemão encomendar um próximo
Que busque ou esforce-se a forma desejada.
Nem sempre se desdenha o que se despreza,
Mas veja,
Ao se tratar de sonhos eu aprendi a ouvir,
Ver, buscar e... sentir...
Ele já está em mim,
E você perto não consegue perceber o quanto.
-Você não se esforça.
Com isso eu encerro o assunto.
Ele lacrimeja eu rio disso,
Não sente,
Eu sei que não sente,
Não me apego a isso.
Se eu peço se afaste porque o busco,
Ele, que me ama, deveria entender.
-O outro, o outro, veja: o outro.
Entenda o que ele diz e sente,
Poxa, tudo que ele faz parece tão pouco,
Mas, você, simplesmente não consegue?
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