quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Pompom

Estava na hora de beijar,
Abraçar e gostar,
Embora soubesse que deveria
Estar feliz por tê-lo,
O simples ter as vezes pede,
E o seu pedia mais,
Muito mais do que houve.

Estar junto não bastava,
Relação de superfície 
Não era suficiente,
Queria beijo, amassou,
Tirar a roupa,
Trocar telefone,
Visitar sem hora marcada,
Sem querer que o dia terminasse,
Ou que a noite pedisse.

Pedisse mais dela,
Mais dele,
Mais da bebida,
Mais das carícias,
O vazio de estar sozinha
Jamais abandona por completo,
Depois de uma vez no porre,
O efeito fica e cobra.

Exige a euforia,
O riso solto,
Os gestos despedidos,
A felicidade no rosto,
E ela se descobriu obcecada
Pela tentativa de estar feliz,
Sentir-se completa,
Libertar-se de diretrizes,
Ser livre e profunda.

Por fim parou na frente dele,
Tocou com mãos suadas
E sujas de cerveja
O seu colarinho branco,
E o desorganizou,
Puxou para o seu maxilar 
E lhe fez carícias 
Sem tocar propriamente com suas mãos,
Apertou mais forte,
Fez gestos com a roupa,
E soltou.

Então tocou seu peito
E o fez menção de empurrar,
Não foi forte o bastante,
Nem desmedida para tropeçar,
e aí cara,
Deixa eu sentar nas suas pernas
E socar minha vagina em você 
Até encontrar seu pompom?
Eu disse,
Ao encontro de seus lábios,
Sem tocar,
Sem medo,
Bem, bem perto.
Ele pegou minha mão esquerda
E me levou.
Foi ótimo.
Sem arrependimento.


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