domingo, 2 de julho de 2017

O Olhar

Na beleza do olhar,
Se encontra o reflexo da alma,
Uma centelha do que há no interior,
Como um poema na voz do declamador,

Quando envolto no véu do mistério,
Como um escudo a proteger seus sentimentos,
Demonstra uma estrela do céu infinito,
Repleta por um brilho tão intenso,

Que torna inglorioso o firmamento,
Como um convite para ser desvendado,
Uma mensagem do que há para ser conquistado,

Atua como uma espécie de portal inter-dimensional,
Que penetra a parte superficial,
E proporciona um encontro com a alma,
Como uma chave para romper suas defesas,

E conhecer a fragilidade do ser humano,
Uma oportunidade para desvendar seus medos,
A possibilidade de conhecer seus segredos,
E lhe proteger dos fatores de perigo,

A chance de penetrar o interior,
E preencher os espaços 
Com fragmentos de amor,
Para que todos os pólos de seu corpo,
Sejam capazes de irradiar o amor puro,

O amor que fala no silêncio do olhar,
E que ilumina com intensidade solar.

sábado, 1 de julho de 2017

Acreditar nos Sonhos

Com um brilho intenso 
A refletir em meus olhos,
Decidi projetar meu cotidiano
Para realizar meus sonhos,

Me dei a liberdade de viver com felicidade
E avistar o horizonte com vivacidade,
Para buscar construir meu destino,
Com o amor a guiar meus passos,

Decidi me libertar do falso padrão
De que o dinheiro compra a perfeição,
Que conquista um espaço em um coração,
Ou que é capaz de alcançar a realização
Em qualquer sentido que se possa pensar,
Pois o que gere a vida é o verbo amar,

Decidi selecionar as opiniões nas quais acreditar,
Pois só acrescenta o que é capaz de aperfeiçoar,

Resolvi respeitar meus sentimentos,
E entregá-los somente a quem os dê valor,
Decidi me libertar da guerra silenciosa,
Em que as pessoas buscam ser mais que as outras,

Que visam a qualquer custo,
Fazer de si mesmo, um ser absoluto,
Decidi acreditar que é possível
Reconstruir o mundo,
Com os olhos do amor a unir
Os seres humanos,

Pois a todo instante,
Inúmeras pessoas nascem
E outras diversas morrem,
Mas há sempre a oportunidade
De espalhar felicidade,
E acreditar no valor supremo que é o amor.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Despedida

Com a alma a sangrar,
E o sorriso manchado de lágrimas,
O coração clama por calma,
A me ver te procurar no rosto de cada pessoa,

Como se ainda estivesse ao meu lado,
Ouço sua voz nítida a atacar meus ouvidos,
Com palavras afiadas,
Que feito um punhal sangrava a alma,

E ao buscar explicação em seu olhar,
Senti meu coração gelar,
Ao te avistar de mala feita,
Decidida a sair pela porta,
E ir embora da minha vida,

Como se fosse algo simples de se decidir,
Simplesmente arrumar suas coisas e partir,
Como se fosse fácil arrancar de mim,
Todo o amor que me fez sentir,

Como se todo o sentimento que vivemos
Pudesse ser guardado em um retrato,
E ao rasgá-lo pudéssemos quebrar o vínculo,
Destruindo-o em mil pedaços,

Para que seus fragmentos fossem levados pelo vento,
Para qualquer lugar onde não pudessem ser encontrados,
Onde seria consumido pelo tempo,
Ou dilacerado pelo fogo,

E, assim, fosse apagado o seu espaço em meu peito,
Sem encontrar abertura para conciliação,
Procurei resguardar o coração

E lhe deixei se retirar,
Apenas para que se um dia lembrasse, e decidisse voltar,
Encontrasse o meu abraço a lhe esperar.

Seu Amor

Sonhei que na magia do luar,
Conseguia tocar as estrelas,
Mas logo que as tive em minhas mãos
Senti o fascínio se desfazer,
Como se o universo coubesse em um pequeno instante
Do amor que pulsava em seu coração,

Uma pequena fagulha,
Se comparado ao sentimento que você emanava,
E na magia do amanhecer
Senti o amor acontecer,

Ao acordar segura no calor do seu abraço,
E avistar as estrelas tão próximas, a brilhar em seus olhos,
Pude sentir a magia do luar
Penetrar minha alma no afago de sua voz rouca,

Parecia um encontro com Deus
Sentir o afeto de seus lábios cheios sobre os meus,
Segura no aconchego de seu corpo,
No espaço reservado do seu peito,

O universo se tornou ofuscado,
E até mesmo inglório,
Diante do carinho com que afagava meu rosto,
E ao contemplar o esplendor do seu sorriso,

Percebi que até mesmo um mensageiro do inferno,
Se converteria ao sagrado,
Apenas para ficar sob a proteção de suas mãos,
E alcançar, mesmo que apenas um pouco, de sua afeição.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Caminho para o Inferno

Uma dor aguda lhe acertou o coração,
E uma súbita raiva tomou sua feição,
Com o veneno de um punhal,
Seu olhar queimou com um ódio letal,

Ao se deparar com sua amada
Presa na armadilha de uma cilada,
Como um anjo de cabelos negros, olhar raivoso,
Jeito perigoso e andar silencioso,

Arrumou seu punho esquerdo em sentido de soco,
E no direito empunhou a arma como uma extensão do seu braço,
O ódio percorria gélido em seu corpo,

Tal como o aço frio e metálico da arma,
E com sangue na alma,
Foi levar a morte a quem procurava,
Como um predador partiu para a caçada,

Ao ver o inimigo tirar o pino detonador de sua granada,
Tão logo decidiu ferir sua amada,
Sua voz furiosa, rouca, aveludada e perfeita,
Soou feito uma lâmina a cortar a distância

Que os separava e a feria,
O cheiro do pânico de sua amada,
Era para o inimigo, um caminho sem volta para o inferno,
A pontapés e socos, ele desfigurou o rosto do adversário,

E amputou seu saco a tiros,
Pouco antes de derrubá-lo, inofensivo, com um disparo no peito,
Agonizando em sua dor, o inimigo levou a mão no peito

Visando estancar o sangue 
Que o carregava para a morte,
Mas antes que a morte cegasse sua visão,
Ele pode avistar o casal apaixonado se envolver em um beijo,

Em que o anjo salvador a segurava firme sob a proteção de seu abraço.

Não Convém se Arriscar

Como um sinal de alerta,
Um arrepio lhe percorreu a espinha,
Estava encurralada no final da rua,
Com as mãos para cima, pretendia se virar,

Logo que sentiu o aço frio e metálico tocar sua nuca,
Sentiu-se gelar sob a mira de uma arma,
Que a curta distância,
Nem o calibre importava,
Pois o estrago seria o mesmo,
E ainda sob a mira do inimigo

Planejou escapar e estourar seus miolos,
E o cheiro da morte lhe aqueceu o sangue,
Tão logo a raiva lhe tingiu o olhar
De um castanho cobre,
E o ato impensado de um assassino medíocre,

O fez tomar uma atitude que lhe conduziria a morte,
E o resultado tomaria as manchetes,
Porque na pedra da desonra, ela ia lapidar seu nome,
Por escolher a vida sob a segurança das sombras,
O inimigo se decidiu por uma morte penosa e imediata,

Tudo que precisava era agir de forma estratégica,
Escapar e esmagar o rato, como se estivesse em uma ratoeira,
Pois com certeza, não seria uma mera vítima de uma guerra particular,
Para mostrar que com ela, não convinha se arriscar,

Em um gesto planejado,
Se virou e desferiu um soco que desfigurou o rosto do inimigo,
Com o impacto um Colt foi ao chão, inofensivo,
Ela, então, pegou o frio metálico e fez dele uma extensão do seu braço,

Puxando o gatilho e desferindo um tiro no saco do inimigo,
E o outro entre os olhos,
Fazendo uma perfuração entre o cérebro e o osso,
E um corpo sem rosto foi ao chão, sangrento, em um ruído abafado.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Sangue no Olhar

Motivado pela raiva e a injustiça da cilada
Em que sua amada foi vitimada,
Ao ser acuada e machucada em uma emboscada,
De forma dissimulada,

Por indivíduos que visavam macular sua conduta ilibada,
Tendenciosos a manipulá-la através do uso da força e ameaça,
Um ar raivoso emoldurou seu rosto honesto,
E feito um guerreiro solitário

Saiu para protegê-la do inimigo,
Com a raiva de um gladiador,
Marchou com sangue no olhar,
Rumo à batalha de uma guerra particular,

Com a habilidade de um predador,
O guerreiro invadiu a noite farejando o temor,
Abrigado na sombra da escuridão,
Ele fundia-se ao cenário que escondia sua feição,

E feito um fantasma movia-se por entre as sombras,
Enquanto as lágrimas de sua namorada
Vertiam em seu pensar,
Falando-lhe de honra, amor e vingança,

Em que teve como resposta
Uma simples promessa
De que apenas o sangue resolveria esta caçada
Pois estes covardes, agora tinham dívidas a pagar,

E com o cheiro da morte a penetrar suas narinas
Ele ajustou o silenciador de sua pistola automática
E o inimigo nem ouviu o tiro que lhe tirou a vida.

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Após iss...