quarta-feira, 5 de julho de 2017

A Estrela do Seu Olhar

Ao sentir o brilho do seu olhar,
Não resisti ao sentimento de te amar,
E por mais que eu me esforçasse,
Não senti que te alcançasse,

Foi como amar uma estrela,
Que apesar de iluminar a escuridão,
Não produz chama capaz
De fazer luz ao coração,

Aliás, a beleza do seu olhar,
Poderia ser comparada a uma arma engatilhada,
Que com um simples avistar,
Penetra minhas defesas e alcança a alma,

E feito uma estrela a iluminar o infinito,
Que mesmo ante a luz solar não perde o brilho,
Mas permanece oculta como se preferisse a distância,
Descobri que para contemplar o universo,
É preciso entender o tempo

Que a luz demora para percorrer o espaço
E chegar até o sentido dos olhos,
Onde cada ano humano é definido como ano-luz.
E para exemplificar seu olhar,
Só poderia utilizar a estrela noturna mais luminosa que é Siriús,
A qual se localiza a 8 anos-luz de distância da terra,

O que significa que a cada vez que a contemplo,
Me apaixono pelo brilho de 08 anos passados,
Por isso, quanto maior à distância da qual observo,
Mais remoto o passado que admiro,

E feito à estrela que possui luz própria,
Você, também, preferiu a distância,
E talvez, cada vez que fitei seus olhos,
Nunca consegui alcançar a sutileza de seus pensamentos,
Ou a nobreza de seus sentimentos,
O que não significa que foi imperfeito meu afeto.

terça-feira, 4 de julho de 2017

A Pedra

Em um daqueles dias nublados,
Em que tudo parece dar errado,
Sentia a fúria esmorecer a alma,
E a cólera corroer a calma,

Mas antes de tomar uma atitude precipitada,
Da qual pudesse se arrepender de forma desmedida,
Sentou-se sobre as pedras à beira do rio,
E entregou-se ás lágrimas de um choro desolado,

Dispersando sua mágoa,
A atirar pedras no fundo da água.
Ao perder a força e dispersar a raiva,
Não sei se pelo choro ou devido ao esforço,

Percebeu que a marca deixada pela pedra
Sobre a água se apagava,
Como uma ferida, 
Que não importa o quanto seja profunda,
Se cicatriza,

Porém, assim como a pedra continua
Submersa no fundo da água,
E talvez, mesmo com um mergulho,
Seja impossível recolhê-la,

A cicatriz promovida pela palavra,
Ou perpetuada pela ação humana,
Permanece a ferir a alma,
Como uma espécie de lembrete,
A pedir serenidade,

Ou algo que se possa usar como exemplo,
Do quanto à convivência humana
Clama por respeito.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

No Coração da Tempestade

O vento chegou soturno e afagou seus cabelos,
Com as nuvens ao seu lado,
Abraçou o infinito com seu manto,

E a beleza terna do horizonte,
Foi envolta pela sombra de uma tempestade,
Como se quisesse conquistar sua atenção
Ou demonstrar à ira que havia em seu coração,

E o espaço, antes iluminado,
Foi preenchido por um tom sombrio,
E quando o vento soprou,
Já não sentia o mesmo amor,

E ao tocar a terra,
Não o fez sereno,
Sem chuva ou trovoadas,
Cortou a soprar desalento,
Usou a fúria da natureza
Para dispersar sua tristeza,

No transcorrer de minutos,
Acendeu o escuro na luz de relâmpagos,
Ecoou sua raiva na voz do trovão,
Fez de suas lágrimas motivo de destruição,

Fez o fogo no sabor de um raio,
E fomentou a vida no desamor da descarga elétrica,
Como se promovesse uma retaliação,
Tocou a terra na batida de seu coração,

E ao se compadecer de sua dor,
A chuva desceu a terra em um ato de amor,
Com suas gotas em forma de lágrimas,
Semeou a vida e afastou a tormenta,
Como se abraçasse a humanidade,
Ao lhe conceder mais uma oportunidade.

domingo, 2 de julho de 2017

O Olhar

Na beleza do olhar,
Se encontra o reflexo da alma,
Uma centelha do que há no interior,
Como um poema na voz do declamador,

Quando envolto no véu do mistério,
Como um escudo a proteger seus sentimentos,
Demonstra uma estrela do céu infinito,
Repleta por um brilho tão intenso,

Que torna inglorioso o firmamento,
Como um convite para ser desvendado,
Uma mensagem do que há para ser conquistado,

Atua como uma espécie de portal inter-dimensional,
Que penetra a parte superficial,
E proporciona um encontro com a alma,
Como uma chave para romper suas defesas,

E conhecer a fragilidade do ser humano,
Uma oportunidade para desvendar seus medos,
A possibilidade de conhecer seus segredos,
E lhe proteger dos fatores de perigo,

A chance de penetrar o interior,
E preencher os espaços 
Com fragmentos de amor,
Para que todos os pólos de seu corpo,
Sejam capazes de irradiar o amor puro,

O amor que fala no silêncio do olhar,
E que ilumina com intensidade solar.

sábado, 1 de julho de 2017

Acreditar nos Sonhos

Com um brilho intenso 
A refletir em meus olhos,
Decidi projetar meu cotidiano
Para realizar meus sonhos,

Me dei a liberdade de viver com felicidade
E avistar o horizonte com vivacidade,
Para buscar construir meu destino,
Com o amor a guiar meus passos,

Decidi me libertar do falso padrão
De que o dinheiro compra a perfeição,
Que conquista um espaço em um coração,
Ou que é capaz de alcançar a realização
Em qualquer sentido que se possa pensar,
Pois o que gere a vida é o verbo amar,

Decidi selecionar as opiniões nas quais acreditar,
Pois só acrescenta o que é capaz de aperfeiçoar,

Resolvi respeitar meus sentimentos,
E entregá-los somente a quem os dê valor,
Decidi me libertar da guerra silenciosa,
Em que as pessoas buscam ser mais que as outras,

Que visam a qualquer custo,
Fazer de si mesmo, um ser absoluto,
Decidi acreditar que é possível
Reconstruir o mundo,
Com os olhos do amor a unir
Os seres humanos,

Pois a todo instante,
Inúmeras pessoas nascem
E outras diversas morrem,
Mas há sempre a oportunidade
De espalhar felicidade,
E acreditar no valor supremo que é o amor.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Despedida

Com a alma a sangrar,
E o sorriso manchado de lágrimas,
O coração clama por calma,
A me ver te procurar no rosto de cada pessoa,

Como se ainda estivesse ao meu lado,
Ouço sua voz nítida a atacar meus ouvidos,
Com palavras afiadas,
Que feito um punhal sangrava a alma,

E ao buscar explicação em seu olhar,
Senti meu coração gelar,
Ao te avistar de mala feita,
Decidida a sair pela porta,
E ir embora da minha vida,

Como se fosse algo simples de se decidir,
Simplesmente arrumar suas coisas e partir,
Como se fosse fácil arrancar de mim,
Todo o amor que me fez sentir,

Como se todo o sentimento que vivemos
Pudesse ser guardado em um retrato,
E ao rasgá-lo pudéssemos quebrar o vínculo,
Destruindo-o em mil pedaços,

Para que seus fragmentos fossem levados pelo vento,
Para qualquer lugar onde não pudessem ser encontrados,
Onde seria consumido pelo tempo,
Ou dilacerado pelo fogo,

E, assim, fosse apagado o seu espaço em meu peito,
Sem encontrar abertura para conciliação,
Procurei resguardar o coração

E lhe deixei se retirar,
Apenas para que se um dia lembrasse, e decidisse voltar,
Encontrasse o meu abraço a lhe esperar.

Seu Amor

Sonhei que na magia do luar,
Conseguia tocar as estrelas,
Mas logo que as tive em minhas mãos
Senti o fascínio se desfazer,
Como se o universo coubesse em um pequeno instante
Do amor que pulsava em seu coração,

Uma pequena fagulha,
Se comparado ao sentimento que você emanava,
E na magia do amanhecer
Senti o amor acontecer,

Ao acordar segura no calor do seu abraço,
E avistar as estrelas tão próximas, a brilhar em seus olhos,
Pude sentir a magia do luar
Penetrar minha alma no afago de sua voz rouca,

Parecia um encontro com Deus
Sentir o afeto de seus lábios cheios sobre os meus,
Segura no aconchego de seu corpo,
No espaço reservado do seu peito,

O universo se tornou ofuscado,
E até mesmo inglório,
Diante do carinho com que afagava meu rosto,
E ao contemplar o esplendor do seu sorriso,

Percebi que até mesmo um mensageiro do inferno,
Se converteria ao sagrado,
Apenas para ficar sob a proteção de suas mãos,
E alcançar, mesmo que apenas um pouco, de sua afeição.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...