segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Aliança

O povo que construiu aliança com o Divino,
Enfrentou a sede por três dias no deserto,
E a fé humana foi testada,
Ali o Senhor apresentou a Moisés seu servo,

A direção através de leis e ordenanças sagradas,
Mostrando que em Deus está a cura da alma,
Com um arbusto Moisés fez o milagre
De tornar águas amargas potáveis,

E quando chegaram à próxima cidade,
Encontraram doze fontes para saciar a sede,
Doze é o número que condiz com o tamanho de um coração adulto,
E setenta palmeiras para sentarem-se a sombra,
Número que multiplicado por sete representa o perdão para Jesus Cristo,

E quando a fome os provou,
Deus trouxe pássaros para alimento,
E fez o pão surgir do orvalho frio do deserto,
E mais adiante ao precisar de água,
Moisés, seu servo, fez a água brotar da rocha,

Por ser frio e duro o coração humano,
Que por todo o caminho descreditou do amor Divino,
Um pouco adiante, um povo os atacou,
E do alto da colina,
Moisés mantinha a vitória em suas mãos erguidas,

Mas quando suas mãos cansaram,
Dois amigos (Arão e Hur), um a sua direita e outro a esquerda,
Lhe deram forças para mantê-las levantadas,
No fio da espada Josué derrotou o exército inimigo,

Mas somente se fosse levantado ao alto à bandeira do Senhor,
Como prova de que a raça humana apenas prevalecerá,
Enquanto o amor e a fé guiarem as pessoas humanas.

A Travessia

O povo escravizado por quatrocentos e trinta anos,
Vitorioso, partiu para o deserto,
Rumo ao Mar Vermelho,
O qual é rico em vida submarina,
Suas águas termohalinas

São mais frias e densas
E possuem maior concentração de salinidade,
Fato este que remete as lágrimas da raça humana,
E apesar da sua coloração ser azul celeste,

Suas águas possuem manchas avermelhadas,
Como um lembrete eterno à humanidade,
De todo o sangue e sofrimento humano que foi derramado sobre a terra,
Até que o próprio Deus viesse trazer a vitória,

Deus seguia a frente
Sobre uma coluna de nuvem,
Durante o dia para guiar o caminho,
E no frio da noite,
Deus seguia numa coluna de fogo,
Para iluminar o destino,

Porém o exército do império,
Perseguiu o povo libertado,
Este ao ver-se acuado,
Recusou-se ao claustro do túmulo,

E amedrontados clamaram auxílio ao Divino,
Com medo do fio da espada do perseguidor,
O temor foi suficiente para abalar sua fé,
E descrerem da proteção de Moisés,

Moisés, porém, em nenhum instante temeu,
Por acreditar fielmente no amor de Deus,
E quando o mar os deixou sem saída,
E o exército egípcio os cercou,

Moisés levantou a mão sobre as águas
E com um sopro de Deus o mar se abriu,
Fazendo terra seca,
E uma nuvem do Senhor fez sombra sobre o inimigo,
Mas trouxe luz ao povo libertado

Por uma noite inteira, até que fizessem a travessia,
Tendo uma coluna de mar à direita e outra a esquerda,
Ao raiar do dia o mar voltou para o seu lugar,
Ao sinal de Moisés Deus soprou,
E o mar que se abriu, também se fechou,

Levando consigo o exército egípcio,
Que entre as colunas de água, vagava confuso,
Até hoje ventos sopram sobre estas águas,
Como uma lembrança da aliança Divina,
Que a raça humana construiu em confiança.

domingo, 20 de agosto de 2017

Amor à Raça Humana

Quem o nomeou líder e juiz sobre nós?
Perguntou o escravo no gemido do seu suplício,
Assim iniciou a história,
Escrita em agonia nas estrelas,

Mas Moisés sentiu medo, e fugiu para pedir auxílio,
E ao ajudar sete moças próximas a uma fonte,
Uma delas lhe arrepiou a pele,
E ele sentiu indagar em sua pulsação:
Acaso já amaste coração?

Ao avistar a moça mais linda e delicada,
Como se estivesse suspensa na noite,
De longe lembrava a luz da lua,
De perto, nem todas as estrelas

Alcançariam o fulgor do seu rosto,
Seus olhos possuíam o brilho do amor,
Tão puro e cristalino quanto a bondade do Senhor,
Seus lábios imaculados, lembravam um templo sagrado,

Que em um beijo terno libertaria de todo pecado,
Seu corpo virtuoso poderia ser comparado a um santuário,
Que em prece se curvava para exaltar o divino,
E agora por amor, se entregaria ao peregrino,

Deste enlace amoroso nasceram dois meninos,
Mas o gemido e lamento do povo escravizado,
Foi tão desesperador que chegou aos ouvidos do Senhor,
E o anjo do Senhor apareceu para Moisés,

Através do fogo que tocava a sarça, mas não queimava,
E pediu que ele procurasse as autoridades,
Para que juntos libertassem o povo escravizado,
Avisando que seu jugo foi visto pelo Divino,

E seus gritos de sofrimento foram ouvidos,
Agora o povo seria salvo pela vara e mão de Moisés,
Através dos quais, Deus operaria seus milagres,
Com seu irmão a cuidar das palavras
E Moisés dos sinais.

O povo oprimido ao saber que o próprio Deus vinha ao seu auxílio,
Curvou-se em adoração,
Mas não foi capaz de se posicionar contra o império,
Descrentes quanto ao poder dos seus corações.

Já o monarca impiedoso, se negou a vontade do Divino,
E através do açoite e o fio da espada, manteve os trabalhos forçados,
Mas Deus recordou da aliança com a raça humana,
E com braço forte mandou resgatar a esperança em suas almas,

Com poderosos atos do juízo final,
O exército do Senhor marcharia para a vitória final,
Assim se fez e perante a majestade,
Ocorreu o primeiro milagre,

Quando a vara de Moisés virou uma serpente,
E engoliu as serpentes deles,
Sendo o gesto insuficiente
Para penetrar a dureza do coração reinante,

Em um ato clamante pela dor do semelhante,
Toda água do lugar virou sangue,
Como a dor que se esvaia na lágrima
E no suor da face da pessoa humana escravizada,

Na primeira praga, por sete dias o sangue tomou a terra,
Visando amolecer os corações de pedra,
Incrédulo, o rei se fechou em seu palácio,
Então vieram as rãs e tomaram, por um dia, todo o solo,

Por terceiro ato, todo o pó virou piolho,
E atacou todos os seres com vida,
Desde o animal até o mais sofrido escravo,
Em quarta praga, por um dia as moscas tomaram a terra do Egito,

A partir de então, o Divino fez distinção e poupou o povo israelita,
A quinta praga desfaleceu todo o rebanho,
As sexta praga, fez as chagas da alma
Ficarem aparentes,
Ao apodrecer em feridas toda e qualquer pele,

Moisés espalhou pelo ar,
Um punhado de cinzas da fornalha,
A qual caiu feito um pó fino sobre a terra,
Como se a própria pele humana estivesse sendo queimada,

Mas nem isso acalorou o coração do monarca,
Deus piedoso por suas vidas,
Preferindo salvar através da fé,
Fez raios, trovões e granizo cortarem o azul celeste,

Desfalecendo tudo que estivesse a deriva,
Sobrou apenas a comida e as árvores quebradas,
As quais foram consumidas pela oitava praga,
Que com gafanhotos cobriu toda a face da terra,

Até que o solo ficasse oculto aos olhos,
Do sopro do Senhor os gafanhotos surgiram,
E através do seu sopro partiram,
Veio então a nona praga,
E as trevas tornaram-se palpáveis na terra,

Por três dias só se ouvia o palpitar do coração
Da raça humana perdida na escuridão,
Para que unissem seus batimentos,
E respeitassem uns aos outros como seres humanos,

A décima praga levou todos os filhos primogênitos,
Dos animais, do monarca e dos escravos,
Neste dia comemorou-se a Páscoa do Senhor,
O dia em que a raça humana conheceu o poder do Salvador,
Apenas sobraram os que sangraram a dor do próximo,
E acreditaram no amor do Divino e dos seres humanos.

sábado, 19 de agosto de 2017

Valor do Amor

Havia um rei vestido à prata e ouro,
Que nas pedras preciosas escondia o seu tormento,
Por nunca ter encontrado um coração,
Que desse vida à sua emoção,

Suas horas se arrastavam pesadas feito ferro,
Seu dormir insone refletia o brilho do ouro gelado,
Solitário, afogava o pranto no fundo do peito,
Ao manter os olhos eternamente vendados ao amor,

Névoa que se eleva ao vapor dos suspiros,
Purgado é o beijo dos apaixonados
E aos seus lábios, um sabor desconhecido.

Com a mesma intensidade do seu sofrimento,
Por sete anos a fome perseguiu seu povo,
Fazendo toda a prata se acumular nas mãos do soberano,
Comerciada por alimento,

Em sua falta foi negociado o patrimônio,
E em sua ausência foi vendido o próprio corpo,
Coisificando os seres humanos ao estado de escravo,
Reduzidos à mercadoria nas mãos do monarca.

Porém, certo dia,
Seu olhar cruzou com o de uma moça,
Definitivo como o fio da espada,
E a vida palpitou em seu coração,
Tão genuína quanto a delicadeza da sua expressão,

Um último pedido pendente nas estrelas,
A chama de uma vela que ensina a alma a brilhar,
Mais valiosa que qualquer de suas joias,
Tão linda que o significado da beleza não a alcançava,

Como uma página guardada no caderno do destino,
Seus lábios etéreos e delicados, abertos em um sorriso,
Absorviam seus pecados na pureza dos seus beijos,
Para todo o sempre ele jurou seu amor,

E ao tê-la como esposa,
Conheceu o valor da raça humana,
E por acreditar em sonhos,
Juntos lutaram por um mundo mais humano,
E ao conhecer o significado da vida,
Buscou também, respeitar e proteger a família humana.

Sonhos

Conta a história que certa família religiosa,
Cultuava a prata e o ouro,
Corrompida pelo pecado da inveja e ganância,
Não demorou muito para que o próprio solo,

Já não os sustentasse sobre a mesma terra,
Por ser insuficiente para alimentar seus objetivos,
Assim, irmãos de sangue se separaram,
Ergueram os olhos ao firmamento,
E estrelas diferentes os guiaram,

E a raça humana mais uma vez padeceu,
Por se recusar a viver no amor de Deus,
Preferiram fazer distinção entre seus semelhantes,
Por acreditar que cada coração é diferente,

Mas houve aquele que acreditou no poder dos sonhos,
E ao percorrer a areia do deserto,
Encontrou água para saciar a sede,
E na luz que iluminava o azul celeste,

Encontrou forças para acreditar na vida,
E lutar pela raça humana,
Lá vem aquele sonhador,
Diziam uns aos outros,

Mas como um amuleto dos anjos,
Avistou ao longe a face do amor,
E viu seus erros e pecados consumirem-se pelo vento,
E nunca seus sonhos foram tão intensos,

Quanto o instante em que encontrou valor
Naquele coração humano,
E nos olhos da mulher amada,
Viu seu futuro se materializar

No desejo de constituir família.
Sua fala rouca e macia,
Pronunciava em cada palavra,
Pequenas doses de alegria,

Foi como se a cura para a alma
Se encontrasse em seus lábios,
Nunca sua garganta ficou tão árida,
Quanto o instante em que desejou seu beijo,

Foi como avistar o luar na noite escura,
Dançar ao som da música mais linda,
O sussurro que precede o arrepio,
O afago que antecede o suspiro,
O sorriso que acompanha o beijo,

O calor que irradia do abraço,
O para sempre escondido no eu te amo,
E quando seus dedos afagaram seu rosto,
Viu em seus olhos a face dos seus sonhos
E juntos acreditaram em um futuro mais humano.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Areia ao Vento

Se espalhou feito areia ao vento,
A história de uma moça honrada,
Que a segundos do ocaso,
Passeava sozinha em certo lugar,

Quando um rapaz a agarrou,
Sob ameaça despiu sua roupa,
E agressivamente a violentou,
Ignorando suas suplicantes lágrimas.

Mas abriu caminho para o inferno,
Quando em um ímpeto olhou em seus olhos,
E forçou seus lábios para provar do seu beijo ácido,
Se sentiu enfeitiçado,
E da moça indefesa decidiu se apossar,
Indo as últimas consequências para se saciar.

Ao voltar para sua casa,
Não bastasse a tristeza da alma,
Havia ainda a maquiagem borrada que denunciava suas lágrimas,
A roupa amassada que delatava a violência sofrida,
E o cabelo despenteado que gritava a recusa,

Mas os olhos, vozes e ouvidos do lugar,
Se recusaram a oferecer ajuda,
Ouve ainda aqueles que aos sussurros,
Procuraram motivos para lhe culpar,
Não bastasse o medo e o desprezo proveniente do próprio ato,

Agora teria que provar a violência psicológica,
Ao ver a violência se tornar pública,
E ser recusada por alguns como vítima,
E por outros, ser novamente violada ante o olhar de cobiça.

Ao tomar conhecimento dos fatos,
Seu pai permaneceu calado,
Bebendo em pequenas doses o cálice do ódio,
Não demorou a chegar aos seus ouvidos,

Que o inimigo que a violentou,
Agora oferecia qualquer preço
Para tê-la em casamento,
Alegando tratar-se de amor,

Não houve como mensurar a ofensa sofrida,
Ao ver a filha digna e honrada,
Ser tratada como prostituta,

Apenas o fio da espada
Bastaria para solucionar o crime,
E assim, passados três dias extraiu a vida
De todos os homens da cidade.

Dizem que daquele lugar até a vizinhança,
Foi tão grande o desprezo do Senhor,
Que o terror se espalhou no solo feito o pó da terra,
Abrindo uma oportunidade para que renascesse o amor.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Voz do Coração

Por sete anos trabalhou naquele chão,
Para conquistar o amor da moça que conquistou seu coração,
O calor lhe consumia de dia,
Mas o meigo olhar da moça o sustentava feito magia,

Não fosse a força do amor que sentia,
Ao frio que o afligia nas noites, não resistiria,
Até mesmo o sono fugia dos seus olhos,
Ante a lembrança do brilho do seu sorriso,

Sua beleza delicada e encantadora,
Transformou anos em segundos pelo tanto que a amava,
Com a força de um tiro certeiro de uma flecha envenenada,
Imensurável feito o pó da terra, ou a areia do mar,

Divino, como se estivesse escrito nas estrelas,
Ou previsto nas linhas da escritura sagrada,
Nobre feito o anjo da salvação,
Suave como cada batida do seu coração,

Até mesmo a chuva que fazia a vida brotar da terra,
Parecia injusta e traiçoeira quando assustava seu olhar,
Ante ao menor temor da sua fala,
Suas mãos se fechavam em garras para protegê-la,

E seus músculos se tornavam um escudo metálico
Para mantê-la no abrigo dos seus braços,
Tendo Deus visto seu sofrimento
E o trabalho das suas mãos,
Se emocionou diante da força deste sentimento
E concedeu seu pedido feito em oração,

Tendo ele conseguido a benção do Divino Salvador,
Alcançou o coração da moça e com ele seu amor,
O tempo passou com o vento
E os anos apenas reforçaram seus sentimentos,


Mas em certo lugar, em hora não sabida,
Um certo alguém próximo da família,
Se embriagou no cálice da intriga,
E veio buscar adenda,

Com olhar compreensivo,
Por ser homem justo e íntegro,
Ele solucionou a intriga através da conversa,
E das pedras que poderiam ter sido usadas como armas,

Fizeram uma coluna para simbolizar a promessa de estima,
A força e o respeito que nutriam em suas afeições,
Por preferirem encontrar a reposta 
Na voz que vinha dos seus corações.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...