quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Centelha da Vida

Uma voz metálica aveludada
E um som que encantava a alma,
Me chamaram a atenção,
Então me aproximei com grande emoção,

E aconteceu que me apaixonei
No mesmo instante em que te avistei,
E o amor me tocou pela primeira vez,
Então senti minhas defesas desvanecerem,

E vi toda a terra estremecer,
Ante sua beleza sublime,
Pois mesmo o fio da espada ou a força da lança
Não atingem tão profundo quanto o brilho do seu olhar,

Naquele dia senti o toque suave das suas mãos,
E quando nos afastamos,
Seu calor e cheiro permaneceram comigo,
Reavivando as lembranças em meu coração,

Dia e noite te senti em meus sonhos,
E quando novamente nos encontramos,
Meu coração se derramou
Na carícia que o seu rosto afagou,

Se espalhando por sua alma,
Apenas para alimentar seu olhar,
E suavizar seus passos
Com pétalas de rosas,
Para que mesmo quando meus olhos estiverem fracos,
Eu ainda tenha seu olhar brilhando feito estrelas,

Porque amor é tudo que eu tenho para oferecer,
Fortalecido pela promessa do para sempre,
Assim, enquanto eu afagava sua pele,
Vi seus lábios se umedecerem,

Me convidando para um beijo,
Me alegrei em ver meu sonho realizado,
Então, jurei por minha vida
E clamei Deus por testemunha,

Para que me castigasse com todo vigor,
Se eu não lhe honrasse com todo meu amor,
Fique comigo, não tenha medo,
Disse aos sussurros ao seu ouvido,
Eu te amo, lhe disse em alta voz,
Com lágrimas brilhando em meus olhos,

Nosso amor é firmado no Divino,
E agora o sagrado nos acompanha,
Rasgue seus erros do passado,
E apenas me permita te amar,
Assim foi que nosso amor iniciou,
E a centelha da vida nos tocou.

Enlace do Amor Verdadeiro

- Eu te amo minha amada,
Sua voz fez eco na floresta,
Deitados sob as estrelas,
A luz do luar blindava a promessa,

E um sorriso brincava em seus lábios,
Enquanto o amor se escondia na carícia
Que afagava seus cabelos,
E brilhava em seu olhar,

Um vento frio soprava do norte,
Aconchegando-a em seu peito quente,
A noite parecia estranhamente viva,
Sob o cheiro de amor que preenchia o ar,

E convidava-os a pulsar a vida,
Que ascendia em sua fala metálica aveludada,
E na flor com a qual ele a acariciava,
Muitos beijos e sorrisos depois,
Eles se levantaram e o rio que descia a floresta,
Refletiu a imagem dos dois,
Então para selar o amor que os unia,

Eles juntaram uma pedra,
E desenharam um coração com seus nomes
Na rocha que estava às suas costas,
E o mesmo fizeram na árvore que a ladeava,
Então, a noite partiu no horizonte,

E o tempo passou a sua frente,
Veio enchentes e tempestades,
Mas não levou a rocha, nem apagou dela
Suas promessas de para todo o sempre,
A árvore cresceu e se fortaleceu,

E serviu de testemunha das juras
Que selaram seus votos de encale
Feitos no altar que se ergueu naquele lugar,
Guardando para toda a eternidade,
O amor verdadeiro que nada pode apagar.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

A Um Afago de Distância

Eu estava derramando minha alma diante do Senhor,
E nas asas de um anjo encontrei refúgio,
Reconheci os olhos do amor,
E o paraíso escondido em um sorriso,

Ouvido por Deus,
Jurei por minha vida te amar com toda alma,
Nem acreditei quando seu coração bateu no pulsar do meu,
Pois não há outra linda como ela,
Ela é única, ela é a lua,

O sonho dos apaixonados,
O beijo inacabado,
Não há rocha como o seu olhar,
Que em doçura alcança a alma,
E em força me resguarda,

Nela o arco do segredo é quebrado,
E a confiança é revestida de força,
Encontrei o amor blindado em uma moça,
A um afago de distância,

O beijo que resgata da sepultura,
Fagulha que renasce das cinzas,
E na força do amor alimenta a vida,
Em seus braços me sinto um menino,

Então, vejo sonhos em seus olhos,
Que brilham feito estrelas em meu destino,
Alicerce seguro para os meus passos,
Amor eu te amo, com um passo além do sagrado.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Lágrimas

Tentei te amar por um momento,
Mas todo tempo do mundo era pouco para o que eu sentia,
Tentei provar a doçura do seu beijo,
Mas percebi que em sua vida eu não cabia,

Te amei com a luz da verdade,
Mas me servistes um cálice com o veneno da falsidade,
Com a garganta árida sedenta por amor,
Nem percebi que não me amava, nem desejava meu amor,

Aliás, você mentiu quando disse que me amava,
Ou fui eu que me enganei com o brilho do seu olhar?
Em verdade, te amei com todo o coração,
Mas em você, só encontrei a solidão,

Soubesse que seu beijo,
Apenas destruiria minha alma,
Confesso que teria contido meu desejo,
E colocado a salvo minha vida,

Hoje me perco em minhas lágrimas,
Afinal, te amei com tanta intensidade,
Que me enganei com o brilho do seu olhar,
Olhei para você, mas não reconheci a verdade,

Diga, acaso te faz feliz me destruir?
Minhas lágrimas elevam seu existir?
Pode não perceber, mas te amei com toda alma,
E algum dia quando retroceder, pode ser que eu não esteja a sua espera,

Você mentiu e abandonou meu coração ao vazio,
O que te faz diferente para não desejar amor?
Bem, talvez seja eu que não tenha calor,
Em verdade, me enganei no brilho do seu olhar,
Que envergonhava as estrelas e a luz do luar,

Mas quando me aproximei vi que era falso,
Como uma estrela morta que engana os olhos,
Pena que descobri tarde,
E hoje apenas lágrimas acariciam minha face.

domingo, 3 de setembro de 2017

Resgatador

Na época dos juízes houve fome na terra,
Então, o choro da moça tocava as estrelas,
E entristecia o luar,
Sua vida escapava feito o grão de areia,
E o amor afogava a garganta, feito as águas do mar,

Seu caminho era árido como o chão do deserto,
Nem mesmo o orvalho lhe acariciava o rosto,
Mas sob as asas de um anjo ela foi procurar refúgio,
E o encontrou nos olhos verdes de um cavalheiro,

Um homem lindo e sedutor,
Quis Deus que fosse seu resgatador,
E quando um rapaz tentou seduzir a moça,
Ele o afastou com sua força,

Pedindo respeito pela moça virtuosa,
Mas inseguro para declarar seu amor,
Ele voltou para casa e tristonho dormiu no sofá,
Incomodada com a situação
A moça deu vida ao seu coração,

E foi atrás dele, ao encontrá-lo dormindo,
Ela deitou sobre seus pés e o protegeu do frio com seu manto,
No meio da noite ele acordou,
Quem é você? – lhe perguntou,

- Vim te agradecer por me defender,
E declarar que meu amor pertence a você-
Ela respondeu sorrindo,
Encantada como se estivesse no paraíso,

Então quando suas mãos frias e vazias tocaram seu corpo,
O amor penetrou sua pele e encheu seu peito,
- Que Deus me castigue com todo o rigor,
Se mesmo a morte me separar do seu amor-

Ela lhe disse com o olhar iluminado,
-Também te amo – 
Lhe respondeu com um olhar para o futuro,
E quando o sol os acordou sorrindo,
Em seu ventre ela já carregava um filho,
O fruto do amor verdadeiro.

Amor e Vida

Impostos a trabalhos forçados,
Destituídos de almas e de seus corpos,
O povo clamava em alta voz,
Que é que tens contra nós,

Para teres atacado nossa terra,
E semeado sobre nosso sangue e lágrimas?
Não nos julgue feito máquinas,
Pois pertencemos a mesma raça humana,

Prometida em casamento,
Ao cavalheiro que os livrasse do rei tirano,
A moça se maquiou e vestiu o vestido mais bonito,
E no quadril direito, sob a roupa íntima,
Amarrou com um laço uma adaga de prata,

Assim se dirigiu as escondidas ao palácio,
Sendo convidada aos aposentos do régio,
Então, se aproximou com um sorriso e o prendeu com um beijo,
No mesmo segundo em que pegou a adaga e cravou em seu peito,

Recusou ser coroada rainha,
Por não aceitar alimentar sua alma de lágrimas humanas,
Até o cabo penetrou a lâmina,
E o sangue real verteu sobre a prata,

Desta forma, o monarca sem gritos, fechou os olhos,
Caindo ao solo, morto,
Então, ela saiu e trancou a porta,
E ao longe tocou a trombeta e espalhou a notícia,

Naquela hora, já caia a noite,
Então, um cavalheiro valente
Liderou a batalha pela vida,
Naquela ocasião dez mil pessoas foram mortas,

Mas a batalha pela vida foi vencida,
E tendo o cavalheiro merecido o coração da moça,
Eles se casaram e formaram família,
E a paz reinou sobre aquela terra.

sábado, 2 de setembro de 2017

Travessia do Rio Jordão

Sucedeu que vendo o povo batalhar pela vida,
Com suas lágrimas a regar a terra árida,
Deus auxiliou na travessia do rio Jordão,
Como um sopro de esperança,
A lhes tocar o coração,
E recordar a promessa de aliança,

Em que o povo viveria em amor,
E teria Deus como protetor,
Por isso escolheu doze homens daquela raça humana,
Que, quando colocaram os pés na água,
Viram a correnteza ser represada e formar uma muralha,

O número condizente com o tamanho de um coração adulto,
Fez terra seca nas águas que desciam para o Mar Salgado,
Mar, cujas águas são tão salgadas quanto lágrimas,
E por isso sofre de escassez de vida.

Então, para guardar na escritura sagrada
E na lembrança de todas as pessoas,
Que o coração é como uma estrela
A iluminar nossos passos pela terra,

Doze pedras foram postas pelos sacerdotes,
No meio do rio, onde ficaram parados,
E lá permanecem até hoje,
Para recordar que o poder de Deus é sagrado,

Ao terminarem a travessia, a água voltou para o seu lugar,
Porém ali, a cidade era protegida por muros,
E as pessoas condenaram o povo ao pó do deserto,
Negando-lhes o direito à vida,

Então, com facas de pedra e espadas empunhadas,
Ao som da trombeta e do grito pela vida,
O exército do Senhor marchou ao redor da muralha,
E com a ajuda de um espião
Em sete dias condenou a muralha ao chão,

Extinguindo toda a vida humana do lugar,
E por fim, queimaram a cidade inteira,
Salvando apenas a prata, o bronze e o ouro,
Para construir um tesouro ao Senhor,
Por valorizarem a força do seu amor.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...