Era metade da tardinha,
Coloquei o cão na guia,
Peguei nossos discos e fomos passear,
Seguimos pela calçada,
Aproveitando a brisa fresca da primavera,
Então entramos na praça,
Brincar com nossos discos na grama,
Entre sorrisos e brincadeiras
A coleira desengatou e ele correu incontrolado,
Desobedecendo meu chamado,
Por sorte um homem surgiu na sua frente,
E o alívio acalmou meu coração,
Logo que ele conseguiu ganhar sua atenção,
Lhe oferecendo seu sorvete,
O qual ele derrubou com lambidas no chão
E degustou com satisfação,
- Me desculpa - eu lhe disse sorrindo,
- Não se preocupe – me respondeu educado,
E me ajudou a recolocar a coleira,
Acariciando sua orelha,
- É um menino lindo- ele disse afagando seu pelo,
Enquanto olhava com um brilho intenso nos olhos,
Um pouco receoso para se aproximar,
Por se tratar de um cão raça rottweiler.
Com um sorriso carinhoso no canto da boca
Ele se agachou para beijar seu nariz,
- Lindo e teimoso – respondi feliz,
Então passamos o restante da tarde conversando,
Como de costume,
Um vendedor passou pelo local oferecendo flores e bombons,
Ele, então, os comprou radiante,
Escreveu seu telefone em um bilhete,
E os entregou para mim de presente,
Apenas quando cheguei em casa,
Rememorando a história
E apreciando a lembrança,
Foi que lembrei que não perguntei seu nome.